quarta-feira, 30 de maio de 2018

A fuga do fogo do inferno


O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou a suspensão imediata de seus empréstimos à Venezuela, em razão do descumprimento dos pagamentos atrasados, no valor de US$ 88,3 milhões, fato que obriga o fechamento do acesso à fonte de financiamento crucial na região e reflete a difícil situação econômica do país sul-americano.
A instituição disse, em comunicado enviado à Efe que "Na segunda-feira, 14 de maio, a Venezuela chegou ao limite de 180 dias que o Banco Interamericano de Desenvolvimento contempla para pagamentos em moratória no valor de US$ 88,3 milhões, ficando em condição de mora".
Aquele banco esclareceu que, como consequência, "de acordo com as normas da instituição sobre pagamentos em moratória, o Banco não pode realizar nenhuma ação de empréstimo com a Venezuela, até que esta salde sua mora".
A dívida total de empréstimos da Venezuela com a instituição financeira regional é de US$ 2,011 bilhões, dos quis, os valores de US$ 212,4 milhões estão em moratória, mas apenas uma porção deles superaram o limite de atraso de 180 dias.
Esta nova suspensão evidencia as dificuldades do governo venezuelano para honrar suas obrigações internacionais, o que somente evidencia o terrível momento de aguda crise econômica.
Além do atraso nos pagamentos ao BID, a Venezuela também acaba de ter sido alvo de crítica formal feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), devido à falta de divulgação de informações econômicas detalhadas por parte do governo, que faz parte da obrigação para todos os países-membros da instituição.
De acordo com a matéria, o FMI emitiu, no início deste mês, "declaração de censura" contra a Venezuela, por ela ter deixado de fornecer dados oficiais sobre a evolução econômica do país.
Como consequência, o país bolivariano não poderá ter acesso aos recursos do FMI e, se continuar sem oferecer os dados requisitados pela organização, por se tratar de exigência normatizada, poderá perder seu direito de voto e até deixar o Fundo.
O que se percebe, diante das dificuldades do governo bolivariano de atender aos seus compromissos financeiros, é que há notória falta de recursos também para o pagamento das dívidas do país, como já ocorreu  com relação ao financiamento concedido àquele país pelo Brasil, que obrigou o Tesouro Nacional a pagar aos credores as parcelas não honradas por aquele país, o que contribuiu para o remanejamento de recursos do Fundo do Trabalhador, por meio de lei, ou seja, o calote dado pelo país socialista exigiu que houvesse remanejamento dentro do orçamento de recursos de um bilhão de reais, para cobrir o tombo dado por aquele país, absolutamente irresponsável, por ter deixado de saldar sua dívida. 
O pior e o mais grave de tudo isso é que o governo socialista, visivelmente nefasto, perverso, desumano, irresponsável, que reúne ao seu redor tudo o que representa de degenerativo e incompetente, tendo deixado inclusive de pagar as dívidas do Estado, embora os recursos pertinentes tenham sido, em princípio, aplicados em obras em benefício da população.
Causa estarrecimento que presidente com os piores das qualidades administrativas e com o índice de 75% de rejeição da população, ainda consiga merecer o apoio do povo, nas urnas, para se reeleger, embora isso somente tenha sido possível em se tratando de país comandado por ditador sanguinário e desumano, que encarna as péssimas qualidades administrativas, em detrimento das causas do país e de seu povo, que tem sido vítima das degenerativas condições de vida, principalmente com a gravíssima escassez e até falta de alimentos, remédios e demais produtos de primeira necessidade, fato que tem causado sofrimento e martírio para o povo, que não vislumbra perspectivas de melhoras a curto ou médio prazo, senão a piora do agravamento das agruras e dos transtornos na vida da população.
Não obstante, a continuidade do destruidor do país e do seu povo tem a legitimidade do regime socialista para continuar arrasando a integridade do que ainda resta na Venezuela, confirmando o velho e certeiro adágio segundo o qual o povo tem o governo que merece e certamente ele não poderia ter escolhido ninguém pior do que o tirano que o representa, na certeza de que o martírio, o sofrimento, as precariedades e as desumanidades somente vão ser potencializadas, diante da impossibilidade de serem solucionadas as crises moral, social, econômica, política, administrativa, entre outras que levaram o país ao abismo e à desgraça, por força da implantação do regime socialista, que privilegia a classe dominante e martiriza a pobreza, conforme mostram claramente os fatos produzidos pela mídia.
O que mais causa estranheza e desolação é que a tragédia que grassa na Venezuela tem o beneplácito e a cumplicidade de classes integrantes da elite do país, como militares, magistrados, políticos e principalmente intelectuais, que têm plenas condições de perceber a desgraça impingida à população pobre, submetida às amarguras do sofrimento da fome e das privações sociais e humanas, mas preferem apoiar as políticas socialistas próprias da ditadura.
No caso brasileiro, os intelectuais de esquerda compactuam com a mesma mentalidade em defesa da igualdade social, mesmo sabendo que o resultado nunca será diferente do que acontece com aquele país, em que o ideário central cinge-se em se tirar de quem tem, não importando da forma legítima da propriedade ou da riqueza, para se distribuir á pobreza, em que um dia todos passam ser a iguais em amarguras, dores, sofrimento e lamentações, mas a classe dominante, integrada também pelos intelectuais, somente se beneficia das prerrogativas e regalias proporcionadas pelo famigerado regime socialista.  
A péssima e preocupante lição vinda da Venezuela, com os estragos causados nas estruturas da nação e do seu povo, não deixa a menor dúvida sobre o que seja de indiscutível tragédia a execução da ideologia intrínseca do famigerado regime socialista, cujos fundamentos são defendidos com unhas e dentes pelos esquerdistas tupiniquins, que certamente não trocariam o conforto do Estado Democrático de Direito brasileiro, que disponibiliza amplas e universais liberdades individuais, com o usufruto dos direitos humanos e princípios democráticos, para fazerem parte daquele troglodita regime totalitarista  e de exceção, em que a população está preferindo fugir do fogo do inferno, onde há forme, repressão, castigo, arbitrariedade, morte e privacidade de tudo, inclusive das liberdades e tudo o mais que se harmonize com os salutares princípios humanitários. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 30 de maio de 2018

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