quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Registro da história


Na crônica sob o título “Inaceitável progressão de regime”, que analisa a concessão de progressão de regime para condenados, foi dito que esse estapafúrdio sistema precisa ser eliminado da legislação penal, por não ter qualquer base de sustentação nem jurídica ou social e muito menos cabimento sobre a razoabilidade para que quem pratica o mal à sociedade possa se beneficiar graciosamente da liberdade prematura, pondo em risco, em muitos casos, a própria população, pelo aumento da insegurança, com a soltura imerecida, injusta e extemporânea de criminosos.
Diante dessa conclusão, o conterrâneo Márcio Ferreira Pinto ressaltou importante mensagem acerca do principal político brasileiro, que se encontra cumprindo pena na prisão, nestes termos: “O ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa, conhece bem o ex-presidente Lula. Segundo o escritor peruano, o petista implantou no Brasil uma 'Corrupção sem precedentes’ e deixou a democracia no país gangrenada pela corrupção. Segundo Llosa, o Brasil passa agora por um processo de purificação necessária e saudável.”.
Em resposta, eu disse que, certamente, o notável e laureado escritor Prêmio Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa, não conhece tanto quanto os brasileiros os meandros esse famigerado processo do petrolão, mas, mesmo assim, tem a sabedoria e a inteligência de compreender perfeitamente a gravidade desse terrível escândalo para a vida dos brasileiros, enquanto, infelizmente, muitos de nossos patrícios, que acompanham em carne viva o destrinchar desse câncer na administração pública brasileira ainda tem o desplante de apoiar os líderes implicados com ele.
É preciso que os brasileiros se conscientizem de que a Justiça, ressalvadas pequenas exceções, somente condena com base em provas, quanto mais quando elas estão sendo chanceladas em instâncias superiores, com o peso das experiências dos magistrados.
          O certo é que, enquanto houver explícito e descarado apoio a quem pratica algo questionável e não devidamente justificado, ninguém vai ter a dignidade de assumir seus erros, preferindo a cômoda pouse de eterno injustiçado.
É pena que parte do Brasil ainda esteja nesse estágio de regressão político-social, em prejuízo da evolução da sociedade, em seu conjunto.
Brasília, em 7 de outubro de 2019

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