segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Pesquisas alvissareiras

Foi divulgada, no último sábado, pela revista Istoé pesquisa Sensus que mostra diferença de 17,6 pontos percentuais entre o candidato tucano e a presidenciável petista, que é o resultado da diferença entre 58,8% e 41,2% dos votos válidos, mostrando que o candidato da aposição disparou e se distanciou bastante.  
A pesquisa em apreço foi realizada entre os últimos dias 7 e 10 e mostra parte dos efeitos resultantes das revelações feitas pelo ex-diretor da Petrobras acerca do detalhamento do esquema da corrupção na estatal, bem assim dos benéficos apoios políticos que o senador mineiro recebeu de parte dos partidos da coligação da candidata derrotada.
A pesquisa captou que “Além do crescimento da candidatura de Aécio Neves, observa-se um forte aumento na rejeição da presidenta Dilma Rousseff”. O índice de eleitores que afirmam não votar, de forma alguma, na petista é de 46,3%, enquanto a rejeição do tucano é de 29,2%, fato este que, segundo o diretor do Sensus, a rejeição torna praticamente impossível uma reeleição da petista. 
A pesquisa não deixa dúvida sobre a escalada ascendente do senador mineiro e a progressiva queda da petista, que somente poderá ser revertida se a truculenta máquina de destruir candidatura petista conseguir inventar absurdas mentiras, distorcer a realidade dos fatos e criar imagem monstruosa sobre o candidato tucano, a exemplo da barbárie cometida contra a candidata ambientalista, que foi trucidada e destroçada pela mente poluída com o pior que existe do marketing político, que se utiliza dos métodos antiéticos e contrários aos princípios sadios da dignidade e da democracia.
Não é novidade que expressiva maioria dos brasileiros, mais de 70%, anseia por efetivas mudanças de tudo de ruim que o país conseguiu agregar na sua administração, o qual foi transformado numa verdadeira republiqueta, mediante o inchaço da máquina pública, para a acomodação dos políticos integrantes da coalizão de governabilidade, mantida sob o indecente toma lá, dá cá, em perfeita harmonia com o fisiologismo ideológico implantado em substituição à eficiência na administração pública, onde prevalece o empreguismo dos apaniguados; a generalização da corrupção que carcomeu a dignidade e a honorabilidade na gestão dos recursos públicos, culminando com os escândalos deflagrados na empresa petrolífera, que foi completamente desmoralizada por esquema de desvio de dinheiros para o abastecimento de caixas de partidos do governo e aliados a ele; a banalização da precariedade na prestação dos serviços públicos, conforme as manifestações de protestos das ruas do ano passado; a construção de importantes obras em países governados por ditadores que menosprezam os direitos humanos e os princípios democráticos; o perdão de dívidas de países africanos, referentes a empréstimos concedidos para construção de obras por empresas brasileiras que financiam campanhas de políticos governistas; a par de tantas mazelas que reforçam a tese sobre a necessidade da alternância de poder, como urgente forma de transformar o país numa verdadeira República representativa da sua grandiosidade, onde os programas governamentais sejam igualmente priorizados em benefício somente dos brasileiros, que pagam altíssimos tributos para merecer serviços públicos de qualidade, de forma a dignificar o exercício dos cargos púbicos eletivos.
Na realidade, as qualidades do governo petista não são mais capazes de convencer a população de que o seu modelo de gestão seja o melhor para a nação, diante das efetivas demonstrações de desprezo à eficiência na administração do país, cujos possíveis avanços sociais foram absolutamente normais, apenas em harmonia com a evolução da humanidade, porém bastante aquém das expectativas das melhorias que teriam sido alcançadas à vista das potencialidades e do gigantismo naturais do Brasil, que certamente estaria em estágio bastante superior ao atual se a sua administração, nestes últimos anos, tivesse sido conduzida com competência, eficiência e real responsabilidades vinculadas aos interesses exclusivamente nacionais, evidentemente com a abstração da intransigente, indecente e antidemocrática perseguição de tornar realidade o egoísta projeto de perenidade no poder, que tem sido defendido com a utilização de fins espúrios para o atingimento de objetivos partidários e pessoais, em flagrante menosprezo aos princípios da dignidade e honorabilidade.
O resultado da pesquisa em comento representa o verdadeiro sentimento dos brasileiros que têm vergonha na cara, anseiam pela moralização das práticas político-administrativas e não aceitam mais a continuidade dos métodos deletérios com uso das verbas públicas, dando a entender que há efetiva manifestação de que, enfim, a lamentável situação de penúria por que passa a administração do país poderá passar por nova fase de possível melhoria, considerando que o governo petista já demonstrou suas qualidades de resistência às reformas estruturais do Estado, embora tivesse sob seu comando o Congresso Nacional; de priorização às políticas assistencialistas, com viés eleitoreiro e de dominação política; de desprezo às políticas de desenvolvimento, à vista dos sofríveis desempenhos da economia; de afastamento dos países desenvolvidos e da aproximação dos países socialistas; de estimulador do escrachado fisiologismo ideológico; do inchamento da máquina pública, para servir de cabide de empregos aos partidos aliados; de péssimo prestador de serviços públicos; e de muitas precariedades que não condizem com as aspirações dos brasileiros, que querem efetivas, palpáveis e verdadeiras e abrangentes mudanças, como forma de revitalização das condições viáveis ao desenvolvimento do país.
Salve o povo brasileiro, por ter a dignidade de se manifestar com absoluta convicção sobre a sua responsabilidade de opinar pela melhoria do país e da população, como forma de possibilitar novos horizontes para a administração dos recursos públicos, que estão sendo aplicados exclusivamente para a satisfação da classe dominante, que tudo faz para se manter soberanamente no poder a qualquer custo, inclusive desrespeitando os comezinhos princípios da dignidade e da honestidade.
          É evidente que não se pode contar vitória antes da abertura das urnas, mas a pesquisa em referência esparge bons e alvissareiros fluidos, com a esperança de que a verdadeira mudança da incompetência administrativa para novos horizontes de eficiência e de desenvolvimento social, político, econômico e democrático seja possível, real e palpável, bastando que os homens de sensibilidade cívica e patriótica confirmem a vontade de moralização das atividades político-administrativas. Acorda, Brasil!  
 
          ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
          Brasília, em 12 de outubro de 2014

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