O
ex-presidente da República petista, como é da sua costumeira forma agressiva,
fez críticas ao comportamento do candidato tucano, acusando-o de ter sido desrespeitosa
nos debates na TV, afirmando que ele age como filhinho de papai, por não ter se
comportado como candidato que deve ter responsabilidade, tendo completado,
dizendo que “Eu não sei se ele teria
coragem de ser tão grosseiro se o adversário dele fosse um homem”.
O
petista acusou o tucano de ter sido agressivo porque a presidenciável petista é
mulher, dizendo que a tática dele é partir para a agressão: “Meu negócio com mulher é sempre partir
agredindo porque aí a coisa pega mais”. Nessa linha de críticas, o petista também
alegou que o tucano não dialogava com movimentos sociais e sindicatos quando governou
Minas Gerais: “Todo mundo sabe que o moço
é vingativo...).
As críticas do petista são ferinas, não
poupando nem mesmo seu importante aliado, o ex-presidente da República afastado
do Palácio do Planalto por impeachment, ao ressaltar que “Este país muitas vezes comete equívocos. Este país, em 1989, com medo
de mim, com medo de Ulisses Guimarães, com medo do Brizola, com medo do Mário
Covas, muitas vezes, instigado pela mídia, este país escolheu o Collor como
presidente da República, dizendo que era o novo. E vocês sabem o que aconteceu
neste país”, ou seja, para fazer valer suas agressões, ele leva de roldão e
atropela, sem piedade, até mesmo seus correligionários, por mais ilustres que
eles sejam, como é o caso do seu amigo senador alagoano, que, no passado, o
chamava de corrupto e de outros adjetivos não menos indignos.
O
petista ainda disse que, "Quando
vejo um homem na televisão ser ignorante com uma mulher, como ele tem sido com
a Dilma nos debates, eu fico pensando que se esse cidadão é capaz de gritar com
uma presidenta, fico imaginando quando ele encontrar um pobre é capaz de pisar",
fato que demonstra irracionalidade e incoerência do petista sobre a análise de outro
fato, fazendo ilação apenas para denegrir a imagem do adversário, na tentativa
de envolver a questão da pobreza onde ela não se contextualiza.
Num
dos debates, o presidenciável tucano disse em várias passagens que a petista "mente" e que a campanha dela produz
ofensas contras os adversários, mas ela revidou dizendo que "Quem mente é o senhor", deixando o
clima tenso e nervoso, mas ninguém foi capaz de poupar agressividade, para
demonstrar elegância ou educação, porque cada qual defendia seus
posicionamentos políticos e que, nas circunstâncias ambos os candidatos
deveriam se comportar com dignidade, independentemente da sua sexualidade
masculina ou feminina, porque as agressões foram mútuas e ambos deveriam se
defender das acusações, em verdadeira exposição apenas de balas trocadas.
Nos
momentos mais tensos dos debates, os candidatos trocaram acusações mútuas, que
foram rebatidas no calor normal das ofensas de ambos os lados, em que todos
estavam ávidos em mostrar que seu adversário mentia ou agredia além da
normalidade e de civilidade, em que ninguém tinha razão e muito menos condições
de respeitar uns aos outros, porque todos estavam discutindo em nível de
igualdade, sendo injusto se afirmar que a mulher ou o homem foi desrespeitado,
porque ambos desfrutavam das mesmas condições de igualdade para agredirem e se
defenderem, não sendo justo se afirmar que a mulher foi destratada, porque o
homem foi igualmente desrespeitado, ou seja, não é justo que os candidatos de
acusem mutuamente sem que um ou outro não tenha o direito de se defender à
mesma altura da acusação. Nesse caso, devem-se respeitar os direitos
individuais, não importando a questão da sexualidade masculina ou feminina,
porque ambos os cidadãos, nesse caso, são iguais perante a lei.
No
entanto, pelo princípio do petista, a mulher não pode ser agredida, mesmo que
ela seja a principal agressora, como no caso foi, se valendo da condição de
coitadinha que pode acusar sem ser revidada com a mesma intensidade,
esquecendo-se ele que os princípios democráticos estabelecem igualdade de
condições para ambos os lados, não importando as condições de possíveis fragilidades,
pois todos estão na situação de igualdade.
Impende
se observar que, nos comícios e nos palanques, o petista em defesa da
perenidade no poder e mais precisamente das benesses que ele proporciona, como
o aparelhamento do Estado e o tráfico de influência, que tudo pode em nome do
exercício dos importantes cargos públicos eletivos, o petista se comporta como
sendo um pobrezinho coitado, com a humildade de um franciscano, o mais
despretensioso político da face da terra, mas, a sua realidade não tem sido bem
assim, conforme evidencia a sua última passagem pelo Rio de Janeiro, onde teria
se hospedado como verdadeiro astro de Hollywood, príncipe saudita ou bilionário
capitalista.
Ele
faz questão de muito luxo, finesse e sofisticação, a exemplo da sua hospedagem
no mais luxuoso e chique hotel do Rio, mais precisamente na suíte mais cara,
com diária de R$ 7 mil, com direito a serviço de mordomo, coisa que o pobre
ficaria horrorizado só em ouvir que aquele que se diz amigo dos pobres é capaz
de se envolver em tamanha extravagância, ao se submeter ao “extremo” sacrifício
como esse de glamour incomparável a ser “filhinho de papai”.
Aliás,
o papel exemplarmente desempenhado pelo petista, como visto acima, representa
com fidelidade a classe política tupiniquim, que não tem o mínimo de pudor ou dignidade
no estrito sentido de representante do povo, por se apresentar à sociedade como
verdadeiro plebeu, se fingindo de pobre coitado, mas, na realidade, leva vida
de autêntico nababo, muitas das vezes à custa do dinheiro dos bestas dos
contribuintes, que não têm sensibilidade e o mínimo de consciência sobre o
flagelo e a indignidade existentes na classe política, que somente exerce
cargos públicos eletivos com o pensamento nas realizações de seus objetivos
pessoais, em detrimento das causas da sociedade e do país.
Urge
que a sociedade se conscientize sobre a forma demagógica como os políticos se
comportam perante a sociedade, se apresentando como legítimo representante do povo,
mas não passam de aproveitadores da ingenuidade da população para se beneficiar
eleitoreiramente para se manter no poder, a qualquer custo, com a utilização de
recursos públicos e de fins nada republicanos, que não condizem com os
princípios da dignidade e da honestidade que devem predominar na administração
do país. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 27 de outubro de 2014
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