Segundo
a Folhapress, o ex-presidente da República petista pretende, segundo tem
confessado a correligionários, na hipótese de deixar a prisão, visitar localidades
brasileiras, em caravana, e ainda assumir o papel do que tem chamado de "fio
condutor da pacificação nacional".
A
expectativa pela liberdade ocorre no momento em que o Supremo Tribunal Federal
inicia o julgamento sobre a constitucionalidade da prisão de condenados em
segunda instância, e a Segunda Turma da corte se prepara para retomar a discussão
sobre a alegada suspeição do então juiz da Lava-Jato, com possibilidade de
anulação da condenação do petista, no caso do tríplex de Guarujá (SP).
A
presidente da sigla disse que "Lula em liberdade é um agente político
importante e vai ter, obviamente, um papel relevante não só para o PT, mas
também para o Brasil. O povo brasileiro tem confiança no Lula - principalmente
o povo pobre - e isso dá a ele condições de ter uma atuação política de
enfrentamento mais sistemático a tudo que está acontecendo e à destruição a que
o país está sendo submetido".
Ela
disse que "O povo está num sofrimento imenso. E quem andava o Brasil?
Quem pisava no chão que o povo pisa? Hoje não temos uma liderança que faça
isso. Quem sempre fez isso foi Lula - antes de ser presidente, durante o
mandato e depois".
Por
último, a presidente do partido afirmou que “Em caravana, Lula pretende
disseminar a ideia de que ele e o PT têm um projeto capaz, nas palavras dos
petistas, de ‘salvar’ o Brasil.”.
Para
amigos próximos, o político tem dito que é preciso trabalhar pela unidade
nacional e dar basta ao clima de beligerância que se acentuou no país, desde a
eleição de 2018.
O
PT pretende disseminar o fabuloso discurso, magistralmente amparado em "Plano
Emergencial de Emprego e Renda", com base em nove diretrizes que
prometem gerar 7 milhões de empregos a curto e médio prazos.
O
PT ressalta, no aludido plano, que "O brasileiro sente a crise
econômica na pele e no bolso. A pobreza voltou a assombrar, e o Brasil está
voltando ao mapa da fome. Gás, gasolina e álcool cada vez mais caros e o
desemprego batendo recorde. Enquanto o povo paga a conta da crise, o governo
corta investimento em educação, em saúde e acaba com a sua aposentadoria. Tira
dos mais pobres para entregar aos mais ricos".
Embora
o petista possa se beneficiar com o julgamento do Supremo, as ações que discutem
se é constitucional prender condenados antes de esgotados todos os recursos, o
ex-presidente espera que a tese sobre a falta de imparcialidade do juiz que o
condenou será acolhida por aquela corte, o que, nessa hipótese, a sentença da condenação
do tríplex pode ser anulada e o caso voltaria aos estágios iniciais, embora
permanecendo intacta, com validade plena, a denúncia sobre a propina envolvendo
o tríplex.
Nesse
caso, o ex-presidente seria libertado e ainda teriam restabelecidos os direitos
políticos, cassados após a condenação em segunda instância, com o seu enquadramento
automático na Lei da Ficha Limpa.
Segundo
aliados, o petista almeja percorrer o país em condição de liberdade plena, para
poder ter legitimidade de questionar as ações do governo e se apresentar como
líder de um movimento capaz de fazer frente "à destruição que está aí".
As
caravanas cogitadas ainda não são discutidas de forma oficial pelo PT, mas os
dirigentes admitem que há a expectativa de que elas possam começar o quanto
antes e seja peça fundamental para as eleições municipais de 2020.
Nesse
cenário, dizem animados os petistas, diante da avaliação de que, hoje, só o ex-presidente
tem força para derrotar o presidente do país e a direita, na disputa ao Palácio
do Planalto.
Causa
estarrecimento se afirmar que “só Lula tem força para derrotar Bolsonaro”,
diante do fato de que, com condenação ou não, os fatos mostram, de maneira
inequívoca, que, com o julgamento já sacramentado ou se outro tiver, as provas
constantes dos autos são robustamente pesadas contra o político, de modo a
evidenciar, quer queira ou não, a materialidade da sua culpa com relação à denúncia
sobre a ilicitude quanto ao caso do tríplex, o que vale dizer que a sua
culpabilidade continua em aberto, prevalecendo o delito referente aos fatos
denunciados, o que, de igual modo, o torna absolutamente inábil para o
exercício de cargo público, somente adquirindo legitimidade, para tanto, depois
de provar, por completo e de forma cabal, a sua inculpabilidade, o que ainda não
foi possível até o momento.
