domingo, 2 de janeiro de 2011

A insepulta

Nem mesmo houve tempo suficiente para sepultar as cinzas das eleições, mais que imediatamente os abutres puseram suas garras peçonhentas em direção à sacrificada sociedade, tão massacrada pela escorchante carga tributária que é obrigada a pagar com sacrifício. É de uma gritante infelicidade e péssimo auguro a tentativa de ressuscitar a indesejada CPMF, que em boa hora desceu ao campo dos impostos malquistos, sem deixar um pingo de saudade e ainda pelo desvio de sua finalidade. A facilidade para a recriação dessa famigerada e abominável contribuição é tão absurda quanto à evidente miopia dos gestores públicos, que não conseguem enxergar mecanismos eficientes na racionalização e economia de seus gastos. Apesar de tratar-se de elemento estranho e repugnante, que teve convivência conflituosa e difícil entre os terráqueos, devido, entre outras inconveniências, à forma truculenta da sua implantação, é desejo ardente de significativa parcela dos brasileiros que essa terrível contribuição continue descansando em paz. Amém!

ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 05 de novembro de 2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário