Ultimamente,
muito tem se falado que a insegurança jurídica e o posicionamento político resultantes
da administração petista poderão, em breve, causar sérios transtornos às políticas
interna e externa e à administração dos negócios do Brasil, ante a maneira
deletéria e prejudicial como a nação vem sendo comandada, por não estarem sendo
observados, com o devido rigor, os princípios de eficiência e de eficácia e
muito menos os conceitos da boa conduta na gestão dos recursos públicos.
Essas
colocações se direcionam aos eleitores que assumiram a decisão pela reeleição
da presidente da República, os quais não podem fugir da sua responsabilidade
pela continuidade das desastrosas atividades político-administrativas que estão
predominando na administração pública, cujas dificuldades na gestão do país
deverão ser ainda mais sentidas pelos brasileiros em geral, indistintamente,
não apenas por aqueles que tiveram a oportunidade de mudar os destinos da
nação, mas preferiram privilegiar o processo deletério do retrocesso e do
subdesenvolvimento acumulados em doze anos de precariedades na gestão pública,
que tem reflexo notadamente na péssima qualidade da prestação dos serviços
públicos, que, infelizmente, não foi levada na devida conta, que deveria ter
sido feita justamente pelos beneficiários diretos dos citados serviços, fato
que dá a impressão de que eles são os únicos a estarem satisfeitos com as
evidentes mazelas que grassam impiedosamente no país.
Não
há dúvida de que a mediocridade ou a inteligência de um povo pode ser
aquilatada exatamente pelo seu sentimento democrático demonstrado nas urnas,
pois é precisamente nesse momento de extrema importância de votação que o povo se
manifesta pela escolha do seu representante no Executivo ou no Parlamento.
Infelizmente,
nesta última eleição, faltaram aos brasileiros a sensibilidade e o bom senso
quanto à grandeza pela opção de poder transformar para melhor o Estado
visivelmente decadente e carente de bons princípios, à vista da nítida incompetência
na condução, em especial, das políticas econômicas, permitindo que o país possa
crescer, este ano, a nível bem próximo de zero, ou seja, quase nada, podendo
causar sérios problemas com relação à desindustrialização, ai desemprego, à diminuição
da renda dos trabalhadores, à redução da arrecadação tributária e à falta de
investimentos público e privado; das corrupções endêmicas e predominantes na
administração pública, comandadas, como no caso da Petrobras, pelo próprio
partido do governo e por agremiações aliadas, conforme a presidente da
República já reconheceu o desvio irregular de dinheiro da estatal por seus
correligionários, prometendo punir os envolvidos e promover o ressarcimento dos
prejuízos; das precariedades na prestação dos serviços públicos, que estão cada
vez mais sendo sucateados e depravados aos desprezos comparáveis às
republiquetas; do inchamento da máquina pública, com trinta e nove ministérios
para servir senão de cabide de empregos para aliados, em troca de indigno apoio
político, mediante o vergonhoso toma lá, dá cá, que é prática sebosa repudiada
até mesmo nas piores republiquetas, mas, no país tupiniquim, o baixo nível
desse procedimento precisa existir, sob o ônus dos otários contribuintes, para
permitir o indecente fisiologismo no serviço público; do inaceitável
aparelhamento de ministérios e empresas públicas com correligionários, aliados
políticos, sindicalistas e demais assemelhados; da leniência com a impunidade,
causa maior do incentivo às roubalheiras aos cofres públicos; entre uma série
de outras deficiências que estão levando o país à situação de calamidade
incontrolável e prejudicial ao interesse da nacionalidade.
Contudo,
o governo logo poderá alegar que os condôminos do edifício Brasil chancelaram e
convalidaram, com o seu voto, as mediocridades da administração petista,
permitindo a sua continuidade por mais quatro anos, que certamente será o tempo
suficiente para que a nação seja quebrada de vez, se distancie ainda mais dos
países desenvolvidos e se aproxime perigosamente das nações comandadas por
ditadores que desrespeitam os princípios democráticos e os direitos humanos,
como verdadeiros princípios de reafirmação da decadência que tanto os
brasileiros sensatos repudiaram com extrema veemência, no último pleito
eleitoral. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 29 de outubro de 2014
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