segunda-feira, 7 de outubro de 2019

O destempero de palavras



Na crônica sob o título “Inaceitável progressão de regime”, que analisa a concessão de progressão de regime para condenados, foi dito que esse estapafúrdio sistema precisa ser eliminado da legislação penal, por não ter qualquer base de sustentação nem jurídica ou social e muito menos cabimento sobre a razoabilidade para que quem pratica o mal à sociedade possa se beneficiar graciosamente da liberdade prematura, pondo em risco, em muitos casos, a própria população, pelo aumento da insegurança, com a soltura imerecida, injusta e extemporânea de criminosos. 
O leitor já referido no texto anterior houve por bem demonstrar, mais uma vez, o seu inconformismo com as minhas colocações, tendo escrito, verbis: Só vc vê assim, o cara que junta mil palavra pra dilacerar um cidadão, tem o que, amor? Enquanto os seu simpatisantes estão perambulando pelas rua com grau de pericularidade superior a o mais ferros dos deliquente. Isto é ter amor? chutar um maribundo sem defesa, que tu sabe dos bastidores da política? Justamente no momento em que todos estão se declarando que foi tudo uma faça. Tu tens senço de justiça? Tu tens amor pelo ser humano? Ou tu escreve simplesmente pra preencher teu ego, ou aparecer? (sic)”.
Em resposta à mensagem acima, eu digo a esse senhor, com todo respeito à sua inteligência, que posso assegurar que eu escrevo procurando me inspirar com o maior senso de justiça e amor ao próximo, jamais procurando tirar proveito do que escrevo, porque sei perfeitamente da minha responsabilidade cívica e pessoal como cidadão brasileiro, sempre pedindo a Deus que minhas crônicas sejam estribadas na verdade dos fatos, no bom senso e na racionalidade.
Na posição que alcancei como servidor público, nunca precisei defender nenhuma ideologia político-partidária e muito menos morrer de amores por políticos que envergonharam o mundo com a implantação de organizações criminosas destinadas a desviar dinheiro de empresas públicas, a exemplo do que aconteceu com a Petrobras, devidamente comprovados os fatos pela Operação Lava-Jato.
O mais grave dos escândalos ocorridos em governos anteriores é que o Brasil, sendo dilapidado severa e criminosamente pela volúpia da ganância de lideranças políticas, de forma devidamente comprovada, infelizmente ainda existem os maus brasileiros que defendem os verdadeiros artífices dessa terrível e vergonhosa desgraça, como se fossem injustiçados e perseguidos.
Na verdade, aqueles que conduziram o Brasil ao abismo são tidos, com a maior admiração, por autênticos salvadores da pátria, quando eles deveriam ser obrigados a esclarecer os fatos para merecerem o respeito de políticos de verdade.
Nesse palanque de defensores de antibrasileiros estão as pessoas, muitas das quais consideradas intelectualizadas e donas da verdade, que acham que os homens que foram capazes de lutar por determinado ideal político-social estão imunes ao alcance da Justiça, estando acima da lei e não podem ser julgados por seus atos na vida pública.
Quanto ao meu espírito de Justiça, eu fico muito à vontade para me manifestar como brasileiro que ama a pátria, para dizer o que sinto sobre os fatos da vida, não por satisfazer capricho pessoal, mas sim para mostrar aos brasileiros de verdade sobre a realidade dos fatos, que não interessam àqueles que consideram normal que o Brasil estraçalhado pela roubalheira ainda merece ser comandado por aqueles que são acusados de liderar tamanha desgraça, aplaudida por péssimos brasileiros.
A minha condição de ser apolítico me permite que eu possa escrever livremente, sem necessidade senão de agradar à verdade.
É estranho e lamentável que ainda tenha cidadão que pensa que pode agredir levianamente as pessoas somente porque elas não comungam com a sua cartilha, em total desrespeito aos sentimentos das pessoas, como se somente elas fossem donas da razão e ainda tendo o direito de tentar reduzir ao máximo a sua dignidade.
Prezado senhor, o que o senhor falou sobre a minha pessoa não condiz em nada com a sua afirmação de que “tenho um Deus que me faz feliz, e como discípulo de Jesus acredito no homem, pois somos sua imagem e sua semelhança”, porque quem é verdadeiro discípulo de Jesus Cristo jamais agride seu irmão em Deus com palavras tão insensatas, duras e imerecidas, justamente porque a essência cristã está fundamentada no amor e no respeito ao próximo.
Espero que as suas palavras destemperadas sirvam para o senhor refletir sobre o que sejam realmente os ensinamentos de Jesus Cristo, porque não adiante alguém ficar beijando os altares e, ao mesmo tempo, apedrejando o seu semelhante.
Fique com Deus!
Brasília, em 7 de outubro de 2019 

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