"No
meu governo, a corrupção será varrida! Não terá toma lá dá cá! Os cargos no meu
governo serão preenchidos por critério técnico, sem viés ideológico!". Jair
Bolsonaro, presidente do Brasil
Pois bem,
por meio de conversa telefônica, o presidente da República confirmou, ontem, ao
presidente do PL, que foi condenado à prisão por práticas de corrupção com dinheiro
público, a decisão de se filiar ao partido comandado por ele, para disputar a
reeleição, no próximo ano.
Antes de
decidir pelo referido partido, o presidente do país também conversou com o
presidente licenciado do PP, que é importante líder do Centrão e que atualmente
ocupa o cargo mais relevante do governo, a Casa Civil, certamente para avaliar
quem poderia oferecer maior vantagem aos seus interesses políticos.
O presidente
do país disse que o presidente do PP entendeu perfeitamente seus argumentos
para a filiação dele ao PL, uma vez que, conforme ele disse, havia negociação
para a filiação do grupo político do mandatário ao PP.
Segundo o
presidente do país, pesou favoravelmente ao PL a maior liberdade para escolha
de candidatos majoritários nos estados, especialmente para aqueles que devem
disputar vaga no Senado Federal.
Segundo
foi apurado, os estados da Bahia, Pernambuco e Paraíba, com sede no Nordeste,
manifestaram resistência à filiação do presidente do país ao PP.
Há a expectativa
de que cerca de 15 deputados federais bolsonaristas acompanhem o presidente do
país, com a filiação ao PL, dando apoio ao movimento ora consolidado dele com o
famigerado Centrão.
A
intenção do presidente do país é fazer gigante o seu palanque para 2022,
contando com a nata dos partidos da melhor qualidade composta com a índole do
fisiologismo explícito, em claríssima oficialização da esculhambação das práticas
administrativas.
As
negociações envolveram entendimento no sentido de que o PP deve escolher o candidato
a vice na chapa liderada pelo presidente do país e também que o presidente da
Câmara dos Deputados, também importante líder do famigerado Centrão, terá apoio
do grupo para disputar a reeleição para o comando daquela Casa.
Ou seja,
tudo se encaminha para que a composição política se convirja na mais perfeita
possível para possibilitar o comando do Brasil, por políticos com o mais seboso
e asqueroso timbre do pior grupo político que a face da Terra já produziu para
administrar recursos públicos, evidentemente para o regozijo de muitos
brasileiros que enxergam nada nojento nessa imundície chamada coalizão das maiores
lideranças nefastas do Brasil, à vista dos fatos produzidos na vida pública.
Ressalte-se
que, na aguerrida campanha eleitoral de 2018, onde teve o início a desgraçada polarização
política entre a direita e a esquerda, o então candidato fez campanha com exaltação
à pureza na gestão pública, em especial criticando o que chamava de “velha
política” e “toma-lá-dá-cá”, tendo afirmado, sim é verdade, que, verbis:
“Não concordo com essa velha política promovida pelo Centrão. Jamais serei
conivente com esse toma lá dá cá. Nunca participarei dessa troca de favores em
busca de apoio.”.
Na
verdade, essas que seriam sábias palavras, à época, apenas ressoaram na
campanha eleitoral daquele ano, porque elas foram lentamente esquecidas e
sepultadas, justamente por conveniência pessoal e política, tendo o apoio e a conivência
de muitos brasileiros, que conseguiram se transformar, em processo simbiótico
político desavergonhado, de entender que é preciso acompanhar os sinais dos
tempos, no sentido de se permitir maior compreensão para se combater o comunismo,
com bastante firmeza, como faz o presidente do país, não importando os meios
empregados, como nesse caso, em que o líder-mor se junta ao que de pior existe
no planeta, se aliando à parte podre que, no passado muito recente, já se aliou
e deu apoio político também a partido socialista, em completa questão de semântica
e extrema boa vontade, como aceitação de realidade nua e crua.
O
mais vergonhoso de toda sujeira que anuncia agora é que haverá quem se
apresente como paladino defensor da indigesta aliança ora selada pelo
presidente do país com as mais estapafúrdias justificativas de que não é
possível se governar o Brasil se não houver aliança com o submundo da política,
como forma de se comprazer de que pouco importa os fins e não os meios, porque
estes sim são os esteios para se afirmar que os corruptos são simplesmente os
outros.
Com
a cara mais dura, certamente que os amantes do presidente do país vão sustentar
a tese de que ele está certíssimo em querer liderar defesa do bem do Brasil e
dos brasileiros honrados contra os comunistas, porque ele mesmo é a pessoa mais
honesta e correta do mundo, não importando o detalhe da sua filiação ao partido comandado por político que
é autêntico símbolo do fisiologismo e da corrupção no serviço público e que vem
de longa data mantendo fidelidade aos seus princípios de indignidade na vida
pública, conforme mostram os fatos.
É
preciso sim que haja muita compreensão para se entender o momento político, na
certeza de que agora ficará muito difícil se acusar os outros de corruptos,
porque vai ser preciso que os defensores do governo arranjem jeitinho para a aceitação
da corrupção, como forma de justificar a idolatria a quem assina a sua ficha de
filiação a partido visivelmente sem condições de moralidade, à vista do
registro dos fatos políticos.
Por
seu turno, em que condição moral pode o candidato a cargo público eletivo apontar
o dedo em direção ao seu opositor, dizendo que ele é desonesto, corrupto e
aproveitador, quando ele é filiado a partido que tem o sangue do fisiologismo
correndo nas veias, como marca registrada da sua desgraçada ideologia de se
beneficiar do dinheiro dos sacrificados contribuintes?
Enfim,
como criticar o adversário que tenha sido preso por prática de ilicitudes com recursos
públicos, quando o seu partido é comandado por corrupto da mesma estirpe, que
também foi preso por prática de crimes análogos, e que continua protagonizando
as mesmas prática degradantes, à vista da atual coalização mantida dentro do Palácio
do Planalto, em indecência que é acobertada por apoiadores do governo, mesmo
sabendo da imundície que se encerra o fisiologismo político praticado pelo
Centrão?
Por
fim, agora se compreende perfeitamente o verdadeiro motivo qual o presidente da
República resiste ao uso de máscara, porque ele prefere se apresentar de cara
limpa para o seu povo, na certeza de que ele pode contar com o apoio de quem
também não se envergonha de nada, nem mesmo que ele vergue à indecência de
partido que é fiel ao sistema mais deprimente da Terra, em termos de práticas
políticas, tendo como princípio a marca indelével do fisiologismo.
Brasília,
em 9 de novembro de 2021
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