“O comunismo não é um sistema: é um
dogmatismo sem sistema - o dogmatismo informe da brutalidade e da
dissolução. Se o que há de lixo moral e mental em todos os cérebros pudesse ser
varrido e reunido, e com ele se formar uma figura gigantesca, tal seria a
figura do comunismo, inimigo supremo da liberdade e da humanidade, como o é
tudo quanto dorme nos baixos instintos que se escondem em cada um de nós”.
Fernando Pessoa
Enquanto os povos dos países com histórico
comunista estão empunhando as bandeiras da liberdade, em movimentos contrários
aos governos totalitários, na América Latina, muitos governantes insistem com a
malévola tentativa da implantação desse repulsivo e deplorável regime nos seus
países, a exemplo do Brasil, cuja classe dominante vem, de maneira tácita,
porém em escala de notória progressividade, plantando suas sementes e seus
fundamentos. A evolução das tratativas para a introdução do socialismo no país
já desperta preocupação no sentido de que os brasileiros contrários a essa aberração
devem redobrar suas forças de combate à perversa sanha dos militantes contrários
aos direitos humanos e aos princípios da democracia e da liberdade de
expressão. Os brasileiros que se opõem ao caos do país não podem se descurar quanto
à sua responsabilidade e ao seu dever cívico e patriótico de defender a
plenitude dos princípios democráticos e libertários, mantendo-se diuturna e
permanentemente em alerta, atentos e dispostos a assegurar a manutenção dos
princípios garantidores, em especial, das liberdades
das pessoas para agirem com a própria consciência em prol do gozo privado dos
bens e do usufruto dos direitos políticos, sem a terrível e incômoda
intervenção estatal, que consiste preponderantemente sobre a perda das
preciosidades ínsitas nas liberdades civis ou individuais. É sabido que a
predominância da democracia pressupõe o pleno gozo das liberdades de ação e de
pensamento, nas quais o cidadão age espontânea e livremente, sem a menor restrição
quanto ao terrível e intolerável monitoramento por parte do Estado, que se
sente “dono” não somente das pessoas, mas também de seus bens, salvo, por
óbvio, da classe dominante, que não se submete aos rígidos e desumanos
controles do regime. Convém que os brasileiros se conscientizem e se despertem
para o pleno e saudável usufruto das liberdades individuais, com direito à participação,
de maneira livre e ampla, sobre a discussão e a decisão acerca de assuntos particular,
político, econômico, social ou público, tendo plenas condições de orientar os
próprios quereres, a sua consciência e o seu sentimento, que se caracterizam,
basicamente, pelo exercício da vontade livre e autônoma, em obediência à autodeterminação,
o que vale se afirmar, diga-se de passagem, sem a indevida e incômoda interferência
do Estado, que pode tudo apenas para o desfrute de governantes ditadores. A
possibilidade do usufruto dos princípios democráticos, presentes na esmagadora
maioria dos países desenvolvidos, condiz com os ideais de liberdade política,
social, cultural, econômica etc., com base nos quais as pessoas se conduzem
segundo os conceitos de maior possibilidade da concepção e manifestação da sua livre
vontade, longe do ferrenho controle estatal, que é permanente e intransigente nos
regimes totalitários e de exceção. Os brasileiros precisam entender que a
democracia tem, como pilares, princípios e ideias que se harmonizam em união para
respaldar a realização de valores essenciais à convivência
proveitosa das pessoas, sob a forma básica que alicerçam os direitos humanos e
as liberdades de princípios e de opinião, com supedâneo nos quais os patrícios
ainda podem gozar plenamente as liberdades de consciência e de expressão, que
são verdadeiros bens inalienáveis do ser humano, capazes de contribuir para o
fortalecimento dos princípios da livre iniciativa e do desenvolvimento social,
cultural, religioso, econômico, político e democrático. Ao
contrário do regime democrático, que permite ao homem o desenvolvimento pleno das
atividades humanas, há, infelizmente, figurões na política que defendem a implantação
do regime comunista no Brasil, que têm a companhia e o apoio de muitos
simpatizantes, considerados pseudossocialistas, por não terem convicção sobre a
exata ideia da verdadeira intensidade da truculência e do retrocesso humano propiciados
pelo sistema socialista, que se apresenta com as feições de transformadores de
dificuldades sociais e econômicas em benesses de igualdades e facilitações,
como forma de melhoria das condições de vida da população, evidentemente sem que
o povo seja esclarecido sobre o que isso, na prática, realmente significa, em
termos das perdas dos direitos políticos e humanos e das liberdades individuais
e de expressão, que são completamente tragados pelo regime totalitário, de
exceção e de segregação. Não há dúvida de que o socialismo é considerado “maravilhoso”
apenas e tão somente para a classe política dominante, que é quem se beneficia do
poder absoluto, que é eterno e imune à obrigatoriedade da sua submissão ao
crivo da sociedade, a exemplo do comunismo imposto na ilha caribenha, onde os soberanos
ditadores têm poderes permanentes, com direito às regalias, mordomias, benesses
etc. proporcionadas pela nação, não tendo obrigação de prestar contas de seus
atos a ninguém, enquanto a sociedade convive com as limitações do mais
agoniante subdesenvolvimento, que é a marca fundamental do socialismo. Não há
dúvida de que a diferença fundamental da mudança do regime democrático para o
socialista consiste, basicamente, na transformação das pessoas em meros objetos,
pela capacidade de perderem as qualidades de “seres humanos”, para serem
tratados como coisas desprezíveis, a exemplo do que ocorre em Cuba, onde as
pessoas são submetidas à forma absolutista da
completa inexistência dos direitos humanos e das liberdades individuais, impedidas
que são de exercer a livre iniciativa própria do ser humano e as atividades econômicas.
