O candidato
do PSDB à Presidência da República, a par de rebater críticas de sua adversária
sobre sua gestão no governo de Minas Gerais, lembrou importante provérbio
segundo o qual se alguém quer sair do buraco, a primeira coisa a fazer é parar
de cavar, ao se referir ao buraco para o qual o país foi mergulhado pelo
governo. Ele asseverou que "Então, a
primeira coisa que precisamos fazer para sair do buraco é tirar o PT do poder.".
Não é crível que alguém possa ser criticado em razão da
sua conscientização sobre os fatos da vida, à vista, sobretudo, do firmado
Estado Democrático de Direito pelo qual os princípios constitucionais são
alicerçados, mas é de se lamentar a disposição de brasileiros que ainda enchem
o peito para dizer que sentem orgulho da candidata petista, como se eles
estivessem com a venda nos olhos durante todo seu governo desastroso e contraproducente,
por ter tido a infelicidade de conduzir a nação para os píncaros da
desmoralização, do descrédito e do subdesenvolvimento, em contraposição às
potencialidades e as riquezas incomparáveis a muitos países pequenos, que,
ainda assim, conseguiram se desenvolver e melhorar os índices de desenvolvimento
humano e social, os quais o Brasil vem se destacando por figurar em posição de
distanciamento da qualidade de vida ideal, em clara demonstração de descompasso
com os avanços da humanidade.
Não
há dúvida de que, no país tupiniquim, confirma-se, lamentavelmente, o surrado
adágio segundo o qual o povo tem o governo que merece, quanto mais no caso
específico da constatação do sofrível desempenho dele na área econômica, em
que, este ano, o crescimento do país deverá se aproximar de zero, ou seja,
absolutamente nada, em razão, entre tantas deficiências, da progressiva
desindustrialização e da debandada do capital estrangeiro, motivadas em
especial pelo incontrolável e impiedoso custo Brasil, que tem terreno fértil
para se expandir com tranquilidade, ante a resistência governamental às
reformas estruturais, que seriam não somente necessárias, mas capazes de
eliminar gargalos que impedem a competitividade da produção nacional.
É fora de
dúvida de que o buraco negro pelo qual o Brasil se encontra pode ser comparável
ao gigantesco tamanho do pré-sal, de tão profunda a sua dimensão, havendo, por
isso, somente uma maneira eficaz de a nação ser resgatada desse assustador
abismo, qual seja, pelas urgentes conscientização e sensibilização da sociedade
sobre as deformações administrativas impostas pelo governo ao país, que vem
sendo administrado sob intenso aparelhamento indispensável ao atendimento de
seus interesses ideológicos, não importando que isso tenha contribuído para a
debilidade, o enfraquecimento e a impotência do Estado, devidos aos insucessos
das políticas econômicas e sucessivos alarmantes processos de desmoralização
causada pelas corrupções sistêmicas e endêmicas.
O Brasil
precisa, com urgência, reagir e voltar ao rumo do progresso, salvo se o povo
realmente resolver respaldar a continuidade dessa gestão falida, desacreditada
e desmoralizada, que se encontra à beira da estagnação econômica e da
bancarrota moral, à vista dos principais parâmetros no âmbito da economia e da
credibilidade internacional, propiciando a retirada do capital estrangeiro e o
esvaziamento do parque industrial nacional.
Veja-se que
o desempenho do Produto Interno Bruto demonstra, de forma cristalina, que o
crescimento do país, em 2014, deverá se aproximar, pasmem, de zero, i.e.,
significando crescimento nenhum, fato que contradiz, de maneira inexplicável e
injustificável, as potencialidades e as riquezas do Brasil, que certamente não
poderiam chancelar tamanha ineficiência e ineficácia no desempenho dos
indicadores econômicos caso o país fosse administrado com as devidas
competência e otimização dos bens de produção.
Diante da
tragédia que se arrasta há algum tempo, sem perspectivas de reação, urge que
haja mudança no comando do país, como forma de possibilitar alternativas
capazes de gerenciar seus negócios com eficiência, capacidade e competência,
notadamente no que diz respeito à gestão das políticas econômicas, tributárias,
previdenciárias, educacionais, de saúde, de transportes, de segurança, de
infraestrutura etc., que, necessariamente, devem passar, com urgência, pelo
crivo das reformas, com vistas ao aperfeiçoamento, ao aprimoramento e à
modernização dos sistemas pertinentes, como forma de racionalização às peculiaridades
e às realidades da macroeconomia brasileira e mundial, principalmente quanto à
formulação de procedimentos que permitam a competitividade da produção
nacional, que há muito tempo foi para o espaço, exatamente em razão da tacanha
mentalidade da equipe econômica, que insiste em continuar alimentando o
repudiável e injustificável custo Brasil, principal responsável pela
desindustrialização nacional e pela debandada dos investidores estrangeiros,
que não acreditam mais na recuperação da economia nacional caso o país continue
sendo administrado pelo atual governo.
O momento
exige profunda reflexão por parte dos brasileiros que ainda não se
conscientizaram sobre as reais dificuldades do país com a continuidade desse
governo, que foi completamente incapaz de evitar o caos na economia, nos
princípios éticos e morais, na prestação dos serviços públicos, mas foi
bastante eficiente para aparelhar a administração pública, como forma de
satisfazer seus principais projetos de governo, quais sejam, a absoluta
predominância como classe política e a perenidade no poder.
O importante é se verificar que parcela significativa de patrícios ainda
se preocupam com o futuro da nação, em especial no que diz respeito aos seus
descendentes, que não querem transferir para eles a sensibilidade sobre
incertezas e dúvidas quanto ao povir, fato esse que tem suscitado profundo
sentimento de mudanças que permeia a sociedade brasileira.
Compete à
sociedade tirar, com urgência, o país do profundo buraco que foi colocado pelo
governo, com a esperança de que a nova administração tenha aprendido muito bem
as lições negativas e nefastas da atual gestão, para que as ações de governo e
as políticas públicas da próxima administração sejam implementadas
absolutamente contrárias a elas, em beneficio da sociedade e do país.
ANTONIO
ADALMIR FERNANDES
Brasília,
em 19 de outubro de 2014
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