sábado, 15 de janeiro de 2011

Puro preconceito


Nunca se discutiu tanto neste país sobre a possibilidade ou a legitimidade de um palhaço, pouco letrado ou quase analfabeto, poder assumir uma cadeira de deputado federal, conquistada com mérito nas urnas. Trata-se sem dúvida alguma de um preconceito explícito e abominável de parte da hipócrita sociedade contra um cidadão cumpridor de seus deveres, que tem pleno e legítimo direito de assumir cargo público como qualquer outro, a exemplo do empresário, sindicalista, ruralista, operário, bancário, profissional liberal..., em que ninguém, com relação a estes, ousa questionar sobre a sua capacidade para desempenhar a nobre função de parlamentar. O palhaço, por sua experiência, tem sensibilidade social aguçada e sabe auscultar, como poucos, a ansiedade dos menos aquinhoados. Além do circo, onde desempenha o seu papel social, o palhaço, independentemente de ser semialfabetizado ou ter formação acadêmica, pode e tem condições de atuar também em qualquer campo de atividade e sua participação contribuirá positivamente para agregar novas ideias e importantes projetos em benefício da sociedade, que ultimamente vem se ressentindo de enorme carência de pessoas interessadas em ajudar o crescimento da humanidade.

ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 14 de janeiro de 2011


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