Chega
a ser risível o político afirmar que é preciso trabalhar pela unidade nacional,
de modo a arrefecer o clima de beligerância potencializado desde a última eleição,
quando esse clima hostil entre brasileiros vem de longa data, desde quando foi
instituído o abominável “nós” contra “eles”, em clara
demonstração de disputa cujo desastre realmente foi acentuado por força do
incremento da inevitável polarização, absolutamente prejudicial às relações saudáveis
entre brasileiros.
Não
é verdade que o povo tem confiança no líder do seu partido, conforme asseverou
a presidente da agremiação, salvo as pessoas que ainda não se conscientizaram
sobre os malefícios que político em decadência moral, exatamente por ter sido
condenado por força da prática de crimes de corrupção passiva e lavagem de
dinheiro, pode causar à integridade dos princípios republicano e democrático,
Essa
atitude do político somente demonstra o colossal do pensamento político de
homens públicos e de seus seguidores, em clara demonstração de que, nesse
particular, o sistema político brasileiro permite que o cidadão com direitos políticos
cassados, conforme decisão proferida pelo então juiz da Operação Lava-Jato, que,
concomitantemente, proferiu a condenação e as perdas dos direitos políticos, pratique
atividade política, quando, ao contrário, deveria implicar seu total
afastamento, enquanto a medida não for revogada ou perdida a validade jurídica.
Para
que o político pudesse usufruir de liberdades plenas, seria necessário que ele,
antes, comprovasse a sua inocência perante a Justiça, com relação a todos os
processos onde há denúncias sobre a prática de atos irregulares, nos quais ele responde
como réu, o que significa se afirmar que ele não tem as mínimas condições morais
e legais para se apresentar ao povo, com as mãos limpas, como deve, cuja imaculabilidade
é condição sine qua non para que ele possa se envolver com atividades políticas
e também para puder questionar as gestões do atual governo, com a moral de
cidadão probo e imune a questionamentos sobre a sua conduta na vida pública.
O
petista fala em percorrer o Brasil para liderar a frente contra “destruição
que está aí”, sem sequer dá conta de que os governos anteriores destruíram
literalmente o Brasil, conforme as piores crises acontecidas no governo da
presidente afastada, que deixo o país em desastroso quadro de forte recessão
econômica; desemprego para mais de 13 milhões de pessoas; juros nas alturas - acima
de 14%; desindustrialização acentuada; queda na arrecadação; precária prestação
dos serviços públicos; falta de investimentos públicos e privados; descrédito
do governo; retirada do país do capital estrangeiro; financiamento de
importantes obras em países socialistas, com o uso de dinheiro dos brasileiros;
entre outros malefícios realmente próprios de país verdadeiramente destruído.
Quem
tem o mínimo de sensibilidade e pensa racionalmente, conclui, de plano, que as
palavras constantes do miraculoso plano estão alicerçados em bases hipócritas e
demagógicas, porque dá a entender que tudo aquilo que está escrito, em síntese,
na vontade política do PT é algo estranho ao governo petista, como se as crises
ali aventadas tivessem sido criadas ou surgidas do dia para a noite e
principalmente no governo atual, em que elas jamais tivessem existido no
passado.
Isso
mostra, com muita clarividência, a falta de sinceridade para dizer à sociedade
a verdade e mais ainda para ter a dignidade de aceitar a realidade e assumir a
responsabilidade pelos erros do passado, porque já se viu que esse povo que
idolatra quem mente e distorce a verdade vai continua acreditando nas vergonhosos
mentiras e votando em quem não tem o mínimo de pudor para distorcer os fatos,
exatamente agindo na contramão dos acontecimentos.
