Vem circulando, nas redes sociais, vídeo que mostra
um cientista explicando que algumas vacinas que estão sendo fabricadas contra a
Covid-19, no momento, podem contribuir para alterar o código genético humano, exatamente
por falta da completa e definitiva avaliação sobre a sua eficácia nas pessoas,
com a finalidade de saber se seus componentes têm condições de incorporar ou não
material genético, de modo a influenciar a estrutura do organismo e, no futuro mais
longínquo, aparecer sintoma mutacional decorrente da vacina.
Na concepção desse cientista, não há a menor garantia
de que é impossível, agora, se ter segurança sobre a impossibilidade da alteração
do código genético, porque isso pode se processar no organismo a longo prazo,
depois de muitos anos, quando há a incorporação do material genético
desconhecido, introduzido pela vacina, com poder de eliminar ou introduzir
elementos genéticos, como, por exemplo, alguma substância que tem a função de
evitar o surgimento de célula cancerosa e outros com poder para revolucionar a
estrutura organizacional do ser humano, até mesmo com o que diz respeito à reprodução,
onde os filhos poderiam herdar parte dessa transmutação genética adquirida da
vacina.
Para esse cientista, algumas vacinas podem ser
eficazes contra o Covid-19, mas não há absoluta certeza de que elas não possam
mexer, geneticamente, com outros sistemas do organismo humano.
Ou seja, sem nenhuma comprovação científica, mas com
base em mera ilação pessoal, o cientista tenta dá maior seriedade a tema que
pode não passar de especulação motivada por mero sentimento pessoal.
Seria preferível que ele somente evoluísse com a
sua ideia quando tiver certeza quanto à sua dedução, porque ela pode
influenciar, de alguma forma, a opinião pública e contribuir para as pessoas
deixarem de tomar a vacina, que é instrumental importante de imunização contra a
Covid-19 e o seu descarte pela população pode prejudicar àqueles que acreditarem
na formulação dele, que pode ser factível como também pode não ser.
Em
se tratando de opinião que pode ter enorme repercussão na opinião pública,
enviei o vídeo para um dos maiores infectologistas brasileiros, que, atenciosamente,
me respondeu precisamente nestes termos: “Ouvi o áudio em consideração a
você que certamente queria ouvir alguma opinião minha. Não comento posições radicais,
extremistas, que a mídia deveria ter mais responsabilidade de não colocar essas
entrevistas. Liberdade de expressão sim, irresponsabilidade não! Afinal esse
cara pode ser um influenciador da rede social e prejudicar muitas pessoas. Aguardaremos
cautelosamente o resultado responsável da produção de uma vacina segura; essa
será a melhor notícia que teremos no decorrer da pandemia.”.
Eu disse que era exatamente isso o que eu queria.
Quando eu vi o vídeo, vislumbrei sobre a
possibilidade de que a opinião poderia ser séria e equilibrada sobre questão
bastante espinhosa e que envolve o interesse maior da humanidade.
Neste caso, é claro que se trata de opinião
isolada, mas que pode ter o poder de influenciar a opinião pública, precisamente
à ausência da manifestação por parte de autoridades públicas incumbidas de
orientar a população sobre possíveis riscos advindos da vacina, exatamente
quanto a possíveis efeitos colaterais gravíssimos, com a eventual alteração do
código genético, aventado pelo cientista.
Na minha modéstia opinião, esse vácuo é extremamente
prejudicial ao interesse da população, que normalmente fica à mercê de
extremistas que se consideram os donos da verdade e ainda entendem que estão prestando
importante serviço à humanidade, quando, na verdade, a insipiência sobre a
vacina aconselha que seria conveniente que o cientista se mantivesse calado, no
aguardo de informações precisas sobre possíveis efeitos colaterais, exatamente porque
ele é a primeira pessoa a prestar informações sem base científicas.
É por demais lamentável a inexistência de entidades,
em especial públicas, com seriedade e responsabilidade, em condições de mostrar
e esclarecer, com base em elementos científicos, as questões relacionadas com a
vacina, como devem agir normalmente, nesse sentido, as nações evoluídas, sérias
e responsáveis.
Neste particular, o governo consolida a sua completa
omissão sobre situações importantes relacionadas com a pandemia do novo
coronavírus, porque ninguém melhor do ele próprio para esclarecer os fatos e
acalmar a população, por meio de informações abrangentes e completas sobre a situação
pertinente à Covid-19, inclusive com relação à vacina, que é tão ansiada pela população,
que precisa ser esclarecida sobre a plena segurança da vacina, inclusive sobre
a negativa da possibilidade da alteração do código genético, por se tratar de
tema da maior importância para a sociedade.
Brasília, em 14 de dezembro de 2020
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