Na
crônica sob o título “Inaceitável progressão de regime”, que analisa a
concessão de progressão de regime para condenados, foi dito que esse estapafúrdio
sistema precisa ser eliminado da legislação penal, por não ter qualquer base de
sustentação nem jurídica ou social e muito menos cabimento sobre a razoabilidade
para que quem pratica o mal à sociedade possa se beneficiar graciosamente da
liberdade prematura, pondo em risco, em muitos casos, a própria população, pelo
aumento da insegurança, com a soltura imerecida, injusta e extemporânea de criminosos.
O leitor já referido no texto anterior houve
por bem demonstrar, mais uma vez, o seu inconformismo com as minhas colocações,
tendo escrito, verbis: “Só vc vê
assim, o cara que junta mil palavra pra dilacerar um cidadão, tem o que, amor?
Enquanto os seu simpatisantes estão perambulando pelas rua com grau de
pericularidade superior a o mais ferros dos deliquente. Isto é ter amor? chutar
um maribundo sem defesa, que tu sabe dos bastidores da política? Justamente no
momento em que todos estão se declarando que foi tudo uma faça. Tu tens senço
de justiça? Tu tens amor pelo ser humano? Ou tu escreve simplesmente pra
preencher teu ego, ou aparecer? (sic)”.
Em resposta à mensagem acima, eu digo a esse senhor, com todo
respeito à sua inteligência, que posso assegurar que eu escrevo procurando me
inspirar com o maior senso de justiça e amor ao próximo, jamais procurando
tirar proveito do que escrevo, porque sei perfeitamente da minha
responsabilidade cívica e pessoal como cidadão brasileiro, sempre pedindo a
Deus que minhas crônicas sejam estribadas na verdade dos fatos, no bom senso e
na racionalidade.
Na posição que alcancei como servidor público, nunca precisei
defender nenhuma ideologia político-partidária e muito menos morrer de amores
por políticos que envergonharam o mundo com a implantação de organizações
criminosas destinadas a desviar dinheiro de empresas públicas, a exemplo do que
aconteceu com a Petrobras, devidamente comprovados os fatos pela Operação Lava-Jato.
O mais grave dos escândalos ocorridos em governos anteriores é que
o Brasil, sendo dilapidado severa e criminosamente pela volúpia da ganância de
lideranças políticas, de forma devidamente comprovada, infelizmente ainda
existem os maus brasileiros que defendem os verdadeiros artífices dessa terrível
e vergonhosa desgraça, como se fossem injustiçados e perseguidos.
Na verdade, aqueles que conduziram o Brasil ao abismo são tidos,
com a maior admiração, por autênticos salvadores da pátria, quando eles
deveriam ser obrigados a esclarecer os fatos para merecerem o respeito de políticos
de verdade.
Nesse palanque de defensores de antibrasileiros estão as pessoas,
muitas das quais consideradas intelectualizadas e donas da verdade, que acham que
os homens que foram capazes de lutar por determinado ideal político-social estão
imunes ao alcance da Justiça, estando acima da lei e não podem ser julgados por
seus atos na vida pública.
Quanto ao meu espírito de Justiça, eu fico muito à vontade para me
manifestar como brasileiro que ama a pátria, para dizer o que sinto sobre os
fatos da vida, não por satisfazer capricho pessoal, mas sim para mostrar aos
brasileiros de verdade sobre a realidade dos fatos, que não interessam àqueles
que consideram normal que o Brasil estraçalhado pela roubalheira ainda merece
ser comandado por aqueles que são acusados de liderar tamanha desgraça,
aplaudida por péssimos brasileiros.
A minha condição de ser apolítico me permite que eu possa escrever
livremente, sem necessidade senão de agradar à verdade.
É estranho e lamentável que ainda tenha cidadão que pensa que pode
agredir levianamente as pessoas somente porque elas não comungam com a sua cartilha,
em total desrespeito aos sentimentos das pessoas, como se somente elas fossem
donas da razão e ainda tendo o direito de tentar reduzir ao máximo a sua
dignidade.
Prezado senhor, o que o senhor
falou sobre a minha pessoa não condiz em nada com a sua afirmação de que “tenho
um Deus que me faz feliz, e como discípulo de Jesus acredito no homem, pois somos
sua imagem e sua semelhança”, porque quem é verdadeiro discípulo de Jesus
Cristo jamais agride seu irmão em Deus com palavras tão insensatas, duras e imerecidas,
justamente porque a essência cristã está fundamentada no amor e no respeito ao
próximo.
Espero que as suas palavras
destemperadas sirvam para o senhor refletir sobre o que sejam realmente os
ensinamentos de Jesus Cristo, porque não adiante alguém ficar beijando os
altares e, ao mesmo tempo, apedrejando o seu semelhante.
Fique com Deus!
Brasília, em 7 de outubro de 2019
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