Um
engenheiro realizou vistoria técnica na pista de pouso do aeroporto de
Cajazeiras (PB), concluída recentemente, e chegou à inacreditável conclusão de
que, pasmem, ela simplesmente não tem capacidade para suportar pouso de avião a
jato, confirmando idêntico diagnóstico anteriormente adiantado pelo governador do
estado.
Segundo
o especialista em engenharia, as informações sobre a baixa capacidade da
estrutura da referida pista foram prestadas pela Agência Nacional de Aviação
Civil (ANAC), depois de avaliação concluindo que a pista não comporta aeronaves
movidas à jato, possivelmente em razão de o seu peso ser incompatível com o
material asfáltico empregado na obra.
Embora
o engenheiro tenha reconhecido e agradecido – quando deveria ter aproveitado o
ensejo para repudiar e lamentar a triste constatação - pelo esforço (inútil) do
governador da Paraíba, na tentativa de oferecer condições operacionais às
instalações do aludido aeroporto, ele lamentou sobre a impossibilidade de
segurança oferecida para o pleno funcionamento das empresas aéreas em
Cajazeiras, diante das precárias condições das estruturas da pista, que seriam
destruídas, pelo desgaste, em pouco mais de um e meio de uso.
É
profundamente lamentável que, em pleno século XXI, onde os avanços tecnológicos
e científicos são notórios e extraordinários em todos os setores, ainda se
construam pistas de pouso em aeroporto com capacidade para pouso tão somente de
avião teco-teco, que nem existe mais, em cristalinos descompasso com a história
e total afronta à evolução da humanidade.
Trata-se,
na realidade, de esforço absolutamente inútil e de expressivos recursos jogados
na lixeira da incompetência administrativa, tendo como consequência enorme
frustração para a população ávida por novidades tão importantes para o desenvolvimento
da sua maravilhosa cidade.
Diante
desse estrondoso fracasso, é imprescindível que sejam apuradas as
responsabilidade por tamanho descaso, principalmente se for constatada a
participação de recursos públicos em obras dessa magnitude, caso em que os
culpados precisam ser condenados à devida reparação dos danos causados à
sociedade, em decorrência de terem contribuído para jogar dinheiro pelo ralo do
desperdício, uma vez que a obra não tem serventia para a finalidade pretendida,
que é propiciar transporte aéreo com qualidade e conforto à população, em
consonância com os avanços conquistados pela modernidade também nessa
modalidade de transporte.
Uma
cidade da grandeza e do porte magistral de Cajazeiras, que representa importante
polo de desenvolvimento econômico da Paraíba, já ressente há bastante tempo de
serviços de transportes aéreas de primeira qualidade e de eficiência, como
forma de consolidar ainda mais a sua posição de destaque da região do interior
paraibano.
Convém
que a sociedade cajazeirense se esforce no sentido de exigir do governo do
Estado urgentes medidas com vistas à capacitação da pista e das demais
instalações do aeroporto em condições de pouso das principais linhas aéreas
comerciais do país, como forma de se recuperar, o quanto antes, situação absolutamente
inadmissível para a atualidade, uma vez que a constatação da falta de condições
operacionais da pista tem o condão de denegrir ainda mais a imagem das
autoridades incumbidas de executar e fomentar as atividades aeroportuárias no
país, pelo fiasco demonstrado com a inauguração de obra sem o atendimento de
tão ansiada finalidade do transporte aéreo.
Urge
que os cajazeirenses se mobilizem com o intuito de exigir real empenho das
autoridades envolvidas com o funcionamento do aeroporto da cidade, de modo que
seja possível a efetivação de medidas capazes de solucionar, o mais breve
possível, esse terrível desprezo a uma cidade com tamanha capacidade
empreendedora da Paraíba, que não pode ter seu povo frustrado e prejudicado
pela visível incompetência gerencial e administrativa. Acorda, Cajazeiras!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 7 de abril de 2017
Até que enfim começaram a acreditar no que eu falei no ano passado sobre a baixíssima capacidade de resistência da pista do aeródromo de Cajazeiras, isso mesmo aeródromo e não aeroporto como acham que é. O PCN da pista é 6, baixíssimo, o curioso é que Patos está em situação idêntica ao aeródromo de Cajazeiras, em Patos o PCN da pista é é 6, ou seja, por enquanto são dois elefantes brancos. Sou Piloto Comercial, Bacharel em Ciências Aeronáuticas portanto, tenho acesso à documentação a respeito dos dois aeródromos, documentação referente ANAC e Força Aérea. Quem desejar informações, tirar dúvidas e cópias dos documentos é só entrar em contato por e-mail cmtedantas@bol.com.br
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