domingo, 5 de outubro de 2014

Falta de luminosidade política

“A diferença entre um estadista e um demagogo é que este decide pensando nas próximas eleições, enquanto aquele decide pensando nas próximas gerações.” (Winston Churchill).
 O dia amanheceu com raio cintilante e maravilhoso, anunciando que o rei sol brilhava com intensidade para todos, dando vida e energia para a humanidade, justamente hoje que marca mais um dia histórico para os brasileiros e a democracia, ante a oportunidade para serem eleitos os representantes responsáveis pelo comando de seus destinos, no âmbito dos Poderes Executivo e Legislativa, que vão passar por novo ciclo de trabalhos, a partir do próximo Ano-Novo.
Queira o Ser Supremo que esse brilho solar possa iluminar as consciências e as sensibilidades dos eleitores neste dia esplendoroso, para que as suas decisões nas urnas reflitam os melhores resultados possíveis, no sentido de que haja significativas mudanças nas mentalidades dos políticos, principalmente quanto à imperiosa necessidade sobre o entendimento de que as práticas político-administrativas se amoldem aos interesses da sociedade e do país, de forma que a gestão dos recursos públicos seja submetida ao rigoroso crivo das priorizações próprias da administração pública, sob estrita obediência às normas da administração orçamentária e financeira e aos princípios do decoro, da ética, da probidade, da moralidade, da transparência, da legalidade e da dignidade.
Não há dúvida de que, no país tupiniquim, a democracia tem o sagrado direito de se aperfeiçoar e se modernizar em períodos curtíssimos de dois em dois anos, quando há eleições para a escolha dos representantes do povo, ficando sempre a expectativa da tão esperada renovação dos quadros políticos e principalmente de seus integrantes, que teriam a obrigação de evitar as práticas lamentáveis de corrupção e desmoralização dos princípios da administração pública.
Os péssimos exemplos deixados pela classe política, nos últimos tempos, são marcas nada animadoras para as presentes e futuras gerações, por haver clara percepção de que os governantes e parlamentares apenas aprimoram o modus faciendo das nefastas práticas políticas, apenas em defesa de interesses pessoais e partidários, em total desrespeito e menosprezo às causas da população e do país, em flagrante contraposição aos objetivos político-democráticos quanto à imperiosa obrigação de essa correlação funcionar exatamente no sentido de que os representantes do povo devessem trabalhar com exclusividade em benefício do povo.
A conceituação de representante do povo já começa desvirtuada com a ideia de que cada categoria precisa ter seu representante notadamente no Legislativo, para defesa de seus interesses nos poderes da República, porquanto deve existir no Congresso Nacional o defensor do meio ambiente, do agronegócio, do indígena, do afrodescendente, dos cristãos e evangélicos, dos desportivos, dos sindicatos de categorias profissionais, incluindo imensa relação de tudo que existe de especialização, e de tudo mais que nada dizem com os princípios democrático e republicano de representação dos brasileiros, indistintamente de categoria, raça, religião, cultura etc., porque a classe política e os servidores que os assessoram são remunerados pelos cofres públicos, com recursos provenientes dos bestas dos brasileiros, que são compelidos ao pagamento de pesados tributos integrantes do Orçamento da União, não sendo legítimo que haja a mínima possibilidade de algum político atuar exclusivamente em função de determinada categoria ou profissão, ante as ínsitas ilegitimidade e a inconstitucionalidade presentes nessa forma de atuação política-administrativa.
Em princípio, quando se opta por um candidato, há a deliberação de que ele deva se harmonizar com o pensamento do eleitor, por ser seu representante nas instâncias da República, que passam a ter poderes para falar, atuar e agir em seu nome, como se ele fosse o próprio eleitor, com os mesmos atributos de honradez, dignidade e fidelidade aos princípios que ele defende de ética, moralidade e legalidade no exercício do cargo público eleitoral.
Espera-se que a claridade desse belo dia ensolarado contribua para iluminar as mentes dos brasileiros que têm enorme responsabilidade para eleger pessoas de caráter, honestidade, dignidade e efetivas condições para representá-los com a fidelidade que se espera deles para a realização seus propósitos de trabalhar para a melhoria das condições de vida da população e o desenvolvimento da nação. Acorda, Brasil!
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 04 de outubro de 2014

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