Apesar
das manifestações de repúdio e de reprovação por parte dos congressistas, que
se mantiveram irredutíveis em não apoiar proposta polémica e impopular como a
volta da CPMF, a presidente da República não se deu rogada e mandou projeto
nesse sentido para o Parlamento, na tentativa de convencer a sua base aliada de
que esse tributo é a tábua de salvação de seu governo.
Não
há a menor dúvida de que se trata de medida potencialmente indesejável na
atualidade, por merecer forte resistência de aceitação dos brasileiros, da oposição
e de parcela da base governista, cuja repugnância à recriação da famigerada
contribuição que foi muito bem descrita pelo presidente da Câmara dos Deputados,
que afirmou ser “impossível” a
votação do novo tributo este ano no Legislativo, por que “A CPMF é que é insuportável. A CPMF é que vai causar problema na
economia, que tem impacto não só na inflação, mas no conjunto de preços. Ela
entra em toda cadeia produtiva simultaneamente, em cascata. Então, ela
realmente é perniciosa”.
Em
que pesem os apelos da presidente petista, os parlamentares mantiveram-se
irredutíveis em não acenar com apoio às medidas polêmicas e impopulares dela, a
exemplo da abominável CPMF, com alíquota de 0,2%, que, ao final, poderá chegar
a 0,38%, para contemplar também Estados e municípios, tudo para solucionar a
incontrolável gastança dos governantes.
Não
há dúvida de que, de forma irracional e irresponsável, os governantes
simplesmente concluem que o cidadão, já sobrecarregado de tributos, ainda pode
suportar o ônus da incapacidade dos executivos públicos de cortar seus
orçamentos, por meio de medidas de racionalização e aperfeiçoamento da máquina
pública e de austeridade nos seus gastos, que normalmente extrapolam todo senso
de razoabilidade e são considerados irredutíveis, diante da falta que faz a
supressão de gastos abusivos, considerada a realidade de escassez de recursos decorrente
das dificuldades, principalmente econômicas, por causa da recessão que afeta
não somente as finanças públicas, mas igualmente dos brasileiros.
Não
há qualquer dúvida de que o país passa por graves crises, principalmente da
economia, conforme mostram os indicadores pertinentes, que atestam a recessão
econômica, tendo por causa a incompetência gerencial e as políticas desastradas
do governo, que demonstra falta de maturidade e de humildade para admitir e
assumir suas deficiências e para saneá-las, moto próprio, adotando as medidas
adequadas no âmbito da administração, preferindo, de forma injusta e perversa
imputá-las aos já sacrificados contribuintes, que se encontram assoberbados de
tantos tributos condensados na não menos injusta e pesada carga tributária.
Diante
da insensibilidade do governo para a crise que também atinge a população,
impende louvar a posição do presidente da Câmara dos Deputados e dos parlamentares
que se colocaram contra essa aberração tributária, que tem por exclusivo
objetivo salvar o cargo da presidente gastadora-mor da República, insensata, mais
impopular presidente do país, antipatizada pelo povo e quiçá a mais
incompetente da história republicana, que conseguiu torrar uma das mais
robustas saudáveis economias do mundo contemporâneo, graças à irracionalidade,
incapacidade e insensatez político-administrativas, que ainda entende que o
saneamento de suas deficiências deve ser da competência da sociedade, que não
tem qualquer culpa nesse terrível imbróglio criado no seu governo.
Os
brasileiros precisam se conscientizar sobre a necessidade de repudiar e
rejeitar, com robusta veemência, mais esse injusto e despropositado tributo,
que se aprovado causará sérios transtornos para os contribuintes, diante da já
existente e mais do que injustificável carga tributária, que ascende, de forma
excessiva e exagerada a capacidade contributiva dos cidadãos. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 28 de outubro de 2015
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