O
ditador venezuelano conseguiu se reeleger para novo mandato de seis anos, em um
país que se esfacela em má gestão e generalizada degeneração dos princípios
econômico, social, moral, político, administrativo, entre outros, que
contribuíram para o seu isolamento da maioria dos países sul-americanos, que
discordam do regime ditatorial ali implantado.
Segundo
os especialistas eleitorais, o pleito foi marcado por fraudes e, de acordo com os
números oficiais, foi registra a expressiva abstenção de 54% do eleitorado.
O
governo do presidente chavista demonstrou completa falta de afinidade com a
eficiente administração da nação venezuelana, sendo obrigado a gerenciar
estrondoso desabastecimento de alimentos, remédios e produtos de primeira
necessidade, tendo como consequência quadro desolador e preocupante de fome,
doenças, miséria e hiperinflação, situação essa que ainda se torna mais
traumática diante da absoluta falta de perspectiva, além das fugas tanto dos
investidores, principalmente estrangeiros, que poderiam ajudar na reconstrução
da economia, como da própria população, que, em desespero, está fugindo da sua pátria,
se refugiando onde possa, pelo menos, saciar a fome.
Causa
estarrecimento que o país absolutamente massacrado pelo cruel desabastecimento,
seus eleitores ainda tenham a insensibilidade e a indignidade de participar de
pleito marcado por fraude e reeleger ditador sanguinário e desumano, por suas
atrocidades contra a população, mas, no processo eleitoral, prometeu garantir a
manutenção do cartão vermelho, que assegura algumas migalhas de alimentos, uma
espécie do Bolsa Família, próprio de desastrados regimes socialistas.
Nessa
eleição, era obrigatório o registro, no cartão vermelho, de que o cidadão
votou, sob pena da perda do direito à comida, que mesmo racionada é o único
meio de se conseguir alimentação naquele país, salvo se a pessoa preferir fugir
do sacrifício imposto à população, de forma generalizada.
O
principal candidato oposicionista ainda questionou a legitimidade das eleições,
tendo denunciado a existência de 12.700 “pontos
vermelhos” em que eleitores, identificados pelo cartão usado para os
programas sociais, recebiam dinheiro no valor de US$ 12, ou o equivalente a quatro
salários mínimos, para votar no ditador, em clara demonstração de que houve
pressão para o eleitor votar na chapa oficial.
O
Grupo de Lima, que reúne 14 países da América Latina, inclusive o Brasil, já declarou
que não reconhecerá o resultado da eleição, mas também não anunciou se tomará
alguma medida em represália às fraudes à pureza da democracia, denunciadas no pleito.
Houve
quem levanta-se a hipótese de especulações a respeito de possível racha nas
Forças Armadas venezuelanas, com a deflagração de golpe militar para derrubar o
ditador, mas esse movimento não passou de boato e o presidente do país certamente
ganhou direito a continuar aprontando e manipulando em seu benefício, podendo
contribuir para agravar cada vez mais a já periclitante a sua situação interna
e externa.
Como
o presidente concedeu múltiplas e significativas benesses aos militares das
Forças Armadas, notadamente com o direito ao usufruto dos principais regalias e
benefícios disponibilizados pelo “socialismo
bolivariano”, as lideranças militares quedam-se sob pleno domínio do
ditador, de forma indiscutivelmente cúmplice e irresponsável, diante da visível
tragédia que se processa aos seus olhos e simplesmente nada é feito para evitá-la.
Também
como é da índole dos regimes socialistas, o ditador cuidou de aliciar o
Exército, a quem concedeu o controle pleno sobre a distribuição de alimentos e colocou
generais em posições-chaves da administração, podendo, com isso, ficar
tranquilo no governo, com o poderoso e maciço apoio das Forças Armadas,
evidentemente sob o emprego de medidas censuráveis e espúrias, próprias de
regimes de exceção, pela igualdade social somente na planície do povão, enquanto
que a classe dominante se beneficia normalmente de gigantescas prerrogativas e das
melhores regalias, mas a pobreza tem o devido tratamento da prometida igualdade
social de agruras pertinentes aos maus-tratos e à crueldade da fome e de outras
desumanidades, que estão sendo denunciadas, inclusive como mostram e comprovam as
legiões de imigrantes.
Certamente
que agora vitorioso nas urnas, não importando se houve fraude nelas e muito
menos desaprovação do resto do mundo ao pleito contaminado por graves irregularidades,
o ditador jamais irá conceder qualquer chance de poder aos seus opositores, que
vão continuar sendo massacrados com o habitual isolamento e as prisões arbitrárias,
além de certamente continuar com o total desprezo aos princípios humanitários,
impingindo forme e privações, inclusive de direitos humanos, como liberdades
individuais, à população, que precisa ser aplaudida demoradamente de pé, em
sentido de desprezo, por seu gesto infeliz, nefasto, prejudicial e desastrado
de ter votado em brutamonte indigno de pertencer à raça humana, ante a demonstração
de imensurável degeneração do país e de seu povo.
Ou
seja, agora aprovado nas urnas, o tirano venezuelano continuará, com garras
ainda mais fortes, no comando das políticas terríveis e arrasadoras que
transformaram seu país em verdadeira catástrofe humanitária, que também terá a companhia
da instabilidade econômica, fundamentada na hiperinflação, estimada para este
ano, pasmem, acima de 13.000%; na queda na produção de petróleo; e na comoção
social, diante da falta de alternativa, porque os métodos disponíveis são os mesmos
já conhecidos e estritamente aqueles provenientes da cartilha socialista, assentados
na regressão, na recessão e no subdesenvolvimento generalizados.
Na
verdade, os indicadores econômicos sinalizam que o país poderá se deparar com
crises gigantescas e colapso administrativo ainda mais profundos, dando azo à
ampliação das revoltas sociais, de consequências alarmantes, mas nada a se
deplorar, haja vista que a tragédia anunciada tem o respaldo da “democracia
socialista”, em que o povo, de forma absolutamente insensata e injustificável,
convalidou esse extraordinário e monstruoso processo de se reeleger tirano
sanguinário e desumano para continuar com a sua insanidade de maltratar o
próprio povo que o reelegeu, em consciente e indiscutível atitude de completa
infantilidade suicida.
Eis
aí na Venezuela, logo ali, o retrato fiel e irretocável do que seja, na prática,
o regime socialista que vem sendo vendido aos brasileiros pelas esquerdas
tupiniquins como o verdadeiro e deslumbrante “paraíso de democracia”, onde um
tresloucado ditador, depois de massacrar o povo, com o melhor dos requintes da truculência
e da desumanidade, incluindo horripilante processo de submissão do povo à fome
e à falta de remédios e socorros médico-hospitalares, entre outras atrocidades
socialistas, ainda consegue se reeleger para mandato de apenas mais seis anos,
com o direito à compra do voto do miserável eleitor e da consciência dos insensatos
militares, magistrados, juízes, intelectuais e de quantos mais estejam cediços
às benesses do regime bolivariano, enquanto restará ao povo a participação na
hecatombe que se aproxima cada vez mais, diante da sua inevitabilidade,
comandada por presidente insensível, insano e desumano, sob os auspícios do
famigerado regime socialista/comunica. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 22 de maio de 2018
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