O
Ministério das Relações Exteriores vem demonstrando preocupação com possível
plano de pedido de asilo do ex-presidente da República petista, com a
finalidade de safar-se das investigações da Operação Lava-Jato, que foram
intensificadas, ultimamente.
Por
ocasião de encontro entre o ministro da referida pasta e o presidente da
República, foi apresentada pormenorizada análise de fuga do mencionado político,
que, de forma estratégica, teve início com o recurso que ele apresentou à Organização
das Nações Unidas, onde foram expostos fatos, segundo ele, que constituem
perseguição política e isso já seria suficiente para a criação de condições favoráveis
ao pedido de asilo a algum país amigo, o que teria sido interpretado como possível
incursão que, se bem-sucedida, poderia se transformar em verdadeiro desastre
diplomático para o governo, caso os fatos não sejam devidamente esclarecidos
pelo Itamaraty.
De
acordo com reportagem da revista VEJA, divulgada no mês de março último,
pessoas mais próximas do petista já discutiam a ideia de levar a família do
ex-presidente para a Itália, haja vista que a esposa dele e seus filhos têm passaporte
italiano.
Na
avaliação do chancelar, o petista ainda tem bastante capacidade para fazer
barulho no exterior, caso resolva assumir a condição de asilado político, tendo
como principal papel de denunciar que teria sido vítima da Polícia Federal, do
Ministério Público Federal e da Justiça Federal, em que pesem os fatos vindos à
tona evidenciarem que as suas queixas certamente cairão por terra, ante o peso
da sua gravidade, em termos de irregularidades.
É
evidente que o ex-presidente corre o risco de terem estampados para o mundo os
podres dos governos petistas, tendo em vista que o governo brasileiro é
obrigado, em caso de denúncia por parte dele, a contestar os possíveis casos de
perseguição, mostrando que a maior e vítima nesse imbróglio é indiscutivelmente
o Brasil.
Até
parece excelente ideia a de o ex-presidente se exilar em país amigo, porque a
mídia passaria a cuidar de matéria que realmente pudesse contribuir para o
desenvolvimento do país, deixando de lado os casos policiais envolvendo o
político.
Por
seu turno, o governo tem que se empenhar ao máximo no sentido de que nenhum
recurso em nome dele possa sair do país e o dinheiro que ele tem no exterior
seja repatriado com urgência.
Certamente
que a saída do ex-presidente para o exterior terá forte impacto na vida
política do país, tendo como consequência a confirmação de que ele sai pelas
portas dos fundos do país, com medo de ter que ser obrigado a pagar pelos
crimes que estão sendo atribuídos a ele, que, por enquanto, são os de corrupção
passiva, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Todos
os crimes acima são indicativos de completo desprezo aos princípios da
honestidade e da dignidade, mas o que se refere à organização criminosa tem o
peso mais terrível nos ombros de qualquer cidadão, quanto mais de um
ex-presidente do país, porque se trata de mancha indelével que penetra no âmago
da personalidade do homem público que tem dignidade, como prova malévola da
índole coletiva da prática de crime violento e hediondo contra a administração
pública, a exigir punição dura em quem foi capaz de trair a confiança de parte
de cidadãos decentes e honestos do país, que acreditou na probidade e na lisura
de quem, na verdade, pode ter sido o todo-poderoso que comandava organização
criminosa, segundo afirmação do Ministério Público Federal, nos autos que
apuram os escândalos perpetrados contra a Petrobras.
Por
certo, a derrocada do partido da arrogância que se vangloriava de fazer tudo
para os pobres, mas o que teria sido feito apenas atende à própria obrigação de
governo, em harmonia com as políticas públicas do país, embora tivesse deixado
de fazer as reformas imprescindíveis ao desenvolvimento da nação, poderá ser
concluída com a saída do país do petista-mor, em obsequioso asilo, que tem tudo
a ver com o desfecho de um período dramaticamente negro para a história do
Brasil.
O
país teve a desdita de ter sido afundado justamente por quem sempre prometeu
transformá-lo em uma nação maravilhosa, com formidável crescimento econômico,
progresso social e exemplo de moralidade, mas os fatos mostram dura e insofismável
realidade de profundas crises nas áreas social, política, econômica,
administrativa, entre outras, em que os princípios ético e moral foram
literalmente catapultados para o espaço sideral, por meio dos esquemas
criminosos de corrupção, representados pela roubalheira do mensalão e petrolão,
cujo protagonismo deflagrou a pior degeneração moral da história republicana,
coadjuvada pela estagnação econômica.
As
principais evidências da ruína brasileira estão estampadas na recessão
econômica e no desemprego, que conseguiram desestruturar por completo o ciclo
de desenvolvimento que se delineava para o Brasil, mas os planos de progresso da
nação se limitam, no momento, a se estudar as melhores perspectivas de asilo
político, como forma de continuar com a maluquice das denúncias de perseguição
e de vitimização à pessoa “honrada”, como se fossem o Brasil e os brasileiros
os reais causadores da desgraça dos planos políticos que levaram à interrupção
prematura das maravilhosas dominação absoluta das classes política e social e
perenidade no poder, quando houve a prevalência da ideologia da defesa dos
interesses pessoal e partidário, em detrimento das causas nacionais que
deveriam, ao contrário, sobrepor aos objetivos de reafirmação partidária.
Agora,
seria tremenda indecência alguém que poderia ter contribuído, conforme mostram
os resultados das investigações da Operação Lava-Jata, para destruir a nação
pedir asilo político exatamente com o propósito de tentar, em primeiro lugar,
se safar da prisão e, depois, prejudicar ainda mais a imagem do Brasil, quando
os fatos apontam para delituosos esquemas de corrupção que foram implantados no
governo afastado para dar sustentabilidade aos injustificáveis projetos, porque
antipatrióticos, destinados à plena dominação dos segmentos político e social e
à permanência no poder, em cristalina afronta aos salutares princípios da
honestidade, moralidade e dignidade, que devem imperar nas atividades
político-administrativas. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 07 de novembro de 2016
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