segunda-feira, 20 de outubro de 2014

O buraco do subdesenvolvimento

O candidato do PSDB à Presidência da República, a par de rebater críticas de sua adversária sobre sua gestão no governo de Minas Gerais, lembrou importante provérbio segundo o qual se alguém quer sair do buraco, a primeira coisa a fazer é parar de cavar, ao se referir ao buraco para o qual o país foi mergulhado pelo governo. Ele asseverou que "Então, a primeira coisa que precisamos fazer para sair do buraco é tirar o PT do poder.".
               Não é crível que alguém possa ser criticado em razão da sua conscientização sobre os fatos da vida, à vista, sobretudo, do firmado Estado Democrático de Direito pelo qual os princípios constitucionais são alicerçados, mas é de se lamentar a disposição de brasileiros que ainda enchem o peito para dizer que sentem orgulho da candidata petista, como se eles estivessem com a venda nos olhos durante todo seu governo desastroso e contraproducente, por ter tido a infelicidade de conduzir a nação para os píncaros da desmoralização, do descrédito e do subdesenvolvimento, em contraposição às potencialidades e as riquezas incomparáveis a muitos países pequenos, que, ainda assim, conseguiram se desenvolver e melhorar os índices de desenvolvimento humano e social, os quais o Brasil vem se destacando por figurar em posição de distanciamento da qualidade de vida ideal, em clara demonstração de descompasso com os avanços da humanidade.
               Não há dúvida de que, no país tupiniquim, confirma-se, lamentavelmente, o surrado adágio segundo o qual o povo tem o governo que merece, quanto mais no caso específico da constatação do sofrível desempenho dele na área econômica, em que, este ano, o crescimento do país deverá se aproximar de zero, ou seja, absolutamente nada, em razão, entre tantas deficiências, da progressiva desindustrialização e da debandada do capital estrangeiro, motivadas em especial pelo incontrolável e impiedoso custo Brasil, que tem terreno fértil para se expandir com tranquilidade, ante a resistência governamental às reformas estruturais, que seriam não somente necessárias, mas capazes de eliminar gargalos que impedem a competitividade da produção nacional.
É fora de dúvida de que o buraco negro pelo qual o Brasil se encontra pode ser comparável ao gigantesco tamanho do pré-sal, de tão profunda a sua dimensão, havendo, por isso, somente uma maneira eficaz de a nação ser resgatada desse assustador abismo, qual seja, pelas urgentes conscientização e sensibilização da sociedade sobre as deformações administrativas impostas pelo governo ao país, que vem sendo administrado sob intenso aparelhamento indispensável ao atendimento de seus interesses ideológicos, não importando que isso tenha contribuído para a debilidade, o enfraquecimento e a impotência do Estado, devidos aos insucessos das políticas econômicas e sucessivos alarmantes processos de desmoralização causada pelas corrupções sistêmicas e endêmicas.
O Brasil precisa, com urgência, reagir e voltar ao rumo do progresso, salvo se o povo realmente resolver respaldar a continuidade dessa gestão falida, desacreditada e desmoralizada, que se encontra à beira da estagnação econômica e da bancarrota moral, à vista dos principais parâmetros no âmbito da economia e da credibilidade internacional, propiciando a retirada do capital estrangeiro e o esvaziamento do parque industrial nacional.
Veja-se que o desempenho do Produto Interno Bruto demonstra, de forma cristalina, que o crescimento do país, em 2014, deverá se aproximar, pasmem, de zero, i.e., significando crescimento nenhum, fato que contradiz, de maneira inexplicável e injustificável, as potencialidades e as riquezas do Brasil, que certamente não poderiam chancelar tamanha ineficiência e ineficácia no desempenho dos indicadores econômicos caso o país fosse administrado com as devidas competência e otimização dos bens de produção.
Diante da tragédia que se arrasta há algum tempo, sem perspectivas de reação, urge que haja mudança no comando do país, como forma de possibilitar alternativas capazes de gerenciar seus negócios com eficiência, capacidade e competência, notadamente no que diz respeito à gestão das políticas econômicas, tributárias, previdenciárias, educacionais, de saúde, de transportes, de segurança, de infraestrutura etc., que, necessariamente, devem passar, com urgência, pelo crivo das reformas, com vistas ao aperfeiçoamento, ao aprimoramento e à modernização dos sistemas pertinentes, como forma de racionalização às peculiaridades e às realidades da macroeconomia brasileira e mundial, principalmente quanto à formulação de procedimentos que permitam a competitividade da produção nacional, que há muito tempo foi para o espaço, exatamente em razão da tacanha mentalidade da equipe econômica, que insiste em continuar alimentando o repudiável e injustificável custo Brasil, principal responsável pela desindustrialização nacional e pela debandada dos investidores estrangeiros, que não acreditam mais na recuperação da economia nacional caso o país continue sendo administrado pelo atual governo.
O momento exige profunda reflexão por parte dos brasileiros que ainda não se conscientizaram sobre as reais dificuldades do país com a continuidade desse governo, que foi completamente incapaz de evitar o caos na economia, nos princípios éticos e morais, na prestação dos serviços públicos, mas foi bastante eficiente para aparelhar a administração pública, como forma de satisfazer seus principais projetos de governo, quais sejam, a absoluta predominância como classe política e a perenidade no poder.
O importante é se verificar que parcela significativa de patrícios ainda se preocupam com o futuro da nação, em especial no que diz respeito aos seus descendentes, que não querem transferir para eles a sensibilidade sobre incertezas e dúvidas quanto ao povir, fato esse que tem suscitado profundo sentimento de mudanças que permeia a sociedade brasileira.
Compete à sociedade tirar, com urgência, o país do profundo buraco que foi colocado pelo governo, com a esperança de que a nova administração tenha aprendido muito bem as lições negativas e nefastas da atual gestão, para que as ações de governo e as políticas públicas da próxima administração sejam implementadas absolutamente contrárias a elas, em beneficio da sociedade e do país.
 
         ANTONIO ADALMIR FERNANDES
         Brasília, em 19 de outubro de 2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário