segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Mudar é preciso?

 

Em crônica, eu analisei e critiquei, com veemência, a indigência de vontade política e de competência administrativa do governo para tratar de assunto da maior complexidade e responsabilidade, como no caso da vacina contra a Covid-19, por envolver vidas humanas, que acontece precisamente no momento errado e em circunstâncias inapropriadas, cuja consequência é a gravidade da saúde pública dos brasileiros, que foi relegada à vala do brutal descaso.

Diante disso, um conterrâneo demonstrou sua indignação sobre a omissão do governo, tendo escrito o seguinte comentário: “Para ser sincero, foi a primeira vez na minha vida, que eu vi um governo ser contrário ao Programa de Vacinação, nem mesmo o Collor que até então era considerado o pior governo dá na nossa República, é inadmissível o que o Presidente está fazendo com o povo brasileiro, um descaso total.”.

Em resposta à mensagem de repúdio, eu disse que seu comentário, prezado amigo, tem total pertinência, exatamente pela evidência de insensibilidade para assunto da maior gravidade, por ter por alvo justamente a vida humana, que exige o máximo de prioridade e o emprego de todos os recursos e empenhos para a otimização dos melhores resultados possíveis.

Em pleno século XXI, quando o homem já conseguiu desbravar quase tudo, em termos de conhecimentos científico e tecnológico, parecia impossível existir governante com mentalidade tão apequenada e problemática, em termos de competência administrativa, sensibilidade para a gravidade sobre questões cruciais, como no caso da pandemia, e amor ao ser humano, conjunto esse de fatores que dá a exata dimensão do quanto o Brasil ainda precisa se desenvolver, e muito, para alcançar as nações evoluídas, no que se refere, em especial, ao tratamento das questões e dos problemas sociais.

 Convém se chamar a atenção para que qualquer mudança do status quo depende exclusivamente da vontade do povo, para a escolha de seus representantes políticos, cuja ideologia seja, entre outros requisitos, a competência, a eficiência, o equilíbrio e a sensibilidade humana, além de que eles devam ser tolerantes e compreensíveis quanto à realidade sobre os fatos da vida.

O certo é que a experiência com o atual mandatário ficou mais do que provado e comprovado que realmente o povo tem o governo que merece, exatamente porque ele foi escolhido pela maioria de votos que tem prevalência no sistema político democrático.

Por certo, esse não é o governante que o Brasil merece, diante da sua grandeza de nação que não pode mais ficar à mercê de homens públicos com mentalidades retrógradas e bastante distanciadas da modernidade, que exige o arejamento de ideias e de atitudes condizentes com a evolução da humanidade.

Brasília, em 28 de dezembro de 2020

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