sábado, 18 de outubro de 2014

A imposição natural

A redução da maioridade penal é uma questão de civilidade e de racionalidade que a absoluta maioria dos brasileiros já decidiu por sua implantação, como forma de contribuir para a diminuição da criminalidade e da impunidade, porque a sanidade humana não pode ignorar que o fajuto e impraticável processo de ressocialização não contribui para a humanização dos menores de idade.
O referido processo pode, ao contrário, quando muito, ajudar a aprimorar o cabedal de maldades dos delinquentes com idade até dezoito anos, que se beneficiam das comodidades do internato para aprender novas técnicas de maldade e de criminalidade.
O programa do candidato tucano contempla medida no sentido de cuidar com responsabilidade dessa importante questão, em se tratando de crimes hediondos praticados por menores de dezoito anos de idade, enquanto a candidata petista simplesmente conseguiu aprovar, no Senado Federal, o arquivamento do projeto de Emenda Constitucional que cuidava da matéria, em clara demonstração de leniência com a criminalidade e a impunidade, que, como de resto, isso foi a tônica dessa administração, que também foi incapaz de controlar a entrada de drogas pelas fronteiras brasileiras, por onde passam toneladas de cocaína e seus derivados para o abastecimento interno e a exportação do pouco que sobrar.
Em razão da evidente falta de competência para combater os narcotraficantes, o Brasil ostenta o deprimente título de país líder de consumo de drogas, tendo conseguido se tornar um dos maiores exportadores de cocaína do mundo, por ser um dos principais corredores da sua traficância para o exterior, embora não seja produtor dessa praga.
Diante da calamidade não somente na segurança pública, com a evidente predominância do poder da bandidagem sobre os cidadãos de bem, que não têm tranquilidade nem mesmo dentro de casa, sempre cercada de arrojado e complexo sistema de dispositivos de alarme e de pseudoproteção eletrônica, mas, sobretudo, da precariedade da prestação dos serviços públicos na área de segurança pública, convém que haja a alternância do poder, como forma de possibilitar que o novo estadista perceba o real estado caótico e de penúria, de forma generalizada, da administração do país, quanto à prestação dos serviços públicos.
Com base na calamitosa situação de insegurança, o novo governante do país só terá a alternativa de promover, com urgência e em caráter prioritário, as políticas e as ações capazes de viabilizar, com a indispensável eficiência, completas e amplas medidas da competência do Estado, não somente com relação à transferência de renda, que tem sido a única especialidade do atual governo, deixando em planos secundários os demais programas essenciais ao desenvolvimento da nação.
Há que se observar que o governo não desconhece a precariedade da segurança do cidadão, tanto que, na Copa do Mundo, as cidades-sede dos jogos foram devidamente preparadas para propiciar plena segurança aos turistas, mediante aparato de policiamento nunca visto na história deste país, tendo a participação até mesmo das Forças Armadas, cuja ostentação de segurança teve duração efêmera, somente para Inglês ver, porque o esquema foi desmobilizado tão logo o término do evento, ficando a população dessas localidades à mercê da bandidagem.   
Compete aos brasileiros aproveitarem este importante momento para a reflexão que melhor o oriente com vistas à premente e inadiável mudança, optando pela salutar alternância do poder, na tentativa de escapar da mesmice incapacidade de se propiciar segurança à população e de se ter a esperança de que o novo governante tenha dignidade e capacidade para promover as mudanças e as reformas tributária, política, trabalhista, administrativa etc. que tanto o país exige e precisa, de modo que esse terrível projeto de perenidade no poder seja definitivamente sepultado da triste história republicana. Acorda, Brasil!  
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 17 de outubro de 2014

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