sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Fora da curva?

 

Tenho visto, com muita frequência, as pessoas insistirem, de maneira reiterada, em postagem de mensagem ou vídeo tratando de denegrir a imagem de políticos que não gostam ou que gostariam que eles nem participassem de atividades políticas.

Essa forma de procedimento pode até ser natural para muitas pessoas, mas também pode não ser para outras, evidentemente a depender do ângulo de visão e do interesse no resultado da exposição da matéria.

Concordar ou divergir de opinião pessoal realmente não vai acrescentar muita coisa ao processo político vigente, quando se verifica verdadeira polarização entre direita e esquerda, em especial quando já há o consenso de que fulano é melhor e o resto não significa absolutamente nada mesmo.

Tenho modéstia opinião no sentido de que é de suma importância que cada qual possa manifestar livremente o seu já consolidado apoio ao candidato da sua simpatia, porque isso é mais do que justo, no âmbito da preferência pessoal e do sentimento de acolhimento recíproco.

Agora, também entendo, em atenção aos salutares princípios da racionalidade e da civilidade, que a ofensa proposital àqueles opositores não condiz com a evolução natural da humanidade, além de se ofender desnecessariamente os princípios da boa convivência social.

Essa forma de tratamento expõe oportunidade para a pessoa mostrar que a prática da intelectualidade e da educação pode contribuir de maneira expressiva para o aperfeiçoamento das relações sociais, só que isso deixa de acontecer quando se pretende apenas mostrar a face que compadece muito mais com o sentimento nada elegante do ódio e da falta de compaixão.

Convém se notar ainda que, em muitos casos, são ignorados situações e fatos gravíssimos de quem se elogia, como se não houvesse nada que possa macular a sua personalidade, tendo muito mais o propósito de acobertar as ruindades com as suas qualidades, como se isso fosse simplesmente no sentido de que estas têm o condão de compensar aquelas.

Esses aspectos têm sido constatáveis, nos momentos atuais, em detrimento da verdadeira consciência sobre a melhor forma de cidadania, que convém que ela seja exercida sob a ótica da inteligente, da educação e do respeito, como forma capaz de se contribuir para a formação de mentalidades propositivas e sadias, com o melhor aproveitamento dos ensinamentos evolutivos do próprio ser humano.

Brasília, em 12 de novembro de 2021

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