sábado, 19 de outubro de 2019

O que é preciso ainda?


Na crônica intitulada “A verdade da Justiça?”, foi dito, em conclusão, que, mesmo contra a sua vontade, é mais provável que o político seja realmente solto pelo Supremo Tribunal Federal, não pela declaração de inocência dele, mas pela decisão sobre a prisão em segunda instância, porque tudo indica que a intenção dos ministros, mesmo na contramão da vontade dos brasileiros, será mesmo a de privilegiar a impunidade, em vergonhoso e inaceitável benefício aos criminosos, em prejuízo da população, por força da soltura de milhares de bandidos, que ganham a liberdade para praticarem a sua profissão de criminalidade, com o beneplácito da Excelsa Corte de Justiça brasileira.
Diante disso, o sempre antenado com os fatos da política, o professor Xavier Fernandes, em profunda análise sobre a melancólica situação da vida dos famosos políticos brasileiros, manifestou-se nestes termos: “Caríssimo amigo nobre conterrâneo, eu acho que uma entrevista e declarações desse presidiário não têm tanta ou nenhuma importância. A maior prova é que ele está ainda na cadeia e uma dezenas de processos o cercam. Acho que esses que fazem e divulgam essa aberração fazem parte do mesmo chiqueiro e são bem pagos para divulgar a inversão de toda essa infeliz história da política brasileira. Lula torna-se vítima e aqueles que lutam por um país íntegro tornam-se vilões, carrascos, perseguidores e violentos, pois as mentiras e as calúnias repetidas causam tanto mal como o próprio mal. O exército dos idiotas doentes, alienados, é muito forte e é alimentado pelo ódio e pela vontade de roubar. Eles fazem muita zoada e são incansáveis e têm o veneno espalhado em todos os setores da administração pública. É uma gente doutrinada que obedece ao chefe dessa organização criminosa e poderosa. É preocupante todo esse quadro que estamos vivenciando, que gera um sentimento de revolta e de tristeza em saber que uma grande parte dos brasileiros quer a volta da corrupção, da desmoralização e do caos. Eles querem que dê tudo errado e o país caia num buraco profundo de uma crise irreversível, sem retorno. Aí sim , estamos todos perdidos: nós e eles. É isso, vamos continuar acreditando que algo novo e bom vai acontecer! Esperamos um novo tempo de reconstrução e crescimento desse nosso Brasil, que tem tantas maravilhas e belezas naturais. Por si só, é um país Rico e Grande.”.
Em resposta ao pensamento e aos arroubos do mestre Xavier Fernandes, próprios do seu acerbado civismo, que nos dão verdadeira aula de patriotismo, eu digo que eles sintetizam o espanto de quem não se acostuma com a estranha  situação de condescendência demonstrada por muitos brasileiros com políticos que não primaram pelo rigor aos bons princípios e condutas nas atividades políticas, em evidência do absurdo em relação às saudáveis práticas republicana e democrática.
Realmente, é absolutamente inconcebível que, nas circunstâncias, diante da evolução do Homo sapiens, exatamente com os ensinamentos dos princípios de crescimento e evolução da humanidade, graças às conquistas científicas e tecnológicas, ainda seja possível que o ser humano não consiga vislumbrar e distinguir o certo do errado, preferindo continuar nas trevas da ignorância, somente enxergando aquilo que melhor agrada ao seu sentimento ideológico.
Há, sem a menor dúvida, a insistência do entendimento segundo o qual o errado é precisa ser defendido como forma de ser o certo, de modo que não seja obrigado a se reconhecer as falhas e os desvios de conduta senão de seus opositores.
É lamentável que esse raciocínio distorcido ainda venha sendo defendido, com unhas e dentes, por rebanho enorme de intelectuais, artistas, letrados, que se misturam harmoniosamente com pessoas de pouco conhecimento, mas, juntas,  entenderam de pôr na cabeça que é sim preciso defender a sua firme ideologia, mesmo que os fatos mostrem que seus líderes conseguiram conduzir o Brasil a terríveis crises social, política, moral, econômica, administrativa, entre outras.
A verdade é que, tudo é feito em nome do regime socialismo, que até, no particular, pode até ter algo aproveitável, mas, no geral, o estrago tem sido apenas fantástico, em prejuízo para os interesses nacionais, conforme mostram os fatos e as políticas escancaradas nos últimos governos, onde prevaleceram tragédias envolvendo rombos nas contas públicas; desemprego em massa; recessão econômica; descrédito de governo; corrupção; falta de investimentos em obras de impacto; queda de arrecadação; retração da cadeia produtiva; retirada do capital estrangeiro; maciços investimentos em importantes obras em países socialistas, com o emprego do dinheiro dos brasileiros; entre muitas distorções na gestão de recursos públicos, mas ninguém assumiu a responsabilidade por essa desastrada e ruinosa situação.
É inconcebível como, diante de tantas desgraças que resultam em bastante embaraço para a população, ainda há brasileiros que conseguem enxergar tanta beleza em situação indiscutivelmente dissonante com os bons princípios e as boas condutas por parte de governantes preocupados senão com seus próprios interesses, em razão de tantos malefícios às causas nacionais e dos brasileiros.
É evidente que, em absoluto, não se pretende condenar e muito menos censurar o direito da defesa intransigente da ideologia política, porque isso é inerente ao usufruto do consagrado princípio erigido no Estado Democrático de Direito, mas sim a forma estúpida como as pessoas, em nome de seus princípios, não conseguem vislumbrar que há algo dissonante da correção, da verdade, da realidade, à luz de tudo que foi investigado pela Operação Lava-Jato, que identificou organização criminosa que atuava perversamente sobre o patrimônio, entre outros, da Petrobras e todos os malefícios aconteceram exatamente nos governos daqueles que são tratados como verdadeiros heróis nacionais, enquanto os agentes públicos que trabalharam em defesa do patrimônio dos brasileiros são tidos por ladrões, bandidos e outras definições próprias daqueles que contribuíram para dilapidar cofres públicos.
Se ao menos houvesse, minimamente que fosse, alguma forma de justificativa para tantas agressões aos cofres públicos, os demais brasileiros até poderiam entender tamanha idolatria a quem tudo fez de ruim para, entre outros propósitos ilícitos, desviar dinheiro para custear as irregulares e injustas campanhas milionárias, com a finalidade de manutenção no poder e dominação absoluta das classes política e social, tudo com a força do dinheiro sujo.
Enfim, o que é preciso ainda para mostrar aos brasileiros que se consideram os donos da verdade, mesmo que os fatos apurados, levantados e investigados sejam substancialmente poderosos em indicar o tanto da maldade de governos irresponsáveis que não tiveram o mínimo de pudor em se apoderar de dinheiros sujos para o financiamento também de grandiosos projetos políticos, mesmo que tudo isso representasse danos irreparáveis aos interesses dos brasileiros?
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 19 de outubro de 2019

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