Em comentário a texto meu, uma pessoa disse, a propósito deste momento tenebroso em que o governo expôs total incompetência na condução das políticas públicas referentes à vacinação, que o presidente da República alimentar os piores comentários sobre as suas declarações, dando a entender que ele tem sido muito mais capaz de criar polêmica do que de agir em benefício da população.
Em
verdade, os fatos da vida mostram que, por vezes, o medíocre governante, sem muita
capacidade e visão administrativas tem oportunidade de se tornar verdadeiro
herói perante a nação, exatamente por suas atitudes humanitárias que se tornam engrandecedoras
até mesmo revolucionárias em reconhecido benefício para a população, enquanto
outro pode se tornar simplesmente pessoa desprezível, e passar para a história
nesta condição, por não ter a mínima sensibilidade nem o necessário discernimento
para enxergar um dedo à frente do nariz, para perceber a gravidade dos fatos
que estão grassando no seu governo, deixando de adotar, tempestivamente, as
medidas cabíveis.
A
atual situação do Brasil, com relação à saúde pública, pode ser perfeitamente
comparável à situação de objeto sem valor deixado ao léu no mar, que fica
eternamente boiado, sem destino, sem norte, exatamente sem rumo.
O
presidente brasileiro elegeu, em detrimento do interesse público, a discussão
da vacina como prioridade política, em eterno entrevero com seu adversário, quando,
ao contrário disso, ele deveria ter se preocupado, de forma prioritária, com a imunização
dos brasileiros, há muito tempo, de modo a agilizar as necessárias providências
para se antecipar aos fatos, que são preocupantes para toda população, diante
de muitas mortes e a vacinação exige urgência, principalmente por parte do
governo.
É
extremamente deplorável que o único ministério dirigido por militar tenha
naufragado, de forma melancólica, quando se esperava que a competência das
casernas tivesse a prudente iniciativa de antecipar-se aos fatos e tudo adotando
para que o Brasil tivesse passado ao longe do caos, da desorganização e da
caracterização de extremada incompetência em que se encontra mergulhado.
Isso
se verifica ao se permitir que o país tenha chegado ao ponto de nem ter plano
estratégico para a imunização dos brasileiros, em especial à vista da sua
urgência, por força da enorme quantidade de mortes e infectados pela Covid-19,
cuja escala de letalidade precisa ser imediatamente interrompida ou, ao menos,
minimizada, em condições de contribuir para que a vida dos brasileiros não
somente seja valorizada, mas, em especial também, volte à normalidade das
atividades, o mais rapidamente possível, restabelecendo o melhor sentimento de
cidadania e de humanismo, que faz parte do direito fundamental à liberdade de
ir e vir, algo que deixou de existir há muito tempo.
Certamente
que, por visível e monstruoso descaso na condução das medidas de combate à
pandemia do novo coronavírus, porquanto o governo vem adotando o mínimo indispensável
ao caso, conforme mostram os fatos, o Brasil esteja contabilizando esse mar de
mortes e de pessoas contaminadas, tendo-se como principal alegação que, diante
de tamanha crise de saúde pública, seria obrigatoriamente necessária a designação
de especialista, pessoa com conhecimentos técnico-científicos para cuidar do assunto,
com os devidos carinho e rigor que ele merece e exige, em termos da adoção de
normas e orientações apropriadas de condutas preventivas, pertinentes à
moléstia, de modo a se evitar acerbação da pandemia.
Infelizmente
os procedimentos que estão sendo adotados guardam absoluta conformidade com o
condenável empirismo, exatamente em harmonia com o nada para a orientação dos
brasileiros, em evidente ausência do poder público, que tem a obrigação de se
fazer presente em tudo, justamente para a tentativa da diminuição da enormidade
de perdas humanas, à vista dos tristes registros dos acontecimentos sobre o
caso em referência.
É
muito triste que os governantes se tornem completamente insensíveis às
dificuldades inerentes à população, permitindo que o seu coração se petrifique
diante da crueldade causada pela Covid-19, que não tem dado trégua, sabendo-se
que a única esperança contra tal castigo é a vacina, que os governantes apenas
demonstram tanto empenho senão para o seu distanciamento da sociedade, a
exemplo do Brasil, quando eles deveriam mostrar empenho e dedicação no sentido
de dispô-la o mais urgentemente à disposição do povo.
Urge
que os brasileiros se conscientizem em moção uníssona de protesto contra a
incompetência do governo, demonstrada até o momento, com relação às medidas
destinadas à imunização da população, cujas consequências são o aumento das
mortes e infecções que poderiam ser evitadas se a vacinação já tivesse sido
iniciada, a exemplo que já fizeram os países onde os dirigentes tiveram o
cuidado, a sensibilidade e a responsabilidade públicos de levar a vacina ao
povo.
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