A ex-presidente da República petista disse que
é importante
que as eleições não sejam manipuladas, quando perguntada se os brasileiros
aceitariam o resultado eleitoral em outubro sem a participação no
pleito do líder maior do partido dela, que se encontra preso há pouco mais de um
mês.
A
petista afirmou que "É importante que
a população brasileira tenha convicção disso (da não
manipulação). Você não acha que houve um
golpe no Brasil, eu acho que houve. E eu tenho mais experiência de
golpe que o senhor. Eu vivi um golpe da ditadura militar
dentro de uma prisão. Eu sei a capacidade da elite
brasileira de ser golpista. Há um processo no Brasil e ele
tem que ser interrompido pelo bem dos brasileiros".
A
ex-presidente entende que quem pode ajudar a interromper esse processo e
estabilizar as condições democráticas do país é o seu padrinho petista, que
cumpre pena de doze anos e um mês de prisão, pelos crimes
de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, com relação ao caso do tríplex
de Guarujá (SP).
A
petista também disse que o ex-presidente também é a resposta para a divisão do
país, que vai da "Suprema Corte
ao local mais humilde".
A
ex-presidente disse ainda que "Temos
que restabelecer as condições democráticas, inclusive nas instituições. Eu
acredito, de uma forma muito forte, que o presidente Lula pode ajudar
nessa estabilização. Eu acredito em mais do que isso. Preso ou
solto, condenado ou absolvido, ele será necessariamente uma presença na
reconstrução do Brasil.".
Ela
concluiu com a seguinte afirmação: "Lula
é um conciliador, nunca foi uma pessoa radical que não soubesse construir
consensos, nem tampouco criar pontes", tendo ressaltado que o
ex-presidente é criticado pelas alianças que fez para governar. Com
informações da Folhapress.
Essa
idiotice de golpe contra a ex-presidente petista não passa de desculpa
esfarrapada, porque o seu impeachment ocorreu exatamente com base nos fatos
consistentes, com relação ao claro descumprimento das normas de administração
orçamentária e financeira, em que o governo gastava bem mais do que arrecadava
e isso caracteriza crime de responsabilidade previsto na Constituição do país,
que os governos são obrigados a observar, inclusive os de índole socialista,
que imaginam que estão acima de tudo e de todos, sobretudo das leis, e não
precisam respeitar os ditames jurídicos.
No
caso que a petista classifica como tendo sido a causa do golpe, foi constatado
que bancos oficiais pagavam despesas do governo, que não tinham dinheiro na
data do pagamento e isso era tratado como empréstimo oficial, que é proibido
pela regra constitucional, fato que caracteriza, quer queira ou não, crime de
responsabilidade, à luz de disposição constitucional.
Outra
importante informação que contribuiu para o afastamento definitivamente desse
absurdo argumento de golpe é que o processo de impeachment transcorreu sob a
égide das normas constitucionais, desde o início dele até a sua conclusão, com
o beneplácito jurídico do Supremo Tribunal Federal, que sempre se manifestou,
no curso do rito próprio, em harmonia com os procedimentos adotados, não tendo
acolhido nenhuma argumentação da defesa da petista, com alegação sobre inconformismo,
questionamento ou inconstitucionalidade acerca da tramitação pertinente ao
afastamento dela do governo, tendo tudo transcorrido em clima de absoluta
observância ao ordenamento jurídico do país, o que afasta a mínima suspeita de
golpe, porque o processamento do caso transcorreu estritamente dentro e nos
limites dos ditames constitucional e legal.
Não
passa de extrema leviandade a afirmação de pessoa considerada corrupta contra
os princípios republicanos, por julgamento juridicamente imparcial e inquestionável,
sob a égide da ampla defesa e do contraditório, ter condições mínimas de ajudar
na pseudoestabilização do país, quando a própria desestabilização teve origem
justamente na ideologia comandada por ele, que também foi responsável por
indicar e ajudar a eleger pessoa que demonstrou absoluta incapacidade
administrativa de comandar o país com as grandezas do Brasil.
