O
presidente da República garantiu, cheio de entusiasmo, que está sendo procurado
por três partidos que tentam afiliá-lo visando às próximas eleições
presidenciais.
O
presidente do país inclusive os comparou, com ar de deslumbre, a “namoradas”,
tendo dito que “Tem
três partidos que me querem, fico muito feliz. São três namoradas, vamos assim
dizer. Duas vão ficar chateadas. O PRB (antigo nome do Republicanos), o
PL e o PP, e cada dia um está na frente na bolsa de apostas”.
Ao
que já e do conhecimento geral, o Progressistas e o PL já “cortejaram” o presidente
do país de forma ostensiva, mas o presidente revelou que o PRB também entrou na
briga por sua filiação.
O
presidente do país afirmou categoricamente que ainda não sabe qual será seu
destino, porque “agora, iria para o PL; ontem, iria para o PP.”.
Os
três partidos citados acima fazem parte da sua base aliada e seriam possíveis
destinos para o presidente brasileiro tentar a reeleição no ano que vem.
Na
última quinta-feira, o presidente esteve com o presidente nacional do PRB, por
ele ter consciência sobre a importância da escolha rapidamente de partido para
se filiar e ficar com o seu futuro político definido, desde logo.
O presidente brasileiro disse que “Eu tenho que ter um
partido. Não pode ficar para última hora essa questão aí”.
Na
verdade, a atroz dúvida do presidente do país é realmente extremamente preocupante,
precisamente porque ele está perfeitamente em harmonia com a mesma mentalidade
de cada agremiação, no que diz respeito ao sentimento do fisiologismo, no
sentido de se levar a maior vantagem possível nessa importante decisão política.
Ou
seja, a decisão presidencial vai depender mais precisamente de qual partido vai lhe oferecer o melhor pacote
“político”, porque poderá ser mais atrativo para ele a proposta que oferecer expressiva
oportunidade para se contar com recursos do Fundo Eleitoral e da cota
partidária, porque a máquina eleitoral melhor oleada tem mais condições de
garantir eficiente desempenho na campanha eleitoral, ou seja, quanto mais verbas,
o candidato poderá dispor de melhor estrutura de campanha.
Agora,
com base na campanha eleitoral implementada pelo candidato de 2018, é com
extrema tristeza que o mesmo candidato do futuro tenha conseguido perder
completamente aquele perfil de quem só primava, quase como verdadeira loucura,
pela implantação dos princípios da moralidade e da dignidade na administração
pública, tendo sido eleito, por certo, em razão justamente da sua intransigente
defesa da salvação do Brasil das garras peçonhentas dos aproveitadores e fisiologistas
de plantão, em especial do famigerado e maligno Centrão, contra o qual ele não
poupava manifestação de repúdio, por não gostar da sua inferioridade moral, na
sua opinião, à vista da coalizão desse grupo político com governos anteriores.
Pois
bem, agora, é quase certo que o presidente deve se filiar a um dos principais
partidos que comandam o Centrão, que, no momento, é quem verdadeiramente governa
o Brasil, uma vez que o governo simplesmente inexiste sem a ingerência desse nefasto
grupo político, que é, infelizmente, o seu principal aliado no Congresso
Nacional.
O
certo é que o presidente do país, conforme opção pessoal expressa por ele, deverá
se filiar ao partido que integra o “famoso” Centrão que for mais generoso no
acolhimento para ele, em termos de facilidades financeiras, ficando a certeza,
desde logo, de que a principal bandeira empunhada pelo candidato da moralidade,
que tremulou fortemente essa importante causa em 2018, será definitivamente sepultada,
justamente porque ele passa a ter a cara e a alma no seu perfil de candidato, com
a explícita inscrição no peito do Centrão, em letras garrafais, o que bem demonstra
horrorosa guinada política, quanto à notória perda do principal apelo aos princípios
da decência, da moralidade e da dignidade, tão bravamente defendidos há pouco
tempo.
Ou
seja, o paladino da defesa dos princípios ético e moral não se envergonha de ser
integrante da velha política, que se presta ao indigesto, ao indecente e ao degradante
fisiologismo que somente desmoraliza cada vez mais o Brasil e muito o
entristece, em face de ver pessoa que já foi vista como símbolo da defesa da
honestidade se igualar, em enlameamento fétido, aos demais integrantes da velha
política, antes severamente e aos gritos criticada por ele.
Certamente,
já se tem a confirmação de candidatos com a configuração indelével da corrupção
e do fisiologismo, muito bem definida, cabendo, agora, aos eleitores honrados e
dignos a procura de candidato que se identifique com o desejo da defesa dos
princípios da honorabilidade e da probidade na administração pública.
Essa
é a única forma de esperança de moralização deste Brasil tão desrespeitado, em
termos do que é mais sagrado para a honra de uma nação, que é a aderência à
imunidade aos princípios republicanos, porque estes estão sendo negados aos
brasileiros, à vista da forma da trágica e nefasta polarização formada entre
direita e esquerda, que cada vez mais se consolida em forma de satisfação de
interesses visivelmente inescrupulosos.
O
certo é que compete aos brasileiros, com o mínimo de honra e dignidade cívicas,
tentar resistir à tamanha crueldade e buscar, com esforços sobre-humanos
candidatos que possam representar os anseios de moralidade e decência nas atividades
públicas, expurgando, em definitivo, essas correntes malignas de políticos com
perfil oportunistas e fisiologistas, conforme mostram os fatos, que são fortes
indicativos das suas pretensões políticas retrógradas que ainda nada fizeram,
em termos substanciais, em benefício da sociedade.
Fala-se
muito em terceira via para a próxima corrida presidencial, com a participação
de candidato com perfil completamente diferente das características que permeiam
predominantemente a velha política brasileira, como alternativa para a solução desse
monumental impasse de moralidade, mas, com certeza, somente por grandioso milagre
haveria de surgir a candidatura salvadora do Brasil, para mudar a vergonhosa
mentalidade impregnada de fisiologismo e da defesa dos interesses pessoais e
partidários.
Enfim,
quando se esperava que o Brasil pudesse finalmente ser passado a limpo, os
fatos mostram à saciedade que isso não passa de anseio que nunca poderá ser implementado,
em razão de que a mentalidade dos principais homens públicos é guiada essencialmente
por interesses e conveniências pessoais, conforme mostram os fatos, em claro detrimento
das causas nacionais e da sociedade.
Brasília,
em 4 de novembro de 2021
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