Como o Partido dos
Trabalhadores tem dois parlamentares na alça de mira para ser brevemente
submetido ao processo de cassação pela Câmara dos Deputados, em consequência da
condenação pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do escândalo do mensalão,
o presidente nacional do PT refuta que seu partido teve interesse na salvação
do mandato do deputado condenado pelos crimes de peculato e formação de
quadrilha, também pela Suprema Corte de Justiça. Ele assegura que seu partido não
trabalhou para absolver o aludido parlamentar da cassação, tendo deixado claro
que não aceita a acusação, inclusive da mídia, de que o PT teria arquitetado a
operação de salvamento, para abrir precedente em futura causa própria. Por fim,
ele afirma que “Eu sempre fui a favor do
voto aberto e da cassação de Natan Donadon” e “Querem jogar essa história no colo do PT.”. Realmente, quem conhece
a maneira “limpa” e “honesta” como esse partido trata a política, jamais
concordaria com acusação tão absurda e despropositada, por ela não se coadunar
com os princípios democráticos defendidos pelo partido mais “ético” do país,
depois que se apoderou do poder. Não passa de atrevimento e afrontosa a tentava de envolver partido sabidamente
“imaculado” em artifícios contrários ao decoro e à conduta de dignidade do
Parlamento brasileiro. Quem ousa fazer injusta acusação contra o partido que
age em “rigorosa” observância aos princípios éticos e morais não pode desejar o
aperfeiçoamento da democracia, porquanto o passado histórico desse partido confirma
a “correção” na condução das suas atividades políticas. Essas acusações não
possam de clara tentativa de indispor o povo contra o partido, como forma de
desestruturá-lo politicamente, na proximidade do pleito eleitoral. Essa
história de loteamento de ministérios entre os partidos, como instrumento da
compra de apoio político, para assegurar a reeleição, não passa de história da
Carochinha, porque o PT não depende do toma lá, dá cá para conseguir eleger
qualquer poste, haja vista que ele tem consciência de que a pouca sensibilidade
do povo brasileiro é capaz de entender e aceitar passivamente que, para
comandar o país como o Brasil, repleto de graves precariedades e alarmantes mazelas,
que não exige nenhuma providência saneadora nem adoção de medidas urgentes e
prioritárias para solucioná-las, não há necessidade de competência do
presidente da República nem dos seus assessores. Para tanto, basta assegurar
que os programas assistencialistas públicos não serão objeto de alteração,
salvo para melhorá-los e ampliá-los, de modo a tranquilizar a população
embriagada e agradecida por tanta bondade do governo que decidiu priorizar o
programa do Bolsa Família, de forma atabalhoada, irracional e até mesmo
assegurando benefício além dos reais necessitados, em completo desprezo aos
grandes projetos nacionais, como as indispensáveis obras de infraestrutura e as
prementes reformas do Estado, a exemplo da reformulação previdenciária,
tributária, administrativa, trabalhista, política, eleitoral, tecnológica, estrutural
e tantas outras reformas sem as quais este país continente vai continuar apenas
se arrastando com enorme dificuldade nos tortuosos caminhos que o conduzem inapelavelmente
aos crônicos atraso e subdesenvolvimento, graças à reincidência das práticas de
incompetência, respaldada pela miopia política do partido, a permitir que ele
somente enxergue os fatos que lhe são convenientes, em termos da obtenção de
rendimentos políticos, em prejuízo da verdade e da realidade que têm sido
extremamente contrárias ao interesse nacional. Enquanto o partido que comanda o
país continuar tratando os fatos apenas à luz dos seus interesses políticos, a
nação também seguirá se distanciando da possibilidade de conquistar crescimento
político, democrático e socioeconômico. A sociedade tem a obrigação cívica e
patriótica de impedir que o caos implantado nos últimos tempos continue tendo
influência na indesejada consolidação do retrocesso do país. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 06 de setembro de 2013
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