Defendi, em crônica, a fidelidade das propagandas
eleitorais aos programas de governo em condições de factibilidade das medidas
anunciadas neles, em caso de vitória do candidato, tendo condenado com veemência
as pessoas que, infelizmente, ainda insistem em disseminar mensagens
fantasiosas e mentirosas, bem distanciadas da realidade dos candidatos, em
clara evidência da falta de honestidade que não condiz com o verdadeiro
sentimento da política, que precisa ser realmente praticada por gente digna e
merecedora de respeito.
Diane disso, uma distinta e sempre atenta conterrânea
escreveu a seguinte mensagem, verbis: “O que precisa vencer no
Brasil! É a honestidade vencer a corrupção com voto transformador de gente
honesta, trabalhadora para mudar São Paulo e o Brasil tudo começa pelo povo. Os
paulistanos tem que ter consciência votar em Boulos e Herundina. Eles defendem
a classe trabalhadoras, defendem os mais sofridos, pelas dificuldades da VIDA
...Sou Nordestina... Torcendo Por Boulos e Herundina minha conterrânea.”.
A
propósito do pleito eleitoral, deixei bastante claro não ter defendido nem acusado
ninguém, em estrito respeito aos princípios democráticos e ao direito de cada
cidadão se expressar, embora a maioria das pessoas faz avaliação sem a menor
consciência sobre seus atos, ou seja, avaliam candidatos sem conhecer
efetivamente a plenitude da sua verdadeira formação ideológica, como o que
realmente existe nas cabeças dos seguidores da esquerda brasileira.
O
texto em que me referi na crônica mostra a nítida falta de caráter de quem faz
e dissemina programa e metas de governo que é indiscutivelmente inviável e isso
significa, na prática, falta de caráter por parte de quem demonstra simpatizar
pela vitória de candidatos com anúncio de programa mentiroso e tendencioso,
destinado a enganar os eleitores.
Muitas
pessoas se mostram bastante honestas, em declarar que votaria em determinados
candidatos, porque, nas circunstâncias, eles defendem as classes dos trabalhadores
e as dos mais sofridos, sem sequer se preocuparem em atentar para o seu real sentimento
de democracia, como a defesa de regime socialista, onde o governante é brutamonte
ditador, tirano, que comete as piores atrocidades contra o seu povo e isso não
condiz com os princípios cristãos, ou seja, é muito importante que se valorize
quem defende trabalhadores, sem descurar das demais defesas, porque estas são
aquelas que conseguem martirizar o povo, a exemplo do que acontece na Venezuela,
apoiada e defendida igualmente pelos mesmos candidatos que defendem trabalhadores.
Não
há a menor dúvida de que é importante e preciso sim que as classes minoritárias
sejam defendidas pelos políticos, porque elas pertencem à sociedade, em muitos
caso, com menor poder de barganha e ainda com maior tendência para a fragilização
de competividade social.
Agora,
é importante que, na democracia, seja razoável que apareça também alguém para defender
a classe dos empresários, porque somente existe a classe trabalhadora forte se
tiver classe empresarial em condições de sustentabilidade econômica, para puder
garantir empregos, produzir mais, pagar mais impostos e desenvolver o país, porque,
ao contrário disso, há o deságue no regime socialista, defendido por tais
candidatos, cuja ideologia não tem a menor conveniência para os brasileiros com
a mínima consciência sobre o verdadeiro desastre que ela representa para a
humanidade sadia.
Muitas
pessoas têm visão incompleta sobre os fatos da vida, deixando de enxergar o
conjunto da obra, como fazem normalmente os socialistas, que lutam pela defesa da
igualdade social e isso significa o triste fim das classes trabalhadora e empresarial,
diante da eliminação do capital, da indústria, da produção, à vista da pretendida igualdade estabelecida entre o trabalhador
e o empresário, ou seja, a eliminação total do capital e a morte das atividades
econômicas, visto que o Estado é dono de tudo e fiscaliza e controla todos, em
total privacidade da individualidade e do patrimônio.
