sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Conscientização sobre o caos

Não chega a ser novidade, por se tratar do país tupiniquim, que organizações sociais e, em especial, centrais sindicais demonstrem que estão na contramão da história, por se mobilizarem, ao arrepio das suas finalidades institucionais e de forma sistematizada, em defesa de governo que tem sido pródigo em trapalhadas na administração do país, quando elas deveriam cuidar exclusivamente dos interesses dos trabalhadores e demais representados.
Também é engraçado como os fanáticos denominam de burgueses, no sentido mais pejorativo possível, os verdadeiros brasileiros que defendem não a melhoria, mas a efetiva governabilidade do país, propugnando pelo fim da inépcia administrativa, com vistas à eliminação da incompetência na gestão pública, principalmente na condução das políticas públicas, diante da péssima qualidade da prestação dos serviços públicos pelo Estado.
A precariedade dos serviços públicos se apresenta com enorme potencialidade no sistema de saúde, na segurança pública, nos transportes, na educação, na infraestrutura, no saneamento básico, na condução da economia, impondo terrível crise de recessão, desemprego, altas de juros e de inflação, descontrole das contas e das dívidas públicas, e de tantas mazelas, com reflexos direitos nas vidas dos trabalhadores, mas as aludidas entidades, estranhamente, enxergam razões para sair em defesa da incompetência e da ineficiência, inclusive de quem foi capaz de mexer nos direitos trabalhistas, a título de ajustes fiscal e econômico, como tentativa de melhorar o desempenho das contas públicas, que, apesar das mexidas, continuam ainda mais pioradas.
A situação de incompetência gerencial é de tamanho desconforto que a insatisfação da sociedade é visível e acentuada contra a atuação da presidente do país, que tem desaprovação recorde da população de mais de 70% de eleitores ouvidos, com aprovação de tão somente 8% do universo entrevistado, o que é muito pouco para as organizações sociais e centrais sindicais, que são mantidas por aqueles que elas denominam de burgueses, defenderem a continuidade da desgraçada e trágica governança do país, como que somente elas tivessem a consciência de que a calamidade que grassa no território brasileiro seja o ideal para se compatibilizar com as potencialidades e as grandezas do Brasil, além de serem insensíveis quanto aos danos que o infortúnio da incapacidade gerencial é capaz de causar ao país e à população.
Os brasileiros, conscientizados sobre a verdadeira lástima implantada na administração do país, precisam se indignar contra a atuação da presidente do país que consegue apenas satisfazer a vontade e os anseios de parcela da classe política dominante, de organizações sociais e centrais de sindicatos que nada fazem em prol do país e ainda se beneficiam diretamente de vantagens concedidas pelo governo, sob a forma de cargos públicos, influências e repasses de recursos arrecadados dos tolos e sufocados contribuintes, que ironicamente ainda contribuem para o infortúnio do restante dos brasileiros, ante a degeneração das condições de governabilidade reconhecidas pelo próprio governo, que se sustenta graças ao fajuto argumento de que as urnas respaldaram a permanência da presidente no poder, quando, nesses casos de incapacidade administrativa, com prejuízos para o país, devem sempre prevalecer o interesse público.
É por demais sabido que, quando da campanha eleitoral, as condições econômicas eram de que o Brasil se encontrava às mil maravilhas, com as contas públicas, a inflação e tudo mais sob absoluto controle, claro, na garantia das palavras da candidata à reeleição, diferentemente da situação de penúria e lamúria atual que mostram os fatos com a realidade diametralmente contrária ao afirmado naquela ocasião, quando só se falava em mudanças para melhor, mas a piora da situação é palpável, de tal modo que os efeitos danosos da crise são visivelmente imensuráveis e dramáticos, com reflexos graves e prejudiciais às condições de governabilidade da nação e à vida dos brasileiros, notadamente da classe trabalhadoras, defendida pelas citadas entidades.
É induvidoso que a difícil situação do país deve ser analisada e discutida com seriedade e bom senso pelos brasileiros, inclusive pelas organizações sociais, pelos sindicatos etc., e não com pensamento alheio à realidade dos fatos, como forma de se contribuir positivamente para a busca da solução das graves questões que afetam a todos.
Convém que as organizações sociais, as centrais sindicais e demais entidades representativas da sociedade se conscientizem quanto à necessidade da isenta análise sobre os fatos, porque eles falam por si sós e mostram a real situação de calamidade e de destroço que se encontra o país, dominado pela incompetência, pelo descrédito e pela corrupção, cujas mazelas somente serão equacionadas e solucionadas com ingentes esforço e união dos brasileiros, com vistas à consecução das imprescindíveis mudanças estruturais do Estado, porque o apoio à incapacidade e à ingovernabilidade somente contribui para a destruição dos princípios mais nobres da razoabilidade, civilidade e de defesa do patrimônio dos brasileiros. Acorda, Brasil!         
 
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
 
Brasília, em 21 de agosto de 2015

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