segunda-feira, 1 de setembro de 2014

A supressão da verdade?

Sem ter condições de apresentar argumentos satisfatórios sobre o seu desempenho na gestão do país, a candidata petista saiu-se com verdadeira pérola própria da agremiação que pertence, segundo a qual a campanha eleitoral será "baseada na mentira", certamente na tentativa de confundir cada vez os incautos eleitores, aqueles que desconhecem a forma pouco democrática como as campanhas eleitorais que têm a companhia dos aloprados, que são capazes de fazer o diabo para alcançar seus objetivos. Talvez a petista esteja coberta de razão, ao se se referir à sua atuação como presidente do país. Não há dúvida de que muitos fatos deveriam vir à tona exatamente no curso da campanha eleitoral, como uma espécie de passagem a limpo dos atos, dos fatos, das realizações e dos resultados da execução das verbas públicas, como forma de submeter ao eleitoral a prestação de contas sobre a gestão presidencial, em contraprestação aos tributos arrecadados pelo Tesouro Nacional. Valeria a pena a presidente esclarecer aos brasileiros os reais motivos que a levaram a construir moderno porto em Cuba, país governado por ditadores sanguinários, que não respeitam os princípios democráticos e os direitos humanos, inclusive a liberdade de imprensa, cujas atrocidades vêm castigando a população daquele país e submetendo-a aos mais cruéis atos de desumanidade. Os gastos com a infraestrutura do país caribenho ultrapassaram os dois bilhões de reais, que fizeram muita fata aos portos e à infraestrutura brasileiros, à vista do verdadeiro sucateamento que eles se encontram, sem a menor possibilidade de investimentos na sua melhoria e modernização. A mandatária do país precisa também justificar as ajudas financeiras aos demais países da América Latina, como Venezuela, Bolívia, Paraguai, Argentina e outros mais, muitos dos quais igualmente administrados por governos com ideologias socialistas, que atropelam os direitos humanos e o consagrado exercício da democracia. Embora tivesse causada a maior repercussão nacional e internacional, a candidata petista não justificou a razão pela qual ela dispensou a dívida de diversos países africanos, alguns pela segunda vez, preferindo classificar os atos pertinentes como sigilosos, para que a sociedade nem o Congresso Nacional não tomassem conhecimento desse vergonho ato de lesa-pátria, por constituir bondade com recursos dos brasileiros, muitos dos quais estão enfrentando dificuldades, principalmente os nordestinos, em decorrência da inclemência da seca, com a falta do precioso líquido e de recursos, que sempre tardam a aparecer por lá. É lamentável se verificar que as grandes empresas responsáveis pelas obras nos citados países africanos fazem parte das construtoras que destinam generosos financiamentos para campanha de candidatos governistas. Também ainda não vieram à luz solar a verdade sobre a compra, por possíveis preços superfaturados, da sucateada refinaria de Pasadena, nos EUA, a qual poderia ter sido evitada caso houvesse um pouco de competência do governo, que chancelou os relatórios e os documentos pertinentes à desastrosa aquisição, que causou enorme prejuízo ao patrimônio da Petrobras. Ao invés de contribuir para a elucidação das irregularidades na estatal, o governo montou eficiente esquema de blindagem para dificultar as investigações levadas a efeito pelo Congresso Nacional, tendo investido por todos os flancos para que a verdade não seja revelada tão cedo, muito menos antes da eleição, para que esse triste episódio não prejudique a imagem de quem era considerada a boa gerente, mas, ao contrário, somente conseguiu protagonizar trapalhadas e tragédias nas relevantes funções de administrar o país continental, que foi comprimido à mera republiqueta das bananas, diante dos fatos que deveriam ter sido evitados caso houvesse o mínimo de competência gerencial. É evidente que muitas mentiras não deverão ser elucidadas, como, por exemplo, a permanente enganação do povo com o terrível aparelhamento do Estado, em conjuminância com o loteamento dos ministérios e das empresas estatais entre os partidos da sustentação da base do governo, como a forma repudiável do fisiologismo ideológico implantando com a finalidade da perenidade no poder. Além das eternas mentiras que jamais serão reveladas pela demência na condução das políticas econômicas, que foram capazes de empurrar o país para a escuridão das incertezas, da crise econômica e do subdesenvolvimento. Ao que tudo indica, somente a candidata petista e sua trupe ainda não perceberam que suas metas de governo estão erradas e em dissonância com os procedimentos modernos de administração dos recursos públicos, notadamente quanto à resistência às reformas estruturais, que seriam capazes para desobstruir os gargalos impostos pelo obsoletismo das práticas vigentes, porquanto não se vislumbram mudanças de rumo quanto às medidas destinadas à extirpação do caos que se encontra encastelado nos palácios presidenciais. Compete à sociedade, no âmbito da sua responsabilidade cívica e patriótica, promover as indispensáveis mudanças na administração do país, de modo que sejam extirpados da vida públicas os maus gestores dos dinheiros dos brasileiros, sob pena de o discurso das mentiras e as incompetências gerenciais emburrarem o país muito mais cedo para o precipício negro do pernicioso e crônico subdesenvolvimento social, político, econômico e democrático. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 31 de agosto de 2014

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