O pré-candidato à Presidência da República pelo
PDT reiterou a inviabilidade de eventual aliança com o partido do presidente do
país, caso ele seja eleito, sob o argumento de que "Com a quadrilha do MDB eu não quero negócio".
Segundo
o pedetista, governar com o apoio do MDB é o "caminho do fracasso sem falta".
De
forma enfática, o pedetista afirmou que "O Fernando Henrique Cardoso se desmoralizou (com a aliança com o
MDB), e nunca mais o PSDB ganhou uma
eleição nacional".
O
político cearense reconheceu as dificuldades para formalizar coalizão com os
partidos e disse que não vai governar com "a inocência de um convento. Mas
se você anunciar as propostas antes, se negociar no atacado, negociar o pacto
federativo, para trazer uma eficiência instantânea que imediatamente mexe com o
povo, o impasse pode se resolver por meio de plebiscitos e referendos".
Com
relação às alianças, o pedetista voltou a lamentar a fala da presidente do PT,
que teria afirmado que a indicação de um vice petista na chapa do pedetista não
vai acontecer nem "com reza brava".
O
político classificou de "pena"
que ela pense assim, mesmo diante das dificuldades enfrentadas pelo país.
O
político cearense voltou a afirmar que vai revogar as mudanças nas leis
trabalhistas implementadas pelo presidente do país, que as descreveu como sendo
"aberração".
Além
disso, o pedetista se posicionou novamente contra a privatização de estatais
importantes para o país, tendo citado como exemplo o caso da Eletrobrás e
afirmado que "Estou tentando avisar
o investidor estrangeiro que um dos candidatos pensa assim, para que amanhã ele
não diga que foi enganado.", garantindo que ele vai revogar possível
venda da estatal, se chegar ao Palácio do Planalto.
Para
mostrar o mínimo de moralidade e equilíbrio quanto ao pensamento político, os
homens públicos precisam ter firmeza nas suas declarações, não permitindo que
elas sirvam de avaliação distorcida, dúbia ou vacilante, por demonstrarem que
uma organização criminosa não lhes convém, mas, por conveniência pessoal e
política, outras, talvez com histórico muito mais malévolo do que aquela
declaradamente perniciosa, possam se encaixar perfeitamente nos seus propósitos
e anseios políticos.
Isso
somente demonstra a personalidade deles ou a falta dela, diante da ausência de
compromissos com os princípios republicanos, mas sim com os próprios
interesses, que estão acima das causas nacionais.
Os
brasileiros precisam compreender, para o fim de escolher seus representantes
políticos, o exato sentido do pensamento volátil dos homens públicos
tupiniquins, que condenam algumas organizações criminosas, mas são
condescendentes com outras com suspeitas de práticas não republicanas e assim
mesmo as idolatram, porque, por certo, estas podem servir de trampolim mágico para
facilitar o atingimento seus objetivos políticos, naturalmente com a
formalização de coalizão espúria, com base no abominável fisiologismo
presidencialista, onde prevalece o escrachado e recriminável loteamento dos
ministérios e das empresas estatais, tendo como resultado o aprofundamento das
crônicas precariedades na prestação dos serviços de incumbência do Estado.
É
lamentável que, em pleno século XXI, ainda existam políticos com mentalidade
medíocre e rasteira, que apenas pensam com o estômago ou com umbigo, em
detrimento do interesse público e do bem comum, ao julgarem e condenarem de
forma parcial e por mera conveniência, pensando exclusivamente no seu futuro
político, quando deveriam, por questão de justiça, ter o equilíbrio de avaliar
e condenar uniformemente todas as organizações criminosas e fazerem juramento à
sociedade de que jamais fariam negócios senão com os políticos dignos, éticos e
honestos, como forma de mostrar o seu verdadeiro caráter, em sintonia com os
salutares princípios republicano e democrático. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 9 de maio de 2018
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