No último programa partidário exibido em cadeia
nacional de televisão, o PSDB endureceu o tom de crítica ao governo da
presidente da República e ao partido dela, ao mencionar suas escorregadelas
como forma de enganar o povo.
Em trechos do programa, os tucanos unificam o
discurso para expor e explorar as contradições das promessas de campanha à
reeleição da petista, em comparação com a atual realidade das precariedades do
país, que já era previsível à época, mas ela foi proposital omitida com a
finalidade de se vencer o pleito presidencial.
O
tucanato representado pelos presidente do partido, ex-presidente da República,
governador de São Paulo e senador por São Paulo ressaltaram, com ênfase, os
principais temas divergentes da petista, a exemplo do aumento de tributos e da
criação de outro, como a ressuscitação da CPMF, o aumento da taxa de juros e da
inflação e o agravamento das crises política e econômica, com suas
consequências prejudiciais aos interesses dos brasileiros.
Durante a última campanha presidencial, a petista negava
insistentemente qualquer possibilidade de crise na economia, tendo afirmado que
não iria recriar a CPMF, por ser contrária a esse tributo.
Uma das posições mais contundentes do programa partiu
do ex-presidente tucano, quando ele dá o ultimato à petista para que ela pense
mais no Brasil e menos no partido dela, ou seja, "Está na hora da presidente ter grandeza, e pensar no que é melhor para
o país, e não para o PT".
Não há dúvida de que, como principal partido de
oposição, o PSDB tem enorme responsabilidade em mostrar as sujeiras e os podres
do PT, porém de forma permanente e incessante, principalmente as contradições sobre
o que o petismo promete e não cumpre, deixando claro o resultado prejudicial
aos interesses da população, que não merece o péssimo tratamento dispensado de
forma negligente pelo governo, sob a ótica da qualidade de cidadania, cuja
população que é obrigada a pagar elevadíssimos tributos, embora tenha como contrapartida
o desprezo e a falta de cuidados e atenção da incumbência constitucional do Estado.
Por oportuno, conviria que o PSDB se dignasse a
mostrar para o país a forma espúria como o governo negociou o loteamento dos
principais ministérios, sob o vetusto e condenável esquema da acomodação por
conveniências pessoal e partidária, envolvendo o seu principal aliado político,
deixando visivelmente patenteado que se trata de acordo questionável em torno da
entrega de ministérios em troca de apoio aos interesses da petista, com vistas
a assegurar a governabilidade e a se evitar a abertura do processo de impeachment
dela.
Nos países sérios e desenvolvidos, os cargos
públicos são preenchidos com base exclusivamente sob os rigorosos critérios da legitimidade,
da integridade e especialmente do mérito, como forma de se imprimir e garantir não
somente a eficiência, mas principalmente a regularidade e a moralidade que se
impõem na administração pública decente.
É evidente que, para o bem do país e não por atendimento
de conveniência pessoal da presidente brasileira, as nomeações de ministros deveriam
se efetivar tendo por base a capacidade e o preparo e não por meio de conchavos
políticos, sob o ridículo auspício do famigerado esquema do surrado e execrável
“toma lá, dá cá”.
É muito provável que a forma de se nomear ministro
pelo absurdo e ilegítimo critério da “valorização” do famigerado fisiologismo
ideológico somente encontra guarida nas republiquetas de quinta categoria,
porque isso demonstra o apequenitar da autoridade e da competência para a
formação do ministério com pessoas qualificadas e preparadas, afastando ainda os
oportunismos próprios dos interesseiros, que abusam das atividades públicas e
dos recursos dos bestas dos contribuintes, em aproveitamento pessoal, em claro
detrimento dos princípios da dignidade, moralidade e nobreza, que devem imperar
na administração do país.
Urge que os brasileiros tenham a exata dimensão
sobre as deficiências dos homens públicos que governam o país, como forma de
agir contra os dilapidadores da consciência ética, moral e honesta no trata da
coisa pública, que deveria senão sob a rigorosa observância aos princípios da
eficiência, competência, sinceridade, probidade, dignidade, transparência e
legalidade, entre outros, de modo a possibilitar a construção de uma pátria
livre de aproveitadores e de destruidores de seus melhores conceitos de
cidadania e de brasilidade. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 02 de outubro de 2015
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