O
certo é que o país foi conduzido, em termos administrativos, aos píncaros da
destruição e do abismo, por via de políticas retrógradas e suicidas, que
resultaram no incontrolável rombo nas contas públicas, causando a mais completa
desorganização dos sistemas social, moral, político, administrativo e
democrático, tendo como consequência o afastamento, para o bem da nação e do
povo, da governante totalmente fora do rumo e do controle, que não tinha mais a
mínima condição de continuar no leme da nave Brasil.
Não
há que se falar em restabelecimento das condições democráticas, porque elas
foram rompidas quando o governo perdeu totalmente a credibilidade, em todos os
sentidos, principalmente com origem no Congresso Nacional, onde ele era sempre
clamorosamente derrotado, quando perdeu o apoio até mesmo de seus aliados, mas
essa estabilização foi adquirida justamente depois do impeachment, embora a
desgraça da desmoralização política também ressurgiu com as denúncias contra o
atual governo, que também tem vinculação com a chapa da presidente afastada,
por incompetência administrativa.
Os
fatos mostram que o petista preso não serve de parâmetro mínimo para
restabelecer coisa alguma, porque ele não teve nem mesmo condições de provar a
sua inocência com relação aos fatos pertinentes à sua condenação e, diante
disso, ele se encontra preso, enquanto alega inculpabilidade, sem contraprova
quanto aos crimes cuja autoria é atribuída a ele.
Outra
afirmação de clara idiotice é a de que o petista “é resposta para a divisão do país”, quando se sabe que partiu
exatamente dele essa ideia absurda de se colocar pobre contra rico, preto
contra branco, humilde contra burguesia etc., como forma de se criar clima
antagônico entre classes sociais, evidentemente com o propósito do
aproveitamento político da situação, nessa inútil briga que somente contribuiu
para o acirramento dos ânimos entre irmãos brasileiros.
Não
passa de tremenda insensatez a afirmação de que “Luta é um conciliador, nunca foi uma pessoa radical que não soubesse
construir consenso, nem tampouco criar pontes”, quando se sabe que a sua
história política começou com as lutas sindicais, no enfrentamento contra os
empresários, onde o radicalismo prevalecia desde antanho e isso somente se
intensificou por toda sua vida política, não tendo a menor cabimento nem
credibilidade em se pensar diferentemente disso, salvo em momento da maior
dificuldade atravessada por ele, que agora procura se passa por o melhor dos
políticos e o mais inocente dos mortais, tão somente para se mostrar como sendo
o salvador da pátria, que nunca aconteceu, porque a verdade mostra que os
programas de assistência social tiveram viés estritamente eleitoreiros, com
vistas à institucionalização de populismo histórico capaz de transformá-lo em
homem público invencível, por força do marketing pessoal impregnado com a marca
indevida do pai dos pobres, quando o sentido de tudo isso não passava de
estratégia objetivando se alcançar, com recursos públicos, a absoluta dominação
das classes política e social e a perenidade no poder, conforme mostram os
fatos.
Os
brasileiros precisam se despertar dessa letargia que se apoderou nas suas
consciências, principalmente em termos políticos, para enxergar a verdade sobre
as ideologias disseminadas pelas esquerdas, que somente buscam a satisfação de
seus objetivos pessoais e políticos, como agora no caso do político preso, tendo
como pano de fundo o anacrônico populismo como sendo a salvação da humanidade,
quando os fatos evidenciam que somente por meio da competência, transparência,
sinceridade, do trabalho, da honestidade, reafirmação das políticas integradas
de desenvolvimento, do fomento à industrialização, dos investimentos
regionalizados e, enfim, da eficiência na efetivação das políticas públicas o Brasil
poderá encontrar os rumos do desenvolvimento socioeconômico, com embargo das
ideologias identificadas apenas com o antiquado populismo que já ajudara a
levar o país à degradação dos sistemas capazes de alavancar o progresso tão
sonhado pelos brasileiros. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 25 de maio de 2018
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