domingo, 16 de abril de 2017

Banimento dos maus políticos?

“O conformismo é carcereiro da liberdade e inimigo do crescimento”. John Kennedy - ex-presidente norte-americano

Depois que foram revelados os depoimentos constantes das delações dos executivos da Odebrecht, o tempo se fechou de vez contra o maior político da atualidade brasileira, porque até os cegos e apaixonados militantes petistas já começam a enxergar, de forma milagrosa, um pouquinho qual seja a real ideologia intrínseca daquele que já foi até endeusado pela sandice dos idólatras, quando viam nele somente áureas de virtudes, bondades, competência e honestidade.
Longe de se fazer juízo de valor sobre a honestidade ou a falta dela, com relação a ninguém, principalmente porque os contundentes afirmações, acusações, planilhas, demonstrativos financeiros e demais elementos e depoimentos a que se referem as delações em apreço são somente indícios, respeitados os princípios constitucionais da ampla defesa e do contraditório.   
Não obstante, é muito provável que os tempos agora sejam outros por parte daqueles que tinham visão totalmente tapada para a realidade, porque as revelações em apreço podem estar mostrando a verdadeira face apodrecida do amigo, que teria enganado a todos, por muito tempo, e ainda se beneficiado de facilidades e favorecimentos propiciados por poderosas empreiteiras, evidentemente em troca de favores e da poderosa influência próprios da popularidade e do prestígio do maior político da atualidade.
À toda evidência, o que realmente houve, sendo verdadeiras as informações constantes das delações em tela, é que o ex-presidente traiu a confiança dos brasileiros, notadamente de seus seguidores, ao transformá-la em mecanismo capaz de gerar benefício em favor próprio e de familiares dele, conforme os depoimentos em causa, em demonstração de cristalina afronta aos comezinhos princípios da moralidade, honestidade, dignidade e outros inerentes à conduta correta que se exige dos homens públicos, que têm obrigação de corresponder com decência a delegação outorgada pelo povo, para representá-lo no exercício de cargo público eletivo.
De acordo com as delações, o líder-mor do petismo deixou rastros nada republicanos pelos caminhos por onde passou como poderoso homem público, em que pese sempre ter confessado e profetizado para o povo, até agora, mesmo diante do tsunami causado pelas acusações da Odebrecht, a realização de somente atos maravilhosos, mas seu histórico junto às empreiteiras tem registro bastante desabonador, que põe por terra seu magnífico prestígio político, por ter sido favorecido por gordas propinas provenientes dos cofres públicos, a par de ainda ter contribuído para expandir seu esquema criminoso para outros políticos de igual índole delituosa, conforme manifestação do Ministério Público.
À análise preliminar sobre as revelações em apreço ajuda a se intuir, em primeira impressão, que, enfim, a gigantesca máscara, que também parecia indestrutível, caiu depois de tamanho estrondo, tendo se espatifado ao chão com tal força que é certamente capaz de levar para bem distante, junto com seus destroços, as estruturas artificialmente construídas para enganar legião de simpatizantes obcecados, adoradores e bestas que somente viam aquilo que lhes interessavam, em prejuízo dos interesses nacionais.
É pena que o país tupiniquim não tenha leis duras para punir, com a severidade que o caso exige, os homens públicos que traíam a confiança da população, tanto em termos de devolução, devidamente corrigido, de tudo que foi desviado dos cofres públicos, como de punição com as condenações cabíveis, inclusive com a de banimento, em definitivo, da vida pública, como forma de lição exemplar e pedagógica para as futuras gerações de políticos, que precisam aprender a respeitar a verdadeira dignidade ínsita do exercício de cargos públicos, principalmente porque eles são emanados do povo.
Felizmente, os fatos vindos à baila podem contribuir para mostrar ao mundo a verdadeira face da impostura populista que parecia eterna, mas tinha como propósito, à luz dos fatos agora revelados, o beneficiamento de mente privilegiada e doentia pelo poder, que pode estar sendo destruída, graças aos acontecimentos devassadores, e acabada para a política, porque os princípios ético e moral podem nunca ter existidos nas práticas como homem público, conforme a revela do que seja a sua verdadeira personalidade, sobretudo diante dos claros e minudentes relatos constantes das delações e investigações sobre a sua conduta política.
Até então, parecia que havia enorme dificuldade para o povo desinformado entender o que realmente se passava no país e na vida dos homens públicos, mas os fatos mostrados agora, com a maior clarividência, diante de suas reiterações, principalmente fruto das investigações levadas a efeito pela Operação Lava-Jato, terminam evidenciando a verdadeira desgraça causada pelo governo petista aos brasileiros, que conseguiu simplesmente, com as suas incapacidade e incompetência, levar o país à destruição.
Exemplo disso foi a quebra da moralidade nas atividades públicas e a desestruturação da economia, com reflexos no gigantesco rombo nas contas públicas; no terrível recorde de desemprego; na péssima qualidade dos serviços públicos; na ausência de investimentos em obras públicas relevantes; entre tantas mazelas petistas, cujos resultados são desgraçadamente representados pela trágica recessão econômica.
Tudo isso trouxe graves consequências para a população, que teve a ingenuidade de acreditar nas faraônicas mentiras apregoadas na campanha eleitoral da reeleição da presidente afastada – afilhada política do maior líder político do país -, que não teve o menor pudor de enganar os brasileiros, principalmente os ingênuos e desinformados sobre as graves crises instaladas na gestão pública, por terem acreditado piamente no que foi denominado de estelionato eleitoral, justamente porque as promessas da então candidata petista foram rapidamente contrariadas com a realização de medidas de ajustes, bem diferentes das que integravam a sua plataforma eleitoral.
A verdade é que as mentiras que serviram de base para se ganhar a eleição conspiraram contra os projetos de dominação absoluta e de perenidade no poder, diante da burla e da fraude protagonizadas na campanha eleitoral, por terem infringidos os princípios da honestidade, transparência, sinceridade e dignidade que devem imperar nas atividades política e administrativa.
O Brasil, a partir de agora, pode estar mudando para melhor, graças às importantes revelações sobre a pobreza mental e doentia de falsos e antipatrióticos brasileiros, principalmente muitos políticos e empresários, à luz das delações e investigações que estão vindas à tona, a demonstrar a imperiosa necessidade do intransigente combate aos gigantescos esquemas de corrupção implantados na administração pública, em afronta aos princípios da saudável e eficiente gestão dos recursos públicos e da dignidade que precisam imperar no âmbito da República. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 16 de abril de 2017

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