A predominância do socialismo implica a transferência paulatina do patrimônio e
das riquezas das pessoas para o Estado, mediante a imposição de pesados e
descomunais tributos e o deslocamento das riquezas e dos recursos dos mais
produtivos para os menos produtivos, com a retirada da produção dos primeiros
para alocar aos segundos, possibilitando que o Estado promova a diminuição da
eficiência global dos sistemas económico e social, tendo como princípio a
redução da produção, ante a inexistência de recompensa pelo esforço do trabalho,
que passa sob o controle do Estado, de modo que esse controle funcione para que
todos fiquem mais pobres, mais sacrificados e menos gente. Na verdade, é esse o
pensamento dominante da terrível doutrina socialista, que tem por finalidade a
imposição das teorias da propriedade
coletivada, sob o comando do Estado, que tem o poder de ignorar os direitos
humanos e as liberdades individuais, de maneira que as pessoas são desumanizadas,
para serem facilmente controladas pelo degradante aparato estatal. À toda
evidência, esse regime não se coaduna com o progresso de civilidade e de
razoabilidade, onde a predominância dos avanços tecnológico e científico
combina com o desenvolvimento do ser humano e não com a sua regressão à
submissão ao anacrônico regime que limita a consciência humana à indignidade dos
caprichos tirânicos do Estado, em flagrante menosprezo aos preciosos valores do
ser humano, que tem direito à conquista de amplas e irrestritas humanizações de
liberdade e de dignidade, como forma de progredir em harmonia com a modernidade
conseguida por força da inteligência inerente ao ser humano, que deve ser
aroveitada para o benefício das gerações. O socialismo é o regime que já
demonstrou, de forma sobeja e inexorável, a terrível capacidade de contribuir
para a involução do ser humano, a exemplo dos países que o implantaram, que têm
como prevalência a marca do subdesenvolvimento, empobrecimento e atraso, notadamente
no que se referem aos sistemas social, econômico, político e democrático, com destruidor
prejuízo da liberdade humana, que é precioso bem imprescindível ao
aperfeiçoamento dos princípios de humanização. A degeneração causada pelo
socialismo é tão marcante que são pouquíssimos os países que ainda o adotam como
forma de governo, cujos povos padecem justamente em razão das limitações de
sociabilidade, liderdade, oportunidade e condições humanas para o
desenvolvimento. Na realidade, o sistema socialista tem o poder arrasador das
bases da sociedade, por subverter a ordem social, rejeitar e desconhecer a
existência dos direitos humanos, da dignidade e das liberdades de pensamento e
de expressão. Tem constituído
grave contrassenso, por parte dos partidos criados sob a preferência da
ideologia socialista ou comunista, a forma como eles se apropriam da expressão
democracia, por ser indevido e contraditório, demonstrando evidente usurpação do
salutar princípio que representa, na verdade, liberdade de pensamento e de
expressão, respeito aos direitos humanos, progresso da humanidade e demais
conceitos contrários ao degradante controle e cerceamento da consciência humana,
representados pelo socialismo. Por seu turno, não deixa de ser paradoxal,
demagógico e contraditório o comportamento dos “ardorosos” defensores e militantes
do socialismo tupiniquim, em especial os líderes partidários, intelectuais,
artistas etc. de ainda não se disporem a promover, moto próprio, à tão
decantada socialização que tanto eles simpatizam, com as próprias riquezas,
visto que eles continuam intocáveis sob o seu exclusivo usufruto, sem a menor
preocupação em ajudar os que têm menos. É exatamente essa mentalidade
troglodita que impera no socialismo brasileiro, onde a socialização, para seus
idealizadores, se presta útil apenas com relação às riquezas dos capitalistas,
menos com os bens dos que se dizem socialistas, que permanecem “sofrendo”
horrores com as benesses demandadas por seu farto e precioso patrimônio, sem
imaginar ou se preocupar que eles fariam muito felizes os irmãozinhos menos
aquinhoados. Como o regime comunista ou socialista é o antídoto do regime democrático
e que representa a transmutação do homem do estado da luz para o inferno da
escuridão, em termos de humanização, compete aos brasileiros se
conscientizarem, com a maior urgência, sobre a necessidade de defender as
conquistas da liberdade de expressão e de pensamento, dos direitos humanos e da
independência social, cultural, religiosa, econômica e demais benefícios
propiciados pela democracia, rechaçando quaisquer insinuações dos idealizadores
do socialismo sobre possível tentativa de convencimento da sociedade acerca das
“vantagens” do degradante regime socialista. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 28 de setembro de 2014
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