terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Indignidade moral

 

Vem circulando, nas redes sociais, a mensagem mostrando, por fotografia, a imagem do ex-juiz da Operação Lava-Jato, a juíza que o sucedeu e nove procuradores do Ministério Público federal, encimada da seguinte inscrição: “Os verdadeiros ladrões da Petrobras. A quadrilha de Curitiba”.

A primeira ilação que se pode tirar é a de que se trata de expediente de iniciativa de partido de esquerda, visto que o compartilhamento da mensagem tem a identificação de pessoa que é useira e vezeira em patrocinar postagens com mensagens em apoio a partido de ideologia socialista.

Outra conclusão não seria possível, exatamente porque, à exceção da esquerda, os demais brasileiros sabem perfeitamente, com bastante precisão, quais são os verdadeiros homens públicos que dilapidaram o patrimônio da Petrobras e quase a levaram à bancarrota, mas não tiveram a hombridade, a honestidade de assumir as suas fraquezas morais nem muito menos a responsabilidade pelos prejuízos causados aos brasileiros, para a finalidade de reparação dos prejuízos causados aos brasileiros, em termos de ressarcimento dos bilhões de reais desviados para conta partidária e bolsos de muitos aproveitadores.

Há enorme e desconfortável tristeza diante da existência de pessoas, muitas quais que se dizem acreditar e professar o cristianismo, que, por visível instinto de vingança e maldade desumana, tentam, como nesse caso, atribuir a outrem, em situação de absoluta injustiça e desconformidade com os fatos acontecidos, a autoria de atos desonestos e irregulares, em configuração de  indiscutível irracionalidade e impossibilidade.

Como visto, no presente caso, os servidores indicados na mensagem nunca trabalharam nem jamais tiveram ingerências na Petrobras, fato este que, por si só, afastaria qualquer possibilidade de eles serem os reais ladrões da petrolífera brasileira.

Na verdade, os servidores apontados na postagem, ao contrário da indicação de larápios, fizeram parte do grupo tarefa da maior importância já vista no Brasil, quando, graças ao seu intenso trabalho da maior eficiência, competência e responsabilidade, investigaram e julgaram a maior e a mais articulada organização criminosa já criada e executada no âmbito da administração pública, tendo por finalidade saquear, à luz dia, cofres públicos, com destaque para os da Petrobrás, conforme mostram os fatos apurados, coligidos, catalogados, com a devida identificação dos verdadeiros líderes e integrantes de verdadeira quadrilha formada para desviar recursos públicos.

Com base nos elementos levantados e na organização e armazenamento das provas materiais sobre os fatos denunciados, aqueles servidores tiveram coragem e altruísmo necessários ao julgamento de importantes personalidades da política e do ramo empresarial brasileiros, que se uniram em verdadeira organização criminosa, para desviar dinheiro público, conforme evidenciam os fatos que vieram à tona.

Ou seja, para os brasileiros que não defendem a ideologia da esquerda e têm compromisso com os princípios da verdade e da honestidade, não há a menor dúvida de que os atos administrativos prejudiciais e danosos aos interesses da sociedade, em razão do desvio de milhões de reais, tem a marca indelével dos líderes que integravam o então maior partido brasileiro.

Essa pouca-vergonha é insofismável, porque realmente aconteceu e não há a menor dúvida quanto à sua autoria, diante dos registros das investigações, dos depoimentos de testemunhas, delatores e pessoas envolvidas, a tudo confirmando a autoria dos fatos criminosos e abusivos, em detrimento do patrimônio dos brasileiros.

As pessoas que ficam tentando imputar responsabilidade por fatos cuja autoria já foi devidamente identificada precisam, urgentemente, se conscientizar de que essa atitude não condiz com os princípios de cidadania e honradez, posto que isso só contribui para mostrar o quanto a sua ideologia tem de perversidade, maldade e morbidez contra pessoas dignas, quando elas procuram isentar de culpa, de maneira medíocre, os verdadeiros envolvidos e atribuí-la a quem apenas prestou enorme contribuição, no desvendamento do sistema criminoso, que, ao contrário, merece os aplausos da sociedade honrada.

Na realidade, as pessoas que produzem e compartilham mensagens como essa, indiscutivelmente com conotação identificado com a ideologia da esquerda, ao contrário de contribuir para a construção do bem e da verdade, somente tem o condão de evidenciar o tanto de mente poluída e medíocre que se consolida no cérebro desses pseudointelectuais, que imaginam que estão realizando expressiva obra em benefício de ideia maravilhosa, quando somente tem o poder de agregar enorme contributo à morbidade da ideologia defendida por seus doentes mentores, em forma do descrédito sobre os seus objetivos políticos.

É pena que essas mentes ocas não consigam enxergar que, em princípio, as ideologias deveriam ser aplicadas em formas de metas construtivas objetivando o bem e o desenvolvimento da humanidade, preferindo, ao contrário, a exposição ao ridículo da proposital disseminação de fatos inverídicos, na vã tentativa de acobertar a realidade dos acontecimentos criminosos cujos autores são homens públicos da pior índole, por não terem a dignidade de assumir a autoria desses atos espúrios perante a sociedade, que, em parte, prefere associar-se aos sujos costumes praticados contra o patrimônio dos brasileiros, que deveriam repudiar essa imundície.

Enfim, tem-se a absoluta certeza de que, sob o manto de ideologia nada cristalina nem séria, conforme mostra o exemplo em comento, muitas pessoas tentam agir em clara demonstração de seu pensamento sórdido e desonesto, sem o mínimo de escrúpulo, imaginando que é exatamente assim que deve proceder em desrespeito à dignidade humana.     

Ante o exposto, conclui-se que os brasileiros nutrem a esperança de que os desavergonhados homens públicos que governavam o Brasil, participaram efetivamente dos atos irregulares e se beneficiaram do dinheiro sujo desviado tenham a dignidade de assumir as suas responsabilidades, porque, nesse caso, o escândalo foi tão bem caracterizado, com a formalização dos seus protagonistas, conforme as investigações e apurações, que não deixam a menor dúvida sobre a autoria da roubalheira perpetrada em cofres públicos, que precisam ser ressarcidos dos prejuízos havidos.

Brasília, em 19 de dezembro de 2020  

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