O general que comanda as tropas do Exército na região
Sul do país, em recente palestra destacada pela mídia, fez severas críticas à
classe política, ao dizer que a eventual substituição da presidente da
República não altera de fato o status quo.
Ele declarou que "A maioria dos políticos de hoje parece privada de atributos
intelectuais próprios e de ideologias, enquanto domina a técnica de apresentar
grandes ilusões que levam os eleitores a achar que aquelas são as reais
necessidades da sociedade".
Em um dos slides, o general simplesmente sentenciou
que "Mudar é preciso. Neste momento
de crise, toda consciência autônoma, livre e de bons costumes precisa despertar
para a luta patriótica, contribuindo para o retorno da autoestima nacional, do
orgulho de ser brasileiro e da esperança no futuro".
Em outro slide, o militar enumera quatro "cenários", que são "sobrevida", "queda controlada", "renovação" e “caos".
O comandante afirma que "a mera substituição da PR (presidente da República) não trará uma mudança significativa no
'status quo'. A vantagem da mudança
seria o descarte da incompetência, má gestão e corrupção".
Mais adiante, o militar é conclusivo com a frase:
"É nosso dever esclarecer a opinião
pública, notadamente a juventude".
Embora a manifestação do destemido e corajoso
comandante ainda seja considerada bastante tímida, diante do caos nacional, já
se trata de enorme avanço vindo da caserna, que simplesmente tem sido alvo de
represálias e perseguições de toda ordem por parte das autoridades da República,
sem que os militares se dignem a respondê-las à altura, à vista das maldades
cometidas contra uma das instituições nacionais mais competentes, respeitadas e
confiáveis.
A sociedade espera que a atitude marcante e exemplar do
general sirva de inspiração e de encorajamento para todo conjunto das Forças
Amadas, que não podem continuar se acovardando diante de tantas malevolências
que são cotidiana e propositadamente manejadas contra a dignidade dos
militares, naturalmente por terem comandado o regime que dominou o país por
longos 21 anos e foi capaz de subjugar a tentativa de implantação do comunismo
no Brasil, exatamente pela atual classe política dominante.
É evidente que a palestra do comandante se restringia
à plateia pequena e tinha por finalidade “... simplesmente uma análise de conjuntura que a gente faz, nada mais do
que isso", no dizer do próprio comandante, mas o fato em si já revela algo
que transborda do pensamento de autoridade com poder de mando, que deixa
transparecer que há necessidade de mudanças, com vistas a serem descartadas as “incompetência, má gestão e corrupção” e
isso é prova do sentimento de inconformismo com o status quo, com vistas à possível mobilização não somente da tropa,
mas da sociedade em geral para o vislumbre de novos horizontes, porque a
situação atual tem sido indiscutivelmente prejudicial aos interesses nacionais.
É importante que os militares tenham a sensibilidade
de captar este momento maravilhoso vindo de alguém com o peso do comandante das
tropas do Sul do país, que é o maior contingente brasileiro da força singular, para
dizer com palavras claras que o povo ”... precisa
despertar para a luta patriótica, contribuindo para o retorno da autoestima
nacional, do orgulho de ser brasileiro e da esperança no futuro".
Embora tardia, ante a degeneração dos princípios da
República, não há a menor dúvida de que a manifestação do intrépido comandante
é sinal de alento ao despertar da indispensável reação da família militar
contra o verdadeiro caos que vem imperando no comando da nação, à vista das
visíveis crises que grassam passiva e agressivamente contra os interesses não
somente das Forças Armadas, mas, em especial, da população.
É importante que a instituição forte e poderosa como o
Exército brasileiro, braço forte da segurança nacional, possa garantir a paz, a
ordem os valores patrióticos, não permitindo que as forças do mal e as
ideologias nefastas possam sufocar as melhores aspirações dos brasileiros, que,
além dos enormes orgulho e respeito às Forças Armadas, acreditam fervorosamente
na sua competência e habilidade de sempre intervir em prol dos interesses
nacionais. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 19 de outubro de 2015
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