Segundo
reportagem publicada na mídia, a presidente da República afastada, na tentativa
de reverter sua colossal impopularidade e escapar do impeachment, teria apostado
em aparições ao vivo na NBR, a TV do governo, cujas iniciativas obrigaram a
realização de extraordinários gastos para as inúteis transmissões – entre elas,
clássicos como a saudação à mandioca – da ordem de R$15 milhões, pasmem,
somente no exercício de 2015, sendo R$ 10 milhões com eventos nacionais e R$ 5
milhões queimados no exterior.
Conforme
foi apurado, havia a previsão inicial desses gastos no montante de R$ 5 milhões
no Brasil e R$ 700 mil no exterior, mas, diante do desespero da petista, a
agenda foi ampliada e houve necessidade da contratação de serviços de link para
transmissões ao vivo fora de Brasília, implicado a explosão dos custos, que não
passaram por qualquer avaliação sob o critério da economicidade e muito menos do
atendimento ao interesse público.
Somente
em único evento relacionado com o programa Bolsa Família, realizado simultaneamente
em mais de um município, foram jogados pelos ralos do desperdício a cifra de R$
900 mil com link.
Ao
todo, com o dinheiro gasto para levar a presidente afastada ao lar dos poucos
brasileiros que sintonizam a NBR seria possível pagar 85.227 benefícios do
próprio programa social, o que mostra o tamanho do desperdício de recursos, à
conta da publicidade pessoal da então presidente do país, que nunca se
preocupou com a necessidade de austeridade com o dinheiro dos brasileiros, tendo
em conta a sua desenfreada ânsia de tentar fugir das avaliações negativas, não
importando o alto custo à conta dos bestas dos brasileiros.
Tendo
em vista a explícita e patenteada finalidade expressa com as despesas, exatamente
"Na tentativa de reverter sua
impopularidade e escapar do impeachment,...", fica muito claro que a
presidente afastada quis se promover pessoalmente, fazendo uso, para tanto, de
forma desmedida, de recursos públicos, evidentemente desviados de programas
essenciais ao interesse público.
À
vista da essencialidade da destinação que deve ser dada ao dinheiro dos
contribuintes, que somente pode e deve ser aplicado em programas vinculados à
satisfação do interesse público, é lícito se concluir que a despesa pertinente
aos R$ 15 milhões, com propaganda e publicidade para a promoção pessoal da
petista, é absolutamente irregular, por contrariar as normas de administração
orçamentária e financeira, o que implica a imperiosa necessidade da
responsabilização de quem tenha dado causa ao desvio de finalidade na aplicação
dos recursos pertinentes.
Diante
disso, compete aos órgãos de controle e fiscalização, como o Tribunal de Contas
da União e o Ministério Público Federal, à vista de suas competências
constitucional e legal, a apuração dos fatos em apreço, a fim da
responsabilização pelo prejuízo causado ao erário e do ressarcimento dos
valores despendidos irregularmente, de modo que as medidas saneadoras possam
produzir os efeitos benéficos da lição pedagógica que visa se evitar que os
futuros administradores públicos abusem na gastança de recursos dos contribuintes,
como no caso da indevida promoção pessoal, nada recomendado em momento de crise
econômica.
As
despesas com propaganda e publicidade precisam ser contidas e controladas com o
devido rigor, tendo em conta que essa forma de dispêndio deve se restringir com
exclusividade à divulgação de eventos governamentais vinculados ao interesse
público, com embargo da sua utilização em finalidades estranhas ao serviço
público, como forma de atendimento às normas aplicáveis à administração
orçamentária e financeira, devendo ser responsabilizado o administrador que
infringir esse comezinho princípio de economicidade na administração pública,
que deve ser observado com absoluta inflexibilidade. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 30 de junho de 2016
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