Fato
bastante ilustrativo ocorreu tempos atrás, quando importante sindicalista que,
de tanto defender os empregados, acabou se tornando presidente da República e, no seu governo, fez
tudo para alcançar algum progresso para o Brasil e, se realmente algo tenha acontecido
nesse sentido, foi exatamente porque ele, como poucos, decidiu prestigiar e beneficiar
sensivelmente os empresários e os bancários, justamente porque ele sabia que os
donos do capital, quanto mais fortes, teriam condições de promover
investimentos e contribuir para alavancar o desenvolvimento do país, por meio da
garantia e da sustentação do emprego, da produção e do aumento da arrecadação
governamental.
É
muito estranho que muitas pessoas inteligentes e intelectualizadas tendem a defender
o regime socialista, tendo como lema principal a precisa defesa da igualdade
social, onde tem por princípio básico a isonomia social, em termos da
miserabilidade e pobreza da sociedade, compreendendo o nivelamento por baixo da
inferioridade social para todos.
É
evidente que isso se processa sem a existência da poderosa classe dos
empresários, porque, no regime socialista, não pode existir empresário, mas também
não tem capital, não tem indústria privada, também não tem emprego, ou seja,
não existe classe trabalhadora para ser defendida por políticos, diante do fato
de que todos somente pensam exclusivamente no poder, na dominação das classe da
única classe: a social, constituída por gente sofrida, privada de direitos e da
individualidade, sem empregos.
É
preciso que as pessoas compreendam que essa história pregada pelo socialismo é
linda demais, muito maravilhosa, mais somente na teoria, porque na prática é
outra história bem diferente, à vista do desastre que é a Venezuela, cujo povo implora
pelo fim de tanto sofrimento, que só é apenas minimizado quando ele emigra,
como já aconteceu com aproximadamente 4,8 milhões de pessoas, o equivalente a 15%
da sua população, que era em torno de 32 milhões de pessoas.
Na
prática, é como se se houvesse, no Brasil, uma desgraça igual a que acontece naquele
país, em que 31 milhões de pessoas resolvessem emigrar, seria algo extremamente
complicado, diante da saída de pessoas que equivalem a um país.
Enfim,
a abominável teoria socialista levada à prática, como existe realmente e
funciona nos países sob a sua égide, a tragédia é aflorada de forma inapelável,
exatamente porque acaba o capitalismo e se declara a extinção dos empresários,
cujas funções exercidas por eles passam para o domínio e o comando do Estado,
que, por falta de competência, consegue quebrar as indústrias, as fabricas e as
empresas produtivas nas mãos dos empresários.
Isso
é exatamente o que vem acontecendo na Venezuela, cujo governo se apoderou do
parque industrial do país, passando-o para a sua administração, cujo desastre
vem acontecendo de forma generalizada, com abrangência até mesmo na sua
principal empresa petrolífera, que agora é comandada por pessoas da inteira confiança
do ditador da nação, que se encarregaram de desviar recursos e permitiram que a
empresa fosse dominada pelo processo de acelerada degeneração, que tem como
principal causa a falta de investimentos na sua modernização e nas linhas
operacionais de produção, cujo resultado é flagrantemente desastroso, com a vertiginosa
queda da produção que, em pouco tempo, hoje, não atinge nem 10% da que era no
passado, a demonstrar preocupante incompetência de gestão, cuja tendência é
piorar com o tempo.
O
resultado da incompetência do regime ditatorial socialista é refletido
diretamente na bancarrota da economia do país, tendo como consequência as
crônicas e intensas pobreza e miserabilidade da população, que depende, como no
caso da Venezuela, exclusivamente das providências do governo, que não tem
condições de fazer milagres.
