A
redução da maioridade penal é uma questão de civilidade e de racionalidade que
a absoluta maioria dos brasileiros já decidiu por sua implantação, como forma
de contribuir para a diminuição da criminalidade e da impunidade, porque a
sanidade humana não pode ignorar que o fajuto e impraticável processo de
ressocialização não contribui para a humanização dos menores de idade.
O
referido processo pode, ao contrário, quando muito, ajudar a aprimorar o
cabedal de maldades dos delinquentes com idade até dezoito anos, que se
beneficiam das comodidades do internato para aprender novas técnicas de maldade
e de criminalidade.
O
programa do candidato tucano contempla medida no sentido de cuidar com
responsabilidade dessa importante questão, em se tratando de crimes hediondos
praticados por menores de dezoito anos de idade, enquanto a candidata petista
simplesmente conseguiu aprovar, no Senado Federal, o arquivamento do projeto de
Emenda Constitucional que cuidava da matéria, em clara demonstração de leniência
com a criminalidade e a impunidade, que, como de resto, isso foi a tônica dessa
administração, que também foi incapaz de controlar a entrada de drogas pelas
fronteiras brasileiras, por onde passam toneladas de cocaína e seus derivados
para o abastecimento interno e a exportação do pouco que sobrar.
Em
razão da evidente falta de competência para combater os narcotraficantes, o
Brasil ostenta o deprimente título de país líder de consumo de drogas, tendo conseguido
se tornar um dos maiores exportadores de cocaína do mundo, por ser um dos
principais corredores da sua traficância para o exterior, embora não seja
produtor dessa praga.
Diante
da calamidade não somente na segurança pública, com a evidente predominância do
poder da bandidagem sobre os cidadãos de bem, que não têm tranquilidade nem
mesmo dentro de casa, sempre cercada de arrojado e complexo sistema de
dispositivos de alarme e de pseudoproteção eletrônica, mas, sobretudo, da
precariedade da prestação dos serviços públicos na área de segurança pública,
convém que haja a alternância do poder, como forma de possibilitar que o novo
estadista perceba o real estado caótico e de penúria, de forma generalizada, da
administração do país, quanto à prestação dos serviços públicos.
Com
base na calamitosa situação de insegurança, o novo governante do país só terá a
alternativa de promover, com urgência e em caráter prioritário, as políticas e
as ações capazes de viabilizar, com a indispensável eficiência, completas e
amplas medidas da competência do Estado, não somente com relação à
transferência de renda, que tem sido a única especialidade do atual governo,
deixando em planos secundários os demais programas essenciais ao
desenvolvimento da nação.
Há
que se observar que o governo não desconhece a precariedade da segurança do
cidadão, tanto que, na Copa do Mundo, as cidades-sede dos jogos foram devidamente
preparadas para propiciar plena segurança aos turistas, mediante aparato de policiamento
nunca visto na história deste país, tendo a participação até mesmo das Forças
Armadas, cuja ostentação de segurança teve duração efêmera, somente para Inglês
ver, porque o esquema foi desmobilizado tão logo o término do evento, ficando a
população dessas localidades à mercê da bandidagem.
Compete
aos brasileiros aproveitarem este importante momento para a reflexão que melhor
o oriente com vistas à premente e inadiável mudança, optando pela salutar
alternância do poder, na tentativa de escapar da mesmice incapacidade de se
propiciar segurança à população e de se ter a esperança de que o novo
governante tenha dignidade e capacidade para promover as mudanças e as reformas
tributária, política, trabalhista, administrativa etc. que tanto o país exige e
precisa, de modo que esse terrível projeto de perenidade no poder seja
definitivamente sepultado da triste história republicana. Acorda, Brasil!
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 17 de outubro de 2014
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