Morre
o homem mais emblemático do mundo, que foi o líder máximo da ideologia
revolucionária de Cuba e governou seu país por 48 anos com mão de ferro, tendo
se afastado do poder por motivo de doença, em 2006, mas nunca deixou de
comandar seu país.
O
líder cubano morto foi considerado,
por muitos, como uma lenda da esquerda latino-americana e, por outros tantos, como
o ditador sanguinário e implacável, tendo deixado como deplorável legado, após
quase cinco décadas de seu comando em Cuba, um dos últimos regimes comunistas
do mundo, que teve como exemplo a terrível decadência social, política,
econômica, democrática, entre outras, que contribuíram para distanciar o país
das conquistas da humanidade.
O líder
que desaparece teve o destemor para desafiar o poderio de Washington, capital
dos Estados Unidos da América, por meio de imaginável revolução socialista,
marxista-leninista, que resistiu até seus últimos dias.
Cuba
participou, sob o comando do seu ex-líder, do momento mais angustiante da
Guerra Fria, quando foi convertida em santuário da esquerda, inspiração e
sustentação de grupos armados que enfrentaram regimes de direita e sangrentas
ditaduras, então financiadas pelos Estados Unidos, com o objetivo de frear os
avanços do comunismo.
Foi
quando houve os atropelados das liberdades civis e do direito de realização de
greves pelos sindicatos, os fechamentos dos jornais independentes e as
perseguidas às instituições religiosas, além da remoção dos opositores do
caminho do ditador, com as mais cruéis condenações de execuções, prisões e
exílio forçado.
Muitos cubanos,
não suportando o regime infernal, fugiram do país para a Flórida, que fica a
poucos quilômetros próximos da costa da ilha.
Entidades
contrárias ao regime da ditadura calcularam que cerca de 12 mil pessoas
morreram nas mãos do governo cubano, o que mostra o alto grau de perversidade
ditatorial e de insensibilidade humana.
O destino
dos cubanos sempre foi comandado com pulso firme e forte pelo ex-ditador, que é
avaliado por seus opositores como tirano que eliminou as liberdades individuais
e sociais, submeteu os cubanos às penúrias econômicas e nunca admitiu a
decadência da ilha, de onde partiram mais de 1,5 milhão de pessoas para o
exílio, com destino a Miami, nos Estados Unidos.
Não
obstante, para seus fiéis seguidores, evidentemente aqueles que estão fora de
suas perversidades, o ex-líder cubano sempre foi verdadeiro paradigma de
justiça social e de solidariedade no terceiro mundo, o que muito evidencia o
baixo nível dos que o avaliam somente sob o prisma do esporte e dos níveis de
saúde e educação, sem se atentar para os demais componentes da governança, em
especial para os sentimentos de liberdade do homem, que são essenciais como princípio
para o crescimento social, principalmente por meio do usufruto dos direitos
humanos e dos princípios democráticos.
Logo após
o anúncio da morte do maior cubano, os líderes mundiais se expressaram com
profundo pesar, com manifestação de enaltecimento para quem o mundo perdeu
personalidade extraordinária, possivelmente muito mais pelo que representa o
nome como personalidade planetária, mas jamais sem a avaliação sobre seus verdadeiros
legados de perversidade e crueldade que foram capazes de destruir as esperanças
de uma nação, conforme mostra o estado catastrófico do país e de seu povo.
Mandatários
do mundo e autoridades disseram a respeito do ex-líder cubano: "gigante da
história da humanidade"; "Realmente
dói a partida do comandante, do gigante da história da humanidade"; "entrará para a história"; "Fidel Castro foi uma das figuras históricas
do século passado e sintetizou a Revolução Cubana. Com a morte de Fidel Castro,
o mundo perdeu um homem que era um herói para muitos"; "um líder pela dignidade e justiça social em
Cuba e na América Latina."; "A
morte de Fidel Castro marca o fim de uma era para Cuba e o começo de uma nova
era para o povo de Cuba"; "a
despeito de suas convicções e ideologias políticas, foi um homem que marcou a
história mundial.”, entre tantas manifestações colocando o gigante ditador
cubano nas nuvens, como se ele tivesse sido estadista respeitado e humanista,
quando o seu perfil não passa de personagem desprezível que desrespeitou os
comezinhos princípios humanitários.
O
famoso ditador que se despede do mundo pode ser considerado a mais expressiva
figura humana que precisa passar para a história como verdadeiro símbolo
horroroso que os líderes mundiais devem abominar, notadamente pelo seu monstruoso
legado de dominação absoluta, representada pela falta de respeito aos direitos
humanos e aos princípios democráticos, fazendo com que Cuba esteja a ano-luz de
atraso e de subdesenvolvimento, sob terrível ferrolho social, político,
econômico e democrático, graças à imponência do egoísmo ditatorial que foi
capaz de destruir as esperanças de um povo, conforme mostra o estado de total precariedade
socioeconômica, evidenciada pelo semblante do seu povo e pelas paisagens desoladoras
do país.
Pobre
povo que teve a desdita de ter sido comandado por ditador sanguinário, que foi
capaz de mandar matar seus opositores e de impor regime totalitário sob a égide
do ideário sociocomunista, onde prevalecia e ainda prevalece a total falta de respeito
aos direitos humanos e aos princípios da democracia, bem assim de acesso aos
avanços e às conquistas da humanidade, permitindo que seu povo permanecesse em
absoluta estagnação, confinado em uma ilha isolada do resto do mundo, privada
dos ares de liberdade e da modernidade, em contraposição aos princípios de
civilidade e humanismo. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 26 de novembro de 2016
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