Um
famoso ex-locutor de rodeios brasileiro foi acometido de câncer em estado
terminal, sendo obrigado a passar por momento dificílimo com relação à sua
saúde.
Nas
condições em que ele se encontra, agora, conforme o próprio relato à VEJA,
ele se considera arrependido por ter feito carreira nos rodeios.
Ainda
praticamente jovem, com apenas 57 anos de vida, ele enfrenta a doença que
atingiu suas boca e garganta, órgãos que ele usava para transmitir as emoções
dos espetáculos de rodeios.
O
ex-locutorl de rodeios atribui seu sofrimento à sua conivência com os animais e
não tinha a menor preocupação para com os maus-tratos contra eles nos eventos
que narrava, sempre carregados de muito entusiasmo, em que pesem os casos de agressão
aos animais.
Ele
chegou à conclusão de que "Estou pagando toda a dor que causei e
incentivei os outros a causar nos bichos dos rodeios".
Esse
cidadão chegou a ser considerado o maior locutor de rodeios do Brasil e, por
ocasião do seu sucesso, ele era tratado com a cortesia de ser transportado de
helicóptero para as arenas do país.
O
ex-locutor afirmou que, "Dos rodeios grandes aos pequenos, a festa era
de alegria para o público, mas de dor e sofrimento para os bichos. Eu via tudo
isso na época, mas não me importava".
As
declarações do ex-locutor, reconhecendo com total lucidez a estupidez dos
maus-tratos aos animais, que tem sido realidade ignorada por quem patrocina
tamanha maldade, ou seja, o povo que paga para a judiação de animais indefesos,
chamou a atenção de ativistas da causa animal, a exemplo de uma cantora e
artista, que declarou, verbis: "Acho louvável ter uma referência de
dentro do rodeio que reconhece como essa indústria é cruel".
Como
o estado de saúde do ex-locutor é muito grave, os especialistas chegaram à
conclusão de que ele não suportaria se submeter à nova cirurgia e às sessões de
quimioterapia, não tendo mais esperança de cura para ele.
É
evidente que não precisava que alguém chegasse a esse estado clínico de completa
precariedade de vida para reconhecer a maldade explícita causada aos animais,
nos eventos de rodeios, vaquejadas e outras farras promovidas em que eles são os
alvos principais, onde o bicho homem se divertem sem a menor preocupação com o
que possa acontecer de pior com os animais.
Foi
preciso que o ex-locutor fosse acometido de doença gravíssima, nos principais
órgãos usados para transmitir a emoção dos rodeios, para que ele percebesse,
finalmente, que os animais são realmente sacrificados em nome da diversão e do
enriquecimento dos empresários que exploram os indefesos animais, felizes da
vida, diante do sucesso financeiro.
Ou
seja, se ele não tivesse adoecido, na forma como mais violenta, como aconteceu,
certamente que ele continuaria com os olhos vendados para a triste agonia dos
animais, sem nenhum remorso por tudo de ruim que, infelizmente, continua a acontecer
nas arenas do Brasil a fora.
É
evidente que, longe de se pretender tragédia generalizada com quem participa
diretamente dos maus-tratos com animais, mas, à toda evidência, parece que
somente quando acontece situação triste como essa alguém tem a dignidade de reconhecer
o que se passa de crueldade nas arenas de rodeios, vaquejadas e noutros espetáculos
análogos, porque, do contrário, ninguém se sensibiliza com o drama dos animais
indefesos, que são jogados às arenas das feras representadas pelos bichos
homens, que não têm o mínimo de piedade em relação a eles, quando a diversão
animalesca se concentra exclusivamente na especulação econômica, mediante o
lucro fácil e certo.
Convém
que as pessoas se conscientizem, o quanto antes possível, por que a sua participação
em espetáculos que usem animais como atores principais tem contribuído para
fomentar essa indústria perversa de judiação e crueldade que não se justifica mais
na atualidade, diante de tantos importantes eventos que poupam o sofrimento
gracioso de quem precisa ter preservada a sua integridade e até mesmo a sua
vida.
A
lamentável história do ex-locutor de rodeios, aqui relatada a propósito, diante
de preciosa constatação sobre conhecimento de fatos reais, precisa ser
disseminada com a maior intensidade possível, para se chamar a atenção não
somente dos inescrupulosos patrocinadores de eventos tendo por base o emprego
de animais indefesos, mas especialmente para as pessoas em geral, que são as
mantenedoras desses ruidosos espetáculos, para que eles possam refletir melhor
sobre o peso nas suas consciências acerca dos maus-tratos de animais, evidentemente
sem necessidade de terem que adoecer para enxergarem a realidade nua e crua
sobre a crueldade contra os animais.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 20 de outubro de 2019
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