Um festejado ex-apresentador da Rede Globo, onde
trabalhou por 19 anos, responsável pela bancada do Jornal Hoje, por muitos
anos, resolveu demonstrar a sua insatisfação sobre as relações trabalhistas com
essa emissora.
Em
seu Twitter, o jornalista prestou declaração bastante polêmica, tendo afirmado
que preferia lavar louças a voltar a trabalhar no canal de onde deixou de trabalhar
em 2017.
O apresentador postou uma foto mostrando ele na pia, lavando louça, e escreveu
a seguinte texto: "Aos filhos e
maridos: lavem a louça (não só hoje, ok?)".
Um
internauta, em tom de brincadeira com o jornalista, disse que "A coisa ficou feia, melhor voltar pra
Globo", mas o apresentador respondeu, incontinenti, dessa maneira: "Prefiro lavar louças aqui em casa mil
vezes".
É
pena que se trata de profissional tão jovem, mas com ideias absolutamente
insensatas e infelizes, que não mede as palavras para ser menos arrogante.
A
atitude do apresentador denota péssimo exemplo para quem atingiu o sucesso com a
sua competência e o seu talento, mas, de repente, se transforma em decepção
para seus fãs, exatamente por dizer algo que tem o sentido bastante
desagradável e ainda mostrar, nas entrelinhas, forma direta de incômodo e
insatisfação remanescentes das relações trabalhistas com a emissora.
Seria
interessante que ele revisse o seu sentimento de dissabor e mágoa, bem
apimentado de pitada de prepotência, para, então, pedir desculpas pelas
grosserias e ofensas indiscutivelmente deselegantes ou até mesmo
injustificáveis e imerecidas, pouco importando as suas relações trabalhistas.
Isso
precisa ser feito o quanto antes, enquanto ainda haja tempo para melhorar a sua
imagem pessoal e profissional, que perdeu completamente o brilho conquistado
justamente na emissora que lhe deu emprego por quase duas décadas, que, boa ou
má, proporcionou o espaço para o seu progresso e sua afirmação como excelente
apresentador.
Não
há a menor dúvida de que é sempre desagradável qualquer forma de expressão com
viés de ingratidões e insatisfações pessoais, porque isso somente demonstra
feridas que precisam ser curadas no próprio íntimo, sem precisar que as querelas
sejam expostas à opinião pública, que sabe perfeitamente avaliar os pormenores sobre
o verdadeiro sentido do que foi dito pelo apresentador.
Há
quem tivesse dito que o apresentador, de forma precipitada e impensada, teria,
de forma grosseira, cuspido no prato no qual foi servida a comida que o
alimentou por muito tempo, em clara demonstração de indiferença e desprezo,
incompatíveis com os sentimentos de civilidade e humanismo.
Caso
o apresentador seja capaz de se desculpar, por sua insensatez, é importante que
procure fazê-lo para reconquistar a felicidade, que é possível alcançá-la sem
necessidade de espezinhamento sobre o seu passado, que evidencia ter sido glorioso,
evitando, doravante, se manifestar senão para demonstrar equilíbrio e
sensibilidade, como fazem com naturalidade as pessoas educadas e civilizadas,
sob pena de esse seu tormento somente ser capaz de contribuir para prejudicar o
seu futuro, que pode ser promissor, como pessoa e profissional de tão importante
segmento das comunicações, dependendo apenas da prudência no uso das palavras
que ele as domina como poucos, na sua especialidade. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 15 de maio de 2018
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