domingo, 27 de setembro de 2015

Repúdio ao embargo às liberdades sociais

O presidente de Cuba pediu, em discurso na Organização das Nações Unidas (ONU), o fim do embargo econômico, comercial e financeiro imposto pelos norte-americanos àquela nação, sob o argumento de que essa política é "o principal obstáculo para o desenvolvimento econômico" de seu país.
O ditador cubano reconheceu que o restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países "constitui um importante avanço", mas ressaltou que "o embargo econômico, comercial e financeiro contra Cuba ainda continua há mais de meio século", e que 188 países da ONU "pedem o fim" desta política.
O presidente cubano disse que o bloqueio adotado por Washington afeta "outras nações por seu alcance extraterritorial, e continua prejudicando os interesses dos cidadãos e empresas norte-americanos".
Ele disse que "Cuba cumpriu os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e ofereceu sua cooperação a outros países em desenvolvimento em vários setores, o que continuaremos fazendo na medida de nossas possibilidades".
É muito estranho que os 188 países da ONU que "pedem o fim" do embargo econômico a Cuba não se sensibilizem sobre o cáustico sofrimento do povo cubano, que passa por terrível controle social, submetido à escravidão da falta das saudáveis liberdades individuais, nem se dignem a exigir arrego para tamanha crueldade, dando a entender que é o poder econômico prevalece sobre o padecimento humano, em verdadeira inversão de valores que precisa ser denunciada, com vistas à conscientização sobre o pior e monstruoso embargo social da face da terra.
Embora o ditador cubano insista e suplique pelo fim do embargo em tela, os norte-americanos demonstram, ante a longevidade dessa medida, absoluto desinteresse em eliminá-lo, possivelmente por não lhe fazer a menor falta ou diferença, em termos econômicos, mas a sua existência é fundamental para mostrar ao governo incivilizado e desumano que o ser humano precisa ser valorizado e tratado com dignidade, respeitando os consagrados direitos individuais que são normalmente assegurados nos países civilizados.
Diante da truculenta opção dos tiranos cubanos de tratar seu povo como verdadeiros animais, esse fato, por si só, não dá qualquer direito a eles para reivindicar absolutamente nada, porque há implícito entendimento universal que as pessoas têm direito a viver livremente e usufruir plenamente os benefícios das liberdades individuais, que são negadas na ilha caribenha, merecendo, por isso, tratamento equivalente ao ostracismo concedido aos direitos humanos dos ilhéus.     
É engraçado o tirano cubano implorar pelo fim do embargo econômico pelos Estados Unidos, quando o ditador não se digna a abrir um milímetro a fechadura do pior ferrolho social da face da terra, um dos motivos pelos quais os EUA aprovaram o embargo em causa.
Com certeza, se houvesse a democratização e civilização em Cuba, o embargo poderia cair o mais rapidamente possível, em benefício para todos.
É inadmissível que os trogloditas cubanos não percebam os malefícios que eles causam ao povo do seu país, por promover a mais completa exclusão dos direitos humanos e das liberdades individuais, a qual é indiscutivelmente muito pior do que qualquer embargo econômico.
Não há a menor dúvida de que foi medida de extrema importância o reatamento das relações diplomáticas entre os dois países, depois de mais de cinquenta anos de distanciamento, que aconteceu justamente em razão do tratamento desumano dado aos cubanos, pela opção ao regime comunista, com origem e estreitamento à antiga União Soviética, ficando inexplicável e injustificável a motivação pela qual os norte-americanos resolveram a reaproximação sem que o regimente truculento cubano tivesse cedido em absolutamente nada seus costumes cruéis, dando a entender que os ditadores foram simplesmente prestigiados com essa medida, embora não tivessem feito nada para justificar tamanha benevolência, enquanto o povo da ilha continua sendo massacrado e infernizado com as maldades da dureza do regime endiabrado.
O ditador cubano bem que poderia, pelo menos, ser pouco sensato, humilde e humano, ao implorar pelo fim do embargo econômico, como forma de desenvolver seu país, na forma referida por ele, somente depois de cair na real e perceber que a sua trágica opção pelo massacre aos cubanos, com a estupidez e a truculência próprias do famigerado regime comunista, foi capaz apenas de levar o país ao caos, com o retrocesso social, político, cultural, econômico e democrático, que não seria diferente mesmo que não houvesse o questionado embargo, porque ele não iria alterar em nada a mentalidade retrógrada e medíocre, que não se toca com a população vivendo com os hábitos próprios da idade da pedra lascada, deixando de usufruir os benefícios propiciados pelos avanços científicos e tecnológicos, que permitiram que a humanidade tivesse ingressado no mundo maravilhoso da modernidade, que foi brutalmente negada ao povo de Cuba.  
Diante da linha dura do regime comunista, conviria que não somente os Estados Unidos da América, mas todos os países sérios, civilizados e desenvolvidos social, político e democraticamente, também aderissem a todas as formas de embargos a Cuba, de modo a mostrar aos seus tiranos que a decadência de seu país tem como cerne exatamente a inadmissível, ainda em pleno século XXI, inexistência da observância dos direitos humanos e das liberdades individuais, que são imprescindíveis ao desenvolvimento dos seres humanos. Acorda, Brasil!
ANTONIO ADALMIR FERNANDES
Brasília, em 27 de setembro de 2015

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