sábado, 17 de outubro de 2015

Intromissão indevida e inoportuna


Os presidentes da Venezuela e da Bolívia denunciaram que há tentativa de golpe de Estado contra a colega presidente do Brasil e ataque contra governos populares da região sul-americana.
O presidente venezuelano disse que "Tanto o presidente Evo Morales quanto minha pessoa manifestamos nossa preocupação e vamos iniciar um conjunto de consultas porque parece se anunciar no Brasil uma nova modalidade, um golpe de Estado contra a presidente Dilma Rousseff".
Ele disse os dois presidentes encararam "a situação no Brasil com muita preocupação e alarmeNão vamos ficar calados diante de uma tentativa de golpe de Estado no Brasil, nem em nenhum lugar da América Latina e do Caribe". 
Já o presidente boliviano havia antecipado em agosto passado seu temor de golpe de Estado no Brasil e considerou que a região deveria agir em conjunto para defender a institucionalidade no país.
Os dois governantes esquerdistas, amigos e aliados políticos, ressaltaram a situação difícil atravessada por sua colega brasileira, afundada em crise de governabilidade, acusações de corrupção contra o Partido dos Trabalhadores e popularidade baixa. 
O Tribunal Superior Eleitoral brasileiro decidiu reabrir investigação para verificar se foram cometidos abusos na última campanha eleitoral da presidente do país, fato que reavivou o terrível fantasma do impeachment da petista. Além disso, o Tribunal de Contas da União rejeitou as contas do governo, referentes ao exercício de 2014.
É natural que, para quem convive normalmente com o caos político e administrativo em seus países, fatos que, na ocasião, não foram motivo de análise por parte dos aludidos presidentes, os fatos citados acima não representam absolutamente nada, em termos de governabilidade, porque, para eles, o povo não precisa se preocupar com as crises causadas pela incompetência dos governos, que estão somente ligados aos fatos relacionados com as suas permanências no poder, ainda que suas administrações sejam comprovadamente prejudiciais aos interesses da nação e de seu povo.
Atualmente, a presidente do Brasil procura seguir os péssimos exemplos dos presidentes tirânicos e populares, quando teve a infeliz iniciativa de prometer, em campanha eleitoral, a melhoria das condições de vida da população, com mais benefícios e qualidade de serviços públicos, quando, na realidade, as condições que já eram periclitantes ficaram ainda piores, ante a degeneração de tudo que se origina do governo, que simplesmente perdeu por completo a confiança da população, em razão da demonstração de incapacidade para governar o país com as riquezas e potencialidades do Brasil.
Com o apoio desses dois presidentes, a petista está muito “bem” representada, em termos de falta de competência e de governabilidade, principalmente no caso do tirano venezuelano, que conseguiu transformar seu belo país numa republiqueta de milésima categoria, com a imposição de políticas econômicas capazes de levar a nação à bancarrota, com inflação alarmante e incontrolável, beirando os 80% a.a., falta de gêneros e produtos de primeira necessidade, inclusive de remédios, causando filas gigantescas nos supermercados e em outros locais de venda desses produtos, a ponto de limitar a quantidade das compras por famílias, que são identificadas nos braços como gado, com a marca dos regimes tirânicos, onde as pessoas são tratadas como verdadeiros animais, por não terem liberdade para o mínimo exercício da cidadania, por imperar no país rigorosa restrição aos direitos humanos e aos princípios democráticos inerentes às salutares liberdades individuais.
Certamente que os presidentes da Venezuela e da Bolívia não são exatamente os homens públicos mais indicados para defender os princípios democráticos no país tupiniquim, notadamente porque seus péssimos exemplos de cruéis ditadores não servem de modelo para país que defende os princípios democrático e republicano como sustentáculos para o desenvolvimento.
De qualquer modo, a indevida intervenção desses indesejáveis socialistas mostra o nível de amizade construída pelo governo brasileiro, que se juntou a governos que foram capazes de causar, com destaque para a Venezuela, a destruição do que há de mais sublime na face da terra, que são os direitos humanos e a liberdade de expressão, individualidade e pensamento. São governos que defendem uma espécie de democracia que somente beneficia a classe política dominante, que tem o usufruto das benesses do poder, enquanto a população é submetida aos horrores da escassez de toda ordem, inclusive da proibição de se manifestar contra o regime opressor e ditatorial.
Os brasileiros precisam se conscientizar sobre a forma esdrúxula e ultrapassada desses regimes socialistas e populares, onde prevalecem, conforme mostram os fatos, a arrogância e a prepotência, em exclusivo usufruto da classe política dominante, enquanto o povo é submetido aos piores horrores de desumanidade, em nome da socialização, que nada mais é do que a transformação das liberdades individuais em opressão e submissão ao atraso e ao subdesenvolvimento sociais. Acorda, Brasil!
          ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 17 de outubro de 2015

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