sábado, 20 de setembro de 2014

Ridículo crescimento econômico

Os analistas do mercado financeiro, com base no desempenho das atividades produtivas, projetam crescimento da economia cada vez mais acanhado e ridículo, ante as potencialidades brasileiras. As estimativas estão sendo feitas há algumas semanas seguidas, que mostram sequência de redução na estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma dos bens e serviços produzidos no país. As projeções estão em escala de declínio e as expectativas não são animadoras, segundo os levantamentos realizados por instituições financeiras, que são consultadas semanalmente pelo Banco Central do Brasil sobre os principais indicadores econômicos. O Banco Central confirma que realmente está havendo queda nas atividades econômicas, conforme avaliação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que evidencia a tendência do desempenho econômico. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado do PIB do segundo trimestre do ano, no percentual negativo de -0,6%, bastante desastroso para as pretensões da presidente da República, que tem só que se conscientizar sobre o decepcionante desempenho de suas políticas econômicas, por ser desalentador e preocupante, porque seus efeitos são da maior gravidade para a sociedade, ante a possibilidade da retração das atividades industriais, com fechamento de empresas e a redução produtiva, causando desemprego e dificuldades de novas colocações de empregos, com consequência prejudicial ao consumo, que certamente cairá em virtude da diminuição da renda. Ou seja, o governo demonstra completa incapacidade para viabilizar medidas capazes de colocar a economia no trilho correto da retomada do desenvolvimento. No caso, fica patente que a continuidade da aplicação dos mecanismos obsoletos e contrários ao aperfeiçoamento dos sistemas econômicos apenas confirma a precariedade da equipe econômica, ante os prejuízos causados ao desempenho das atividades produtivas. Enquanto não houver discernimento e conscientização sobre essa monstruosa incapacidade gerencial, que se satisfaz com o comodismo das políticas vigentes, sem o menor vislumbre sobre a imediata reformulação dos sistemas e das estruturas que são capazes de eliminar os gargalos que estrangulam as possibilidades de desenvolvimento dos sistemas produtivos, com consequente criação de empregos. A projeção para a atividade econômica é desalentadora e de igual modo é a expectativa do mercado financeiro para a inflação, que também não é animadora, ante as estimativas e as projeções para longe do centro da meta de 4,5% a.a., que é bem inferior ao limite superior de 6,5%, índice ao qual beira a inflação oficial, que não corresponde exatamente à inflação real, sempre bem superior, à vista da elevação generalizada dos preços reais. Outro fator preocupante diz respeito à taxa básica de juros, a conhecida Selic, que é usada pelo Banco Central para influenciar a economia e, consequentemente, a inflação, que deve fechar este ano sem novas alterações, conforme as expectativas das instituições financeiras, que também não chega a ser nada agradável, por já ter atingido o patamar de 11% a.a. Não há dúvida de que os fatos mostram que o mundo financeiro sente tremor e pavor à continuidade do atual governo, justamente em razão do horroroso desempenho da economia, refletido pelos indicadores aqui demonstrados, que são realmente desanimadores, ante as piores perspectivas, em virtude da falta de mudanças da condução das políticas econômicas, aliadas às omissões quanto às reformas estruturais, a exemplo do enxugamento da máquina pública, da redução da pesada carga tributária e da racionalização de muitos encargos e mazelas que estão contribuindo para garrotear os mecanismos indispensáveis ao crescimento e ao desenvolvimento do país. Os números mostram, de forma bastante consistente, que as perspectivas para o crescimento da economia chegam a ser frustrantes, ante as previsões dos economistas especializados de que o Produto Interno Bruto deste ano poderá ser desanimador, bem inferior às metas planejadas, possivelmente ainda pior ao sofrível 0,9% do ano passado, que já foi simplesmente desastroso, porém bastante compatível com a mediocridade das políticas econômicas governamentais, que insistem com o emprego dos instrumentos em dissonância com a realidade e a modernidade macroeconômica, que exigem urgente reformulação das estruturas do Estado, como forma de melhorar o desempenho dos indicadores econômicos e de contribuir para desenvolvimento do país. Compete à sociedade avaliar quem tem efetivas condições e capacidades para administrar o país, com eficiência e competência indispensáveis à retomada do crescimento social, econômico, político e democrático. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 19 de setembro de 2014

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