domingo, 2 de janeiro de 2011

Reforma senatorial

Na política brasileira, ainda há, em pleno Século XXI, situações inconcebíveis que precisam e exigem, urgentemente, de, no mínimo, uma longa e demorada reflexão, de forma objetiva e desapaixonada, pela sociedade e especialmente pelos doutos cientistas políticos, com a finalidade de encontrar meios para a solução, em especial para o caso específico da atual substituição de senador por alguém que sequer teve um único voto, nem mesmo o seu, e normalmente se trata de ilustre desconhecido, financiador da campanha ou parente próximo do ex, sem a indispensável qualificação para ocupar cargo de tamanha relevância no contexto senatorial republicano. Fica evidenciada cristalina anomalia inominável e flagrante afronta à vontade livre e soberana do eleitor, porquanto, além daquele parlamentar substituído, outro candidato, na ordem decrescente, obteve, legitimamente, no mesmo pleito, mediante o sufrágio universal, o direito de assumir o cargo em discussão. Urge acabar com esse maquiavélico jeitinho político, que, possivelmente, só deve existir, infelizmente, no Brasil.  

ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 26 de setembro de 2010

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