Na crônica sob o
título “Inaceitável progressão de regime”, que analisa a concessão de
progressão de regime para condenados, foi dito que esse estapafúrdio sistema precisa
ser eliminado da legislação penal, por não ter qualquer base de sustentação nem
jurídica ou social e muito menos cabimento
sobre a razoabilidade para que quem pratica o mal à sociedade possa se beneficiar
graciosamente da liberdade prematura, pondo em risco, em muitos casos, a
própria população, pelo aumento da insegurança, com a soltura imerecida,
injusta e extemporânea de criminosos.
Diante de palavras agressivas e desrespeitosas dirigidas a
mim por um senhor, recebi espontânea solidariedade do ilustre mestre Xavier
Fernandes, que veio imediatamente em minha defesa, ao proferir palavras apropriadas
em rechaço às acusações grosseiras e indevidas, nestes termos: “Acabo de ler o infeliz
comentário desse cidadão Filhinho Nivaldo Fernandes, que, francamente, dá pena!
Desprovido de qualquer razão para fazê-lo, está claro e lógico que é movido
pela paixão doentia alienante, o que explica muito bem a insensatez de quem não
tem real isenção para discutir e debater um tema tão importante com a devida
razão, raciocínio e equilíbrio. Estamos assistindo atualmente um desmonte das
leis judiciais pondo em xeque ainda mais a segurança da sociedade civil
organizada, quando a própria Justiça se autoflagela com viés corporativo que
também protege "amigos" que infringiram as leis e por interesses escusos
violam e quebram o cumprimento do que realmente está no código. Fazem manobras
para escapar das condenações. E assim fazendo essa confusão na cabeça das pessoais
e as ignorantes reagem assim. Então, meu dileto amigo, não leve esse comentário
à sério. Trata-se de um cidadão em devaneio que desabafa uma frustação e mostra
com palavras ásperas o seu inconformismo, que não aceita o contrário. Acha que
devemos usar também a sua postura. Não vale a pena postergar. Continue sempre
brilhante, inteligente em defesa das suas teses. Você está muito acima desse
grosseiro e indelicado comentário... Meus parabéns pelo comentário e pela
réplica.”.
Muito
comovido e agradecido, por tão brilhantes argumentações, avalio que o
inteligente e versátil professor Xavier Fernandes se houve como um dos melhores
causídicos, que, por certo, nessa causa, ninguém teria condições de superá-lo,
posto que a minha defesa foi feita com muita bravura e espírito de carinho ao
meu trabalho literário, ao me defender com unhas e dentes, deixando-me na
certeza de que estou no caminho certo, embora nunca tivesse dúvida quanto a
isso, porque eu tenho me postado sempre com muito cuidando para respeitar o
próximo e os princípios da escrita e da análise sobre os fatos da vida, em toda
a sua dimensão, procurando aceitar, com naturalidade, como não poderia ser
diferente, as críticas sadias e construtivas.
Fico
feliz que você, prezado mestre Xavier, tenha me defendido nessas situações de
tentativa de me intimidar por meio de palavras que jamais vão me atingir,
principalmente com relação à crônica atacada que discorre sobre tema muito mais
em tese e tem como cerne tão somente mostrar uma aberração de se conceder
indiscutível e imerecido benefício a condenado, diante da sua índole perversa contra
a sociedade, assim como tal declarado pela Justiça, à luz das provas constantes
dos autos, o que não será diferente disso enquanto a sentença condenatória não
for alterada ou anulada, porque a verdade é que a condenação precisa tão
somente ser cumprida, sem essa de benefício por meio de progressão de regime,
conquanto ainda não se fala em beneficiar quem realmente merecia, que seria, se
possível, somente a vítima, que foi prejudicada, e não o agressor, que causou o
mal tanto à vítima como à sociedade.
É muito
estranho que, mesmo diante da evolução da humanidade, à luz dos conhecimentos
avançados vindos em benefício da sociedade, ainda existem defensores de condenados
e ainda falando em nome de Deus, que tem realmente poder para julgar o que seja
certo ou errado, mas esquecendo do padecimento das vítimas, no caso, os
brasileiros, que não tiveram chance de defesa.
Enfim, fico
feliz e agradecido, por seu gesto de solidariedade e generosidade, mestre
Xavier Fernandes, que é próprio das pessoas de grande coração carregado de amor
ao próximo, que se arriscam e se encorajam em enfática defesa de causa justa e
humana.
Meu muito
obrigado.
Brasília,
em 7 de outubro de 2019
Nenhum comentário:
Postar um comentário