terça-feira, 20 de outubro de 2015

A inspiração do porvir?


O general que comanda as tropas do Exército na região Sul do país, em recente palestra destacada pela mídia, fez severas críticas à classe política, ao dizer que a eventual substituição da presidente da República não altera de fato o status quo.
Ele declarou que "A maioria dos políticos de hoje parece privada de atributos intelectuais próprios e de ideologias, enquanto domina a técnica de apresentar grandes ilusões que levam os eleitores a achar que aquelas são as reais necessidades da sociedade".
Em um dos slides, o general simplesmente sentenciou que "Mudar é preciso. Neste momento de crise, toda consciência autônoma, livre e de bons costumes precisa despertar para a luta patriótica, contribuindo para o retorno da autoestima nacional, do orgulho de ser brasileiro e da esperança no futuro".
Em outro slide, o militar enumera quatro "cenários", que são "sobrevida", "queda controlada", "renovação" e “caos".
O comandante afirma que "a mera substituição da PR (presidente da República) não trará uma mudança significativa no 'status quo'. A vantagem da mudança seria o descarte da incompetência, má gestão e corrupção".
Mais adiante, o militar é conclusivo com a frase: "É nosso dever esclarecer a opinião pública, notadamente a juventude".
Embora a manifestação do destemido e corajoso comandante ainda seja considerada bastante tímida, diante do caos nacional, já se trata de enorme avanço vindo da caserna, que simplesmente tem sido alvo de represálias e perseguições de toda ordem por parte das autoridades da República, sem que os militares se dignem a respondê-las à altura, à vista das maldades cometidas contra uma das instituições nacionais mais competentes, respeitadas e confiáveis.
A sociedade espera que a atitude marcante e exemplar do general sirva de inspiração e de encorajamento para todo conjunto das Forças Amadas, que não podem continuar se acovardando diante de tantas malevolências que são cotidiana e propositadamente manejadas contra a dignidade dos militares, naturalmente por terem comandado o regime que dominou o país por longos 21 anos e foi capaz de subjugar a tentativa de implantação do comunismo no Brasil, exatamente pela atual classe política dominante.
É evidente que a palestra do comandante se restringia à plateia pequena e tinha por finalidade “... simplesmente uma análise de conjuntura que a gente faz, nada mais do que isso", no dizer do próprio comandante, mas o fato em si já revela algo que transborda do pensamento de autoridade com poder de mando, que deixa transparecer que há necessidade de mudanças, com vistas a serem descartadas as “incompetência, má gestão e corrupção” e isso é prova do sentimento de inconformismo com o status quo, com vistas à possível mobilização não somente da tropa, mas da sociedade em geral para o vislumbre de novos horizontes, porque a situação atual tem sido indiscutivelmente prejudicial aos interesses nacionais.
É importante que os militares tenham a sensibilidade de captar este momento maravilhoso vindo de alguém com o peso do comandante das tropas do Sul do país, que é o maior contingente brasileiro da força singular, para dizer com palavras claras que o povo ”... precisa despertar para a luta patriótica, contribuindo para o retorno da autoestima nacional, do orgulho de ser brasileiro e da esperança no futuro".
Embora tardia, ante a degeneração dos princípios da República, não há a menor dúvida de que a manifestação do intrépido comandante é sinal de alento ao despertar da indispensável reação da família militar contra o verdadeiro caos que vem imperando no comando da nação, à vista das visíveis crises que grassam passiva e agressivamente contra os interesses não somente das Forças Armadas, mas, em especial, da população.
É importante que a instituição forte e poderosa como o Exército brasileiro, braço forte da segurança nacional, possa garantir a paz, a ordem os valores patrióticos, não permitindo que as forças do mal e as ideologias nefastas possam sufocar as melhores aspirações dos brasileiros, que, além dos enormes orgulho e respeito às Forças Armadas, acreditam fervorosamente na sua competência e habilidade de sempre intervir em prol dos interesses nacionais. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 19 de outubro de 2015

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