O
partido que foi massacrado, desmoralizado, nos tribunais, diante das
investigações, das revelações de sujeiras as mais horríveis possíveis, dos
julgamentos à condenação às suas lideranças, caracterizando as piores humilhações
para quem deveria sentir na pele o peso da completa decadência ética, com a
perda da moral em plena praça pública, com a exposição do que se pode imaginar
de o mais vil da perda do sentimento de honestidade, deveria voltar perante a
sociedade para mostrar discurso verdadeiramente consentâneo com os princípios da
verdade e da honestidade, sem necessidade de acusar ninguém, porque se algo
está errado, o caminho de questionamento é na Justiça, em consonância com o ordenamento
jurídico.
Nessa
tumultuada onda esperançosa de mudanças, sem que nem tivesse alcançado o
primeiro ano – de quatro - do mandato de governo que acenava para grandes
transformações na sua gestão, já se cogita na volta de governo que se diz capaz
de “salvar” o Brasil da destruição.
Nesse
contexto, causam maiores arrepios aos brasileiros ansiosos por mudanças reais,
quando o candidato, que acena para a salvação nacional, integra justamente o
partido que foi responsável pela mais grave destruição que um país pode ter
sido submetido, em termos econômicos e sociais, e o pior é que, de tal forma
injustificável, que os amantes da ideologia que imperava no comando da nação
ainda não perceberam a grandiosidade da tragédia que se abateu sobre a nação,
mas, ao contrário, eles ficam aos gritos implorando pela volta dessas
lideranças, mesmo diante dos pesares.
É
comum, nos países sérios, civilizados e evoluídos, em termos políticos e
democráticos, que os homens públicos envolvidos em denúncias de irregularidades
se afastem das atividades políticas, o tempo necessário para se defenderem e
comprovarem a sua inculpabilidade, somente voltando ao cenário político depois
de devidamente acertados os chamados ponteiros com a Justiça ou com quem de direito,
de modo que a sua atuação como homem público não possa se intimidar diante de quaisquer
questionamentos sobre a moralidade na vida pública, como deve agir assim qualquer
cidadão de bem, notadamente aqueles que se dispõem a representar, com
dignidade, politicamente o povo.
Causa
estrondoso estarrecimento homens públicos com passado tenebroso falarem sobre a
capacidade de salvamento de nação contra a destruição, mas tem sido
absolutamente incapazes de se salvar das denúncias de graves irregularidades, inclusive
prestando contas à própria sociedade, a quem eles têm obrigação legal da prestação
de contas sobre seus atos na vida pública, os quais foram impugnados pela
Justiça e se encontram em aberto, no aguardo dos elementos válidos juridicamente
para a infirmação das aludidas denúncias.
É
preciso, de igual modo, chamar a atenção para os brasileiros extremamente
inescrupulosos que deixam de acreditar na atuação do Judiciário, preferindo hipotecar
apoio a quem não consegue comprovar a própria inocência, além de não assumir os
estragos causados ao patrimônio do Brasil e dos brasileiros, à vista da
implantação dos monstros do mensalão e do petrolão, que serviram de mecanismos facilitadores
do desvio de recursos públicos para projetos espúrios e prejudicais ao
interesse público.
A propósito, diante da importância de pronunciamento
de um ministro do Supremo Tribunal Federal, que é considerado legalista, diante
de grupo de estudantes de Direito, acerca da questão moral, convém transcrever o
texto, que diz o seguinte: "Nós precisamos de pacto de integridade para
substituir esse pacto oligárquico que tem vigorado até aqui. E precisamos de
uma nova geração, gente jovem, comprometida com o bem e com a integridade.
Nunca considerem que é normal desviar dinheiro público nem nunca considerem que
é normal passar os outros para trás. Nós temos de fazer um processo histórico
de elevação ética no País".
Urge
que os brasileiros que amam verdadeiramente o Brasil se conscientizem sobe a
premente necessidade da eliminação da vida pública de todos os homens públicos
que tenham o horroroso histórico com o envolvimento em atos irregulares com
dinheiro público, somente apoiando aqueles que comprovarem licitude e
imaculabilidade na vida pública, como forma da preservação da integridade dos
princípios republicano e democrático, como acontece normalmente nos países
evoluídos, política e democraticamente.
Brasil: apenas o ame!
Brasília, em 23 de outubro de 2019
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