segunda-feira, 24 de abril de 2017

O extremo da insanidade

A Coreia do Norte disse que "devastará impiedosamente" os Estados Unidos, caso Washington ataque o país.
Em comunicado, a agência de notícias oficial KCNA informou que "Nossa ação mais dura contra os Estados Unidos e suas forças navais será tomada de forma tão impiedosa, de modo que os agressores não sobreviverão".
O exército da Coreia do Norte afirmou que as bases norte-americanas, na Coreia do Sul, "bem como todos os quartéis do Mal, incluindo a Casa Branca, serão pulverizados em alguns minutos".
Como um grupo de porta-aviões norte-americano se dirigiu à península coreana, o ministro chinês das Relações Exteriores afirmou que uma guerra pode "começar a qualquer momento", na região.
O referido ministro ponderou: "Pedimos para todas as partes pararem com as provocações e ameaças e não permitirem que a situação se torne irreparável ou fora de controle".
Após trocas de ameaças entre Estados Unidos e Coreia do Norte, o chanceler chinês admitiu que "Existe a sensação de que o conflito pode começar a qualquer momento. Acho que todas as partes envolvidas devem manter alta a vigilância sobre essa situação".
Demonstrando o apoio da China para qualquer tentativa de diálogo, o chanceler chinês comentou que, em eventual guerra entre os EUA e a Coreia do Norte, "não haverá vencedores".
Apesar dos conflitos ideológicos com os EUA, a Rússia também demonstrou preocupação com a situação e está acompanhando os fatos, tendo comentado que "É com grande preocupação que seguimos a escalada de tensão na península coreana. Pedimos que todos os países deem provas de moderação".
Por sua vez, um dos maiores aliados dos EUA, o Japão já começou a analisar as possibilidades de uma guerra, tendo dito que "Estudamos qualquer possibilidade de ação para responder à crise".
          As Forças Armadas norte-coreanas já anunciaram que estão dispostas a adotar "as medidas mais duras" contra os Estados Unidos, caso seu governo continue "com as provocações".
O porta-voz do Comando-Geral de Pyongyang declarou que "As nossas respostas às ações mais duras contra os EUA e seus vassalos serão tomadas sem nenhuma piedade, as quais não permitirão ao agressor sobreviver".
Por sua vez, os EUA tinham dito que estavam prontos para disparar "míssil preventivo", com armas convencionais, contra a península coreana.
O jornal The News Week informa que, “Enquanto o Carl Vinson entra no Mar da China Oriental, o Japão está enviando vários destroieres para se juntar à equipe americana”.
Entrementes, o governo norte-coreano declarou que “Nosso forte e revolucionário exército está observando cada movimento de elementos inimigos, com nossa visão nuclear, focada nas bases invasoras norte-americanas, não só na Coreia do Sul e no Pacífico, mas também no continente americano.”.
A verdade é que a tensão entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte, que já era complicada há anos, se intensificou de vez, de forma potencializada, desde a assunção do novo presidente norte-americano à Casa Branca, que mantém gestão mais combativa e agressiva que seu antecessor, à vista da clara ameaça de atacar o país asiático caso o seu regime continue com seus desrespeitosos e agressivos testes militares e nucleares.
A loucura belicista do presidente norte-americano é visivelmente sem limite, à vista de a sua ordem para lançamento de uma bomba contra o Afeganistão, para atingir alvos terroristas do Estado Islâmico, cujo explosivo tinha quase 11 toneladas e é considerada a bomba mais potente, atrás apenas da nuclear.
Ou seja, os insanos comandantes-em-chefe das Forças Armadas dos aludidos países estão se preparando, de forma cada vez mais evoluída, em termos estratégicos, para o confronto, que parece iminente, com proporções destruidoras imagináveis, ante o possível uso de armas nucleares, cujos efeitos são verdadeiramente devastadores e até irreparáveis.
A história mundial mostra que as guerras somente produzem rastro dolorosos de destruição, ruína e sofrimento, tendo como alvo principal e inevitável o ser humano, que normalmente é a parte inocente e fragilizada a pagar pela sanha sanguinária dos estadistas irracionalizados e ávidos para provar ao mundo o seu poder mortífero dos arsenais bélicos, cujos resultados não revelam senão monstros perdedores nas partes envolvidas, que nunca conseguirão reparar os danos causados à humanidade, à vista do inesquecível legado deixado pelas guerras havidas.
É evidente que os apelos para a paz precisam, sobretudo, de razão suprema para o seu convencimento e nada melhor do que a efetiva participação das nações mais sensatas e com maior sentimento de valorização da vida humana, tendo inclusive a liderança da Organização das Nações Unidas, cujo órgão tem obrigação de intervir com sua ação pacificadora bem antes que a guerra seja deflagrada, mostrando às partes envolvidas a imperiosa necessidade do diálogo e das negociações para a preservação da paz, antes que o mundo seja incendiado por mera e injustificável vontade de medíocres, insanos e inconsequentes presidentes, que não fazem a menor ideia do que seja uma devastadora guerra nuclear. Acorda, planeta!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES

Brasília, em 24 de abril de 2017

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