À
vista das notícias vindas daquele país, os sistemas administrativos se
encontram em estado de completas degeneração e falência, não tendo a quem se
recorrer nem se pedir socorro, porquanto os produtores de bens e serviços, no
caso, os empresários não existem mais, uma vez que eles foram dizimados por
força da famigerada ideologia da igualdade social, que tem como filosofia a
defesa da classe trabalhadora, sem imaginar que ela somente tem condições de
existir se houver parque industrial forte e em plena atividade, o que vale
dizer que, sem os empresários, também inexiste capital e não há a menor condição
de investimentos em atividades econômicas e produtivas, que são, na sabedoria
popular, a galinha dos ovos de ouro, capazes de viabilizar o peno funcionamento
das riquezas.
As
mentes que se dizem inteligentes e intelectualizadas entendem que é muito
importante a defesa da classe trabalhadora, que é realmente, mas também é de
suma importância a defesa da classe empresarial e, enfim, dos princípios
democráticos, com plenos respeitos aos direitos individuais e patrimoniais,
como forma de sustentação do desenvolvimento socioeconômico de qualquer país.
As
classes trabalhadoras e empresariais precisam sim ser respeitadas e valorizadas,
porque, ambas fortalecidas, tem-se a certeza da sustentabilidade do emprego, do
aumento da produção, do consumo e da arrecadação, que são as verdadeiras molas propulsoras
do progresso das nações.
Ao
contrário, sem ambas as classes, como é exatamente assim nas nações de regime
socialista, que somente existe a classe representada pelo Estado, com perfil
ditatorial e totalitário, porque tudo é controlado com mão-de-ferro por ele,
com poder destruidor dos salutares princípios humanitários.
Por
fim, é preciso se compreender que quem defende somente a classe trabalhadora, na
prática, não defende coisa alguma, porque não faz o menor sentido se lutar em
prol do fortalecimento de determinada causa, em detrimento do capital, que é
justamente a principal causa da existência do trabalhador.
Em
sínese, umas das principais lutas da esquerda é justamente a defesa da classe
trabalhadora, mas há incoerência nisso, uma vez que nos países de regime
socialista ela simplesmente inexiste.
A
consequência disso é precisamente a desgraça impingida à população, que somente
tem a opção, no caso do regime socialista, de se viver no verdadeiro inferno,
com todas as “regalias” da convivência em plena miséria, passando fome e tendo a
precisa tolerância às privações de toda ordem, como o que há de pior na Venezuela,
precisamente porque o único empresário é o mentor intelectual do regime
socialista implantado naquele país, cujo ditador não tem o menor interesse em
mudar o status quo, porque ele e a sua estrutura administrativa estão
usufruindo as maravilhosas benesses proporcionadas por esse desgraçado regime,
inexplicavelmente adorado e idolatrado pela “ilustrada” esquerda brasileira,
que, infelizmente, ainda há quem considere que seus representantes mereçam
algum respeito.
Urge
se acabar com esse sentimento esdrúxulo e hipócrita, de se idolatrar políticos socialistas
somente porque eles defendem determinada posição social, como no caso, a classe
trabalhadora ou outro caso pontual, quando o que interessa mesmo é a sua
ideologia global, porque toda esquerda é unanimidade em compactuar com governantes
de países socialistas, verdadeiros trogloditas ditadores insanos e insensatos,
que são tiranos cruéis, monstruosos e desumanos, em defesa exclusivamente do
poder, que apenas a motivação que justifica essa mente doentia de amor à
ideologia de desapego aos princípios humanitários.
É
preciso ficar muito claro que os socialistas brasileiros, os mesmos que “... defendem a classe trabalhadora, defendem os mais
sofridos, pelas dificuldades da VIDA... são precisamente os mesmos que não
têm o menor escrúpulo de se colocarem ao lado, em apoio e defesa da
tirania impingida nos países comandados por trogloditas ditadores regidos por
regime socialista/comunista, que são extremamente insensíveis aos princípios humanitários
e declaradamente contrários aos ensinamentos do Evangelho de Jesus Cristo,
conquanto esta é forte lição que fica para as pessoas cristãs, aquelas que não
têm a menor consciência em defenderem tão antagônica filosofia que tem sido
capaz de desdizer os lindos sentimentos de fraternidade e amor disseminados por
quem somente pensava na valorização do ser humano.
Brasília,
em 4 de dezembro de 2020
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