O
real sentido do herói está naquele que fez ou faz, a vida toda, algo que
ninguém jamais consegue fazer ou imitar, sabendo-se que a prática do bem é pura
demonstração de altruísmo, que se expressa pela importância do voluntarismo e
do amor ao próximo.
À
toda evidência, o título de herói tem o condão de materializar o conjunto do trabalho
diferenciado, apaixonado e humanista de seus protagonistas, a exemplo da obra
de Bonifácio Fernandes, que dificilmente alguém em Uiraúna, sem desmerecer
outras importantes contribuições comunitárias irá superar o feito glorioso
desse extraordinário ser humano, como pessoa que amava seu semelhante com a
simplicidade dos humildes e imensurável bondade no coração, que tinha a
grandeza dos gigantes.
Este
momento é de extrema importância para a indispensável conscientização das
autoridades públicas uiraunenses refletirem e compreenderem a real dimensão de
um ser humano ser alçado ao Olimpo dos heróis, em razão do seu trabalho beneficente
e humanitário.
No
caso específico de Bonifácio, induvidosamente, ele foi, na Terra, ou seja,
depois de Deus, o melhor e excepcional amigão dos doentes e das pessoas sãs de
Uiraúna, obviamente sem desmerecer os importantes trabalhos beneficentes desenvolvidos
por outras pessoas generosas, mas certamente ele recebeu o dom divino de
disseminar o bem e o amor entre seus semelhantes.
É
preciso sim ter heróis em Uiraúna e que a materialização desse relevante
acontecimento não tem o condão de tão somente pôr em destaque os nomes dos
grandes heróis e heroínas uiraunenses, mas em especial do elevado nome de
Uiraúna, que terá a grande honra de tê-los entre tantos heróis, porque é sabido
que muitos se sacrificaram e são dignos do reconhecimento, na forma desses nobilitantes títulos.
Queira
Deus que as autoridades públicas de Uiraúna tenham a grandeza e a necessária
sensibilidade de entender que a concessão do título de herói aos seus lídimos
agraciados apenas traduz o mínimo de reconhecimento e gratidão pelo tanto que
eles fizeram pela comunidade uiraunense, sem exigirem absolutamente nada em
troca, cabendo agora que a justiça seja feita e que os seus nomes sejam apenas
elevados e eternizados oficialmente ao patamar onde sempre estiveram em vida,
que já eram sim nossos heróis de verdade, mas infelizmente isso não foi
possível se dizer para eles, como podemos agora, em altíssimo e bom som:
Uiraúna tem seus heróis reconhecidos, por lídima justiça.
Nestes
últimos dias, vieram à tona as lembranças mais do que agradáveis e inspiradoras
de atos heroicos atribuídos ao famosíssimo maestro Oriosvaldo Fernandes, que
foi outra imponente figura contemporânea de Bonifácio, que prestou inestimáveis
serviços à comunidade de Uiraúna e de outras localidades da sua cercania, como
voluntário e altruísta professor de música, responsável pela formação gloriosa
de muitos bons profissionais da arte musical.
Do
mesmo modo do destaque comparável ao feito de Bonifácio, ele é merecedor do
título honorário de herói de Uiraúna, exatamente porque a justa e merecida qualificação
de “Terra dos Músicos” não teria a reafirmação e a consolidação efetivamente histórica
que desfruta na atualidade se não tivesse contado com a magnífica contribuição
dele ao ensino e à formação profissional de muitos músicos, conforme o
testemunho de pessoas que receberam a sua orientação nesse sentido.
É
evidente que Uiraúna é terra de verdadeiro berço de heróis e heroínas, que
prestaram relevantes contribuições à comunidade uiraunense, em momento em que
isso se fazia mais do que necessário, como forma muito linda de solidariedade com
as pessoas carentes do apoio nas especialidades por eles dominadas, com a sabedoria
e o dom advindo justamente para a prática do bem, da caridade e do amor ao
próximo.
A
compreensão que se tem do real herói consiste exatamente na avaliação que se
pode fazer agora sobre as obras dessas pessoas especiais, diante da sua
expressiva importância para a compreensão de que o seu trabalho era mais do que
imprescindível à comunidade de notória privação dos serviços dominados por elas,
que eram dotadas da diferenciada consciência sobre a necessidade de servir em
condições de voluntariedade, sendo que isso se traduz, na atualidade, como
verdadeira forma de altruísmo e de heroísmo, que merecem os devidos reconhecimento
e gratidão.
Por
óbvio, presume-se que o reconhecimento dos atos de heroísmo tenha por base a mera
visibilidade do incontestável trabalho de seus protagonistas, mas poderá ser facilitado
com a manifestação favorável da sociedade e especialmente a boa vontade e a
sensibilidade política das autoridades públicas, que precisam ser compreensíveis
à necessidade de valorização da cidade com a concessão dos títulos honoríficos
que ainda se transformam em importante estimulo às gerações de uiraunenses,
para a prática de boas ações, na forma exemplar de seus heróis.
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 27 de maio de 2018
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