quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Imperdoável?

 

Circula, nas redes sociais, a foto do papa encimada da importante mensagem, in verbis: “O aborto venceu na Argentina. Acabam permitir que bebês sejam mortos sem punição para os assassinos. Enquanto isso, nenhuma palavra do Vaticano. Afinal, vidas não geram lucro como a Amazônia...”.

Diante dessa triste realidade, digo que o papa, na qualidade especial de ser argentino, perde excelente oportunidade para se contrapor a essa degeneração humanitária da legalização do aborto, nas condições mais agressivas possíveis ao ser humano.

O silêncio do papa mostra a sua insensibilidade diante de medida das mais insanas praticadas pelo homem contra a vida absolutamente inocente, que exige, no mínimo, que não somente as entidades que se dizem de defesa dos direitos humanos, mas, em especial, a Igreja Católica dura e contundente reafirmação de manifesto contra medida homicida e criminosa claramente prejudicial à vida humana, que não pode ficar sem o repúdio da principal autoridade mundial que tem obrigação de dizer em bom e alto som que o aborto contraria o princípio da vida defendido por Jesus Cristo.

Sem dúvida alguma, é por essa atitude omissiva do santo padre e muitas outras situações reprováveis por cristãos que o pontífice vem sendo severa e muito apropriadamente criticado, exatamente porque o lídimo representante de Jesus Cristo na Terra tem o dever evangelical de defender os princípios da vida, com a obrigação de condenar fortemente a mais vil forma de mortalidade do ser humano, por meio do aborto, em escala morticida para a qual não há qualquer plausibilidade, em forma de sana justificativa.

O papa precisa se conscientizar de que a sua vinculação com a Argentina é apenas como homem, o que é bem diferente da representatividade litúrgica do sumo pontífice perante a Igreja Católica, em que o seu pensamento como religioso deve e precisa prevalecer sobre qualquer outras ideologias, segundo os princípios e os ensinamentos da evangelização da igreja de Jesus Cristo.

É lamentável que os cristãos precisem lamentar mais essa fabilidade do santo papa, porque a sua autoridade máxima no seio do cristianismo exige que ele se manifeste imediatamente e de maneira veemente e com o máximo de contundência contra atos e atitudes agressivas e contrárias à vida do ser humano.

Simplesmente imperdoável.

Brasília, em 31 de dezembro de 2020

Nenhum comentário:

Postar um comentário