Na
crônica intitulada “A verdade da Justiça?”, foi dito, em conclusão, que, mesmo contra a sua
vontade, é mais provável que o político seja realmente solto pelo Supremo
Tribunal Federal, não pela declaração de inocência dele, mas pela decisão sobre
a prisão em segunda instância, porque tudo indica que a intenção dos ministros,
mesmo na contramão da vontade dos brasileiros, será mesmo a de privilegiar a
impunidade, em vergonhoso e inaceitável benefício aos criminosos, em prejuízo
da população, por força da soltura de milhares de bandidos, que ganham a
liberdade para praticarem a sua profissão de criminalidade, com o beneplácito
da Excelsa Corte de Justiça brasileira.
Diante disso,
o sempre antenado com os fatos da política, o professor Xavier Fernandes, em
profunda análise sobre a melancólica situação da vida dos famosos políticos
brasileiros, manifestou-se nestes termos: “Caríssimo amigo nobre conterrâneo,
eu acho que uma entrevista e declarações desse presidiário não têm tanta ou
nenhuma importância. A maior prova é que ele está ainda na cadeia e uma dezenas
de processos o cercam. Acho que esses que fazem e divulgam essa aberração fazem
parte do mesmo chiqueiro e são bem pagos para divulgar a inversão de toda essa
infeliz história da política brasileira. Lula torna-se vítima e aqueles que
lutam por um país íntegro tornam-se vilões, carrascos, perseguidores e
violentos, pois as mentiras e as calúnias repetidas causam tanto mal como o
próprio mal. O exército dos idiotas doentes, alienados, é muito forte e é alimentado
pelo ódio e pela vontade de roubar. Eles fazem muita zoada e são incansáveis e
têm o veneno espalhado em todos os setores da administração pública. É uma
gente doutrinada que obedece ao chefe dessa organização criminosa e poderosa. É
preocupante todo esse quadro que estamos vivenciando, que gera um sentimento de
revolta e de tristeza em saber que uma grande parte dos brasileiros quer a
volta da corrupção, da desmoralização e do caos. Eles querem que dê tudo errado
e o país caia num buraco profundo de uma crise irreversível, sem retorno. Aí
sim , estamos todos perdidos: nós e eles. É isso, vamos continuar acreditando
que algo novo e bom vai acontecer! Esperamos um novo tempo de reconstrução e
crescimento desse nosso Brasil, que tem tantas maravilhas e belezas naturais.
Por si só, é um país Rico e Grande.”.
Em
resposta ao pensamento e aos arroubos do mestre Xavier Fernandes, próprios do
seu acerbado civismo, que nos dão verdadeira aula de patriotismo, eu digo que
eles sintetizam o espanto de quem não se acostuma com a estranha situação de condescendência demonstrada por muitos
brasileiros com políticos que não primaram pelo rigor aos bons princípios e condutas
nas atividades políticas, em evidência do absurdo em relação às saudáveis
práticas republicana e democrática.
Realmente,
é absolutamente inconcebível que, nas circunstâncias, diante da evolução do Homo
sapiens, exatamente com os ensinamentos dos princípios de crescimento e
evolução da humanidade, graças às conquistas científicas e tecnológicas, ainda
seja possível que o ser humano não consiga vislumbrar e distinguir o certo do
errado, preferindo continuar nas trevas da ignorância, somente enxergando
aquilo que melhor agrada ao seu sentimento ideológico.
Há,
sem a menor dúvida, a insistência do entendimento segundo o qual o errado é
precisa ser defendido como forma de ser o certo, de modo que não seja obrigado
a se reconhecer as falhas e os desvios de conduta senão de seus opositores.
É
lamentável que esse raciocínio distorcido ainda venha sendo defendido, com
unhas e dentes, por rebanho enorme de intelectuais, artistas, letrados, que se
misturam harmoniosamente com pessoas de pouco conhecimento, mas, juntas, entenderam de pôr na cabeça que é sim preciso
defender a sua firme ideologia, mesmo que os fatos mostrem que seus líderes
conseguiram conduzir o Brasil a terríveis crises social, política, moral,
econômica, administrativa, entre outras.
A
verdade é que, tudo é feito em nome do regime socialismo, que até, no
particular, pode até ter algo aproveitável, mas, no geral, o estrago tem sido
apenas fantástico, em prejuízo para os interesses nacionais, conforme mostram
os fatos e as políticas escancaradas nos últimos governos, onde prevaleceram
tragédias envolvendo rombos nas contas públicas; desemprego em massa; recessão
econômica; descrédito de governo; corrupção; falta de investimentos em obras de
impacto; queda de arrecadação; retração da cadeia produtiva; retirada do
capital estrangeiro; maciços investimentos em importantes obras em países
socialistas, com o emprego do dinheiro dos brasileiros; entre muitas distorções
na gestão de recursos públicos, mas ninguém assumiu a responsabilidade por essa
desastrada e ruinosa situação.
É
inconcebível como, diante de tantas desgraças que resultam em bastante embaraço
para a população, ainda há brasileiros que conseguem enxergar tanta beleza em
situação indiscutivelmente dissonante com os bons princípios e as boas condutas
por parte de governantes preocupados senão com seus próprios interesses, em razão
de tantos malefícios às causas nacionais e dos brasileiros.
É
evidente que, em absoluto, não se pretende condenar e muito menos censurar o direito
da defesa intransigente da ideologia política, porque isso é inerente ao
usufruto do consagrado princípio erigido no Estado Democrático de Direito, mas
sim a forma estúpida como as pessoas, em nome de seus princípios, não conseguem
vislumbrar que há algo dissonante da correção, da verdade, da realidade, à luz
de tudo que foi investigado pela Operação Lava-Jato, que identificou
organização criminosa que atuava perversamente sobre o patrimônio, entre outros,
da Petrobras e todos os malefícios aconteceram exatamente nos governos daqueles
que são tratados como verdadeiros heróis nacionais, enquanto os agentes
públicos que trabalharam em defesa do patrimônio dos brasileiros são tidos por ladrões,
bandidos e outras definições próprias daqueles que contribuíram para dilapidar
cofres públicos.
Se
ao menos houvesse, minimamente que fosse, alguma forma de justificativa para
tantas agressões aos cofres públicos, os demais brasileiros até poderiam entender
tamanha idolatria a quem tudo fez de ruim para, entre outros propósitos ilícitos,
desviar dinheiro para custear as irregulares e injustas campanhas milionárias,
com a finalidade de manutenção no poder e dominação absoluta das classes política
e social, tudo com a força do dinheiro sujo.
Enfim,
o que é preciso ainda para mostrar aos brasileiros que se consideram os donos
da verdade, mesmo que os fatos apurados, levantados e investigados sejam substancialmente
poderosos em indicar o tanto da maldade de governos irresponsáveis que não tiveram
o mínimo de pudor em se apoderar de dinheiros sujos para o financiamento também
de grandiosos projetos políticos, mesmo que tudo isso representasse danos
irreparáveis aos interesses dos brasileiros?
Brasil:
apenas o ame!
Brasília,
em 19 de outubro de 2019
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