Com o devido respeito a
quem concorda com essa mensagem absolutamente genérica, possivelmente fora de
contexto, sob a ideia de que, a rigor, certamente ninguém vai adotar medida
contra o Brasil se o governo brasileiro provar que inexiste o fato objeto da
retaliação cogitada.
Ou seja, ao se imaginar
forma de punição ao Brasil é somente possível se realmente ficar caracterizada
a negligência por parte dos órgãos governamentais, a ensejar o corte ou a
suspensão da transferência de recursos para investimento precisamente nas áreas
incendiadas, em que o governo, nesse caso, tenha se tornado omisso e permitido,
com isso, a degradação da área afetada.
A verdade é que os
fatos mostram que as florestas brasileiras estão virando cinzas e ainda têm
muitas pessoas que acham isso engraçado, apenas acompanhando o governo se
justificando a dizer que não é verdade que áreas queimadas sejam consideradas
alarmantes, tendo em conta que nos anos tais e atrás houve maiores quantidades
de quilômetros destruídas, como se isso fosse suficiente e resolvesse o impasse
com a torrefação da floresta e da fauna brasileiras, que vem se transformando
em cinzas, dia após dia e nada, absolutamente nada se faz de efetivo.
Acredito piamente que o
governo brasileiro provando que preserva a natureza, na proporção dos cuidados
preventivos adotados e de conservação e proteção desejáveis, em razão da adoção
das necessárias medidas, que são suficientes para a contenção dos incêndios, não
há, certamente motivo algum para se preocupar com que ninguém teça críticas ou
faça ameaças, porque elas não passam de bobagem, porque são refutáveis pela
evidência das corretas políticas colocadas em prática, à prova de incêndios.
Até há poucos dias, o
noticiário das principais páginas dos meios de comunicação focava nas
preocupantes queimadas, com a indicação de incêndios exagerados e isso, para o
meu sentir, não condiz necessariamente com as condições da normalidade que se espera
para a preservação das florestas brasileiras, porque isso é evidência cristalina
de que pode ter havido brutal descuido quanto às medidas preventivas para se
evitar maiores danos a esse importante bioma.
Por seu turno, não é
possível se entrar no mérito sobre o fato de alguém estranho ao Brasil puder
fazer ameaças e críticas sobre possíveis retaliações ao Brasil, que somente têm
cabimento na forma de suspensão ou corte do repasse de recursos para a aplicação na proteção das
florestas, mas não há qualquer margem de dúvida de que o governo brasileiro tem
o dever primacial de adotar todas as medidas preventivas para se evitar os
incêndios, salvo aqueles inevitáveis.
Diante desses fatos,
convém que seja preciso se avaliar caso a casa, para o fim de se ponderar com a
devida precisão sobre eles, porque a generalização pode não ser o caminho mais
prudencial, principalmente nesse polêmico episódio dos incêndios, em que os
governos jamais demonstram interesse na priorização ao seu efetivo combate,
porque, se houve vontade política, certamente que as queimadas seriam
insignificantes e não despertariam a preocupação do mundo.
O certo e isso não chega
a ser novidade, é que o governo somente age quando a situação se torna
alarmante e fora de controle, e ainda quando denunciado pela imprensa internacional,
em especial, fato este que só reforça as suas incompetência e negligência, que
são disseminadas mundo afora.
Certamente que, se
realmente houvesse eficiência no controle dos incêndios, por meio da adoção de
medidas adequadas e permanente, com pertinência à sua gravidade, ninguém
estaria tecendo opinião nem fazendo ameaças sobre nada, à vista dos cuidados e
da necessária preservação das florestas brasileiras.
Os brasileiros esperam que
os governantes se conscientizem sobre a premente necessidade da priorização de políticas
de preservação e proteção das florestas brasileiras, com capacidade de somente atrair
avaliações elogiosas sobre as suas condutas de principais cuidadores do bioma
brasileiro, em estrita consonância com o seu dever constitucional e legal, ante
a gigantesca importância de se evitar, o máximo possível, toda forma de incêndio.
Brasília, em 16 de dezembro
de 2020
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