Diante dos resultados das últimas pesquisas de
intenções de voto, já há especulação no sentido de que a ambientalista, se não
passar para o segundo turno, não dará apoio a ninguém. Ela não esconde a mágoa
por ter sido injustiçada pela violência das acusações das lideranças do PT.
Esse partido foi capaz de destruir e despersonalizar
a pessebista, a ponto de cometer a injustiça de compará-la aos ex-presidentes
que renunciou ao cargo, em 1961, e sofreu impeachment, em 1993, sob o argumento
de que ela teria dificuldade para conseguir apoio e maioria para governar junto
ao Congresso Nacional.
No entanto, isso foi pouco em relação a que viria
mais adiante, em que o PT pegou superpesado contra a ex-senadora, que foi
acusada de fazer alinhamento com os banqueiros, com a finalidade de entregar as
políticas financeiras a quem já vem lucrando muito neste país, além de outras
acusações com a exclusiva finalidade de mostrar que ela não teria condições de
administrar o país com a competência da sua grandeza econômica.
O certo é que as matérias falseadas acerca da
pessebista foram capazes de intranquilizá-la e aniquilá-la por completo, a
ponto de abalar a estrutura emocional dela, que não contava com as fortes acusações
sobre a sua conduta e a sua capacidade para administrar o país continental.
Não somente magoada com as baixarias protagonizadas
pelo PT, ela também demonstra ressentimento com o candidato tucano, que teria
aproveitado as insinuações petistas para também fazer acusações infundadas.
Não há dúvida de que a ex-senadora tem motivos mais
do que razoáveis para negar apoio a qualquer dos candidatos, pela existência de
motivos que ofenderam profundamente a sua dignidade e prejudicaram sobejamente
a sua estrutura de liderança que parecia sólida, mas ela foi arruinada em muito
pouco tempo, por força das fortíssimas ofensas e acusações de seus adversários.
A pessebista despontou como cometa quando foi
efetivada na condição de candidata à Presidência da República, mas não teve
maturidade nem experiência políticas para manter-se no topo das pesquisas, que
mostravam a sua estatura de quase imbatível não fossem as tempestades e as
trovoadas que desabaram sobre a sua cabeça, depois da divulgação do seu
programa de governo, que nem precisava ter sido apresentado e sequer elaborado,
porque para administrar pessimamente e com incompetência o Brasil não há
necessidade de apresentação de programa de governo, a exemplo da candidata
petista que nem sabe o que isso significa e, por incrível que pareça, lidera
com bastante folga a corrida ao Planalto.
A mesma situação praticamente ocorre com o candidato
tucano, que apenas apresentou esboço do seu programa de governo, no final da
campanha, e, agora, desponta como o segundo colocado, com chances e em
condições de disputar o segundo turno.
O inacreditável derretimento da candidatura da
ex-senadora teve a sua contribuição, a partir das seguidas contradições
decorrentes das interpretações, por parte de seus adversários, do seu programa
de governo, que foram exploradas pelos candidatos de oposição, por meio de acusações
e ilações sobre as dificuldades de administração do país por pessoa que teria
demonstrado tibieza quanto ao que pretendia realmente com suas metas de
governo, que eram alteradas a todo instante, mostrando dificuldade para
mantê-las na forma como aprovadas.
É pena que os brasileiros prefiram acreditar nas
mentiras da administração que não tem projeto nenhum para o país, cuja gestão
se baseou em primícias que tiveram por escopo tão somente a garantia da
perenidade no governo, em completo prejuízo aos interesses da sociedade e do
país, ou seja, para governar a nação apenas com a finalidade de se manter no
poder, não precisa de programa de governo, eis que a conscientização e a
mentalidade do povo ainda não atingiram a maturidade suficiente para perceber
que essa forma de governar a nação apenas contribui para a decadência e o subdesenvolvimento
social, político, econômico e democrático.
No
país tupiniquim, já não há mais qualquer dúvida de que, para se ganhar disputa
eleitoral, não precisa ter competência, dignidade e honestidade, nem procurar
realizar campanha limpa, como demonstração de capital político que se exige dos
cidadãos honrados. Basta tão somente se alinhar aos maus políticos, priorizar
ações populistas, promover coalizões com cunho fisiológico, negar os malfeitos,
as irregularidades e corrupções, usar a máquina pública em proveito pessoal ou
partidário e imaginar que o povo não tem capacidade para avaliar que tudo isso
não passa de atividades político-administrativas medíocres altamente prejudiciais
aos interesses nacionais.
Compete à sociedade se despertar dessa letargia que
contradiz a responsabilidade que cabe à população de zelar e defender os
interesses nacionais, não permitindo que os maus políticos utilizem, de forma deletéria,
indevida e injustificável, o patrimônio dos brasileiros em seu benefício,
principalmente com a finalidade de se perpetuar no poder. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 04 de outubro de 2014
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