Segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, os aliados do maior político da atualidade passaram
a reconhecer que a situação dele se agravou, de forma extraordinária, depois do
contundente e acachapante depoimento do ex-presidente da construtora OAS, que
se encontra preso pela Operação Lava-Jato.
Não há dúvida de que a situação política do petista
se agrava à medida que vem à tona fortes e pesadíssimas informações pertinentes
ao desempenho político dele, principalmente após o recente depoimento do sócio
da empreiteira OAS ao juiz da Lava-Jato, de que o tríplex do Guarujá é
realmente do político, que teria sido comprado e reformado pela referida
construtora, como vantagens indevidas concedidas a ele.
Não obstante, os simpatizantes do petista avaliam
que, juridicamente, não há base legal para que o petista seja preso, neste
momento.
Por seu turno, os petistas avaliam a possibilidade
de o ex-ministro da Fazenda dos governos petistas, que se encontra preso em
Curitiba, prestar depoimento, em colaboração, que já adiantou que possui
munição para o juiz da Jato-Jato se debruça sobre ela, por, pelos menos, um ano,
tendo antecipado que as informações são preciosas para o esclarecimento de
fatos importantes para o país.
O
ex-ministro deixou muito claro que pode levar a Lava-Jato a outro patamar, mas
os aliados do político nutrem esperança de que ele esteja tentando
negociar delação que não implique ainda mais a cúpula do partido, fato que certamente
não passa pela cabeça da força-tarefa da operação, visto que o objetivo
primordial das delações é justamente ajudar, de forma mais ampla possível, com
as investigações, para que novas situações sejam levantadas e vasculhadas, com
vistas à busca da verdade sobre as roubalheiras protagonizadas ao longo dos
governos petistas.
É possível que a situação do ex-presidente tenha se
agravado realmente com o depoimento do ex-presidente da OAS, porque ele
discorreu sobre a questionada matéria com tamanha naturalidade e precisão que é
preciso ser muito apaixonado, obcecado mesmo, para não entender a real situação
referente ao imóvel em causa.
Mesmo que o apartamento não esteja escriturado em
nome do político, só não acredita na versão contada pelo empresário quem realmente
insiste em não querer aceitar a realidade nua e crua, à vista da plausibilidade
dos fatos expostos, que conspiram contra as reiteradas negativas dele, que
demonstram muita fragilidade, diante dos fatos vindos à lume.
Com certeza, os verdadeiros brasileiros não têm a
menor dúvida de que, no caso do tríplex, a construtora se empenhou ao máximo
para agradar, nos mínimos detalhes, o gosto refinado da autoridade máxima do
país e da sua família, que tiveram atendidas suas exigências, sem desembolsar,
para tanto, um centavo, tendo apenas o trabalho de ter visitado as obras, por
meio de transporte próprio, e também de ter opinado sobre as mudanças
estruturais das obras.
Para quem se diz a pessoa mais honesta do planeta,
fica muito difícil declinar do capricho pessoal para aceitar situação fática e
indefensável, diante dos fatos mais vivos e cristalinos que poderiam ser
contados, não deixando dúvida de que eles aconteceram tal qual como explicado
no depoimento em tela.
O simples fato de as reformas do imóvel ter sido
feitas sob rigoroso e acurado bom gosto, em exata harmonia com a exigente
supervisão de seus futuros ocupantes, à vista dos minuciosos relatos dos fatos
com absoluta verossimilhança, é muito difícil não acreditar na verdade sobre a
versão do empresário, que inclusive alega ter provas de que o imóvel pertence
realmente ao político. Acorda,
Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 25 de abril de 2017
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