O governador de São
Paulo prestou homenagem à policial cabo que, em ato de heroísmo, matou
um ladrão na porta da escola onde sua filha estuda, no bairro Jardim
dos Ipês, em Suzano (Grande SP).
O
político entregou flores à policial militar, em cerimônia no Comando de
Policiamento de Área Metropolitana-4, na Vila Esperança, São Paulo, tendo dito
que a cumprimentava pelas destreza, técnica e coragem.
Ele
disse à policial que "A gente não
pode deixar de enaltecer toda a técnica que você usou nesse episódio, da
maneira rápida que você agiu e, ao mesmo tempo, a coragem que você teve, porque
poderia simplesmente se omitir naquela situação, pois estava de folga, à
paisana".
O
governador disse que "a homenagem
é feita porque é Dia das Mães, e ela é mãe", embora ele tivesse
que ouvir questionamento da imprensa se o gesto dele não contrariava a
filosofia de redução de letalidade policial.
O
governador enfatizou que "Ela foi a
uma festa para comemorar a data e aconteceu uma situação dessas. Ela
agiu tão precisamente, tão perfeitamente, que a gente resolveu
homenageá-la. Claro, o rapaz morreu,
não é o ideal. A gente gostaria que as pessoas não morressem”.
Ele
também esclareceu que "A gente faz
isso para mostrar para as pessoas mais jovens que elas não se aventurem com
arma na mão, porque estão sujeitas a morrer. Porque os nossos profissionais da
segurança são bem treinados para fazer a segurança pública".
A
policial disse que “É
recompensador saber que não houve mais vítimas durante a tentativa de
assalto. É gratificante por ter salvado vidas, porque a gente não sabe como
seria o decorrer disso. É para isso que estamos nessa profissão, para defender
as vidas, e foi o que eu fiz".
Ela
contou que “não sabia se a reação do
assaltante seria atirar nas crianças ou nos adultos que estavam em frente à
escola. Então decidi defender as mães, as crianças, a minha própria vida e a da
minha filha. Na hora eu pensei que tinha que ter atitude. Nós, policiais, somos
preparados para isso.",
A
policial disse que "A minha
preocupação, no momento, foi que a minha intervenção fosse de
maneira mais próxima a ele para que não houvesse risco de machucar outras
pessoas, porque havia crianças correndo".
A
coragem e a competência do policial ficaram muito bem caracterizadas em momento
bastante delicado, em que um criminoso insano apontava sua arma para as
pessoas, de forma visivelmente descontrolada, com a iminência de haver disparos
e sequência de situação completamente desagradável e imprevisível.
A
atitude da policial é louvável, em todos os sentidos, notadamente porque ela
conseguiu imobilizar o delinquente com tiros certeiros, evitando que ele
tivesse poder de reação, o que poderia envolver mais pessoas na tragédia.
É
preciso sim ser reconhecida a precisa e oportuna ação da policial, não pela
morte em si de ser humano, mas porque as circunstâncias e a falta de uma
alternativa obrigavam que ela tivesse agido também em legítima defesa, atirando
contra bandido que ameaçava a todos, com arma em punho e o perigo era em
potencial.
Essa
policial não merecia somente as flores em homenagem à sua brava e destemida competência,
mas sim ser promovida à graduação de Sargento, como forma de o Estado
reconhecer que a participação dela foi extremamente benéfica para a sociedade,
tanto por ter evitado verdadeira tragédia, de resultado terrível, como, nas
circunstâncias inevitáveis, tirado de circulação entre a sociedade criminoso de
extrema periculosidade, com histórico monstruoso de crimes bárbaros.
A
atuação da policial, que pode ser considerada extremamente corajosa, acima de
tudo, diante do risco de vida em potencial, precisa ser exibida como modelo
para as Polícias Militares, principalmente porque ela procurou seguir o rito
recomendado nos ensinamentos para aplicação em situações que tais, tendo obtido
pleno êxito na sua intervenção, sobretudo em respeito ao princípio da
prudência, por ter agido sem precipitação e com moderação, o suficiente para
apenas imobilizar o fora da lei e tranquilizar o momento tenso e agitado.
Